Capítulo 4 – Lúcifer

1341 Words
O Monstro tentou me f***r, sei que não terei como sair desse lugar, mesmo que eu faça essa confusão toda, eles me cercaram e vão me pegar, mas preciso fazer barulho para que a mídia saiba de tudo o que aconteceu. Quero que eles garantam a minha sobrevivência. Além disso, quero atormentar a cabeça da Santinha, quem sabe ela com esse jeito inocente de agir consiga me salvar do furacão que estou vivendo. — Penso enquanto ela permanece calada sentada no sofá. Me afasto mais uma vez daquele lugar e sigo para o escritório. De lá consigo ver todos que entram e sai, mas a neura bate na minha cabeça e eu decido seguir para a sala onde encontro a santinha orando mais uma vez. Puxo-a pelo braço e a coloco sentada no sofá. — Escute aqui, vou falar uma vez só para que você entenda! Não se atreva a sair dessa casa. Você é santa e disse que sua missão é regenerar as pessoas, se você sair eles vão me matar. Esse é o seu desejo, Santinha? — Pergunto. — Não, eu não quero que você morra! Não quero que nada te aconteça, nem a você, nem a ninguém. Não quero ser culpada pelo derramamento de sangue — fala. — Então continua aí sentadinha orando, peça muito por Deus, para que ele tire nós dois dessa ou para que ele tenha piedade da minha alma, por está sendo tão m*l com alguém tão santo — ironiza. Volto para o meu escritório e lá faço uma ligação para o JN. Pego meu telefone e disco o número dele. No segundo toque sou atendido. — Fala, mano! — Precisa colocar todas as redes de televisão ao meu favor. Coloque todas elas para vir até a Rocinha. Enquanto eu estiver fazendo a Freira de refém, eles não vão entrar, mas vou negociar a saída dela — FIRMO. — Você é m*l. Teve coragem de sequestrar uma irmãzinha — dar uma gargalhada. — O papel do d***o é tentar os santos, se ela é sana, então meu papel é mostrar como é o inferno — digo e ele suspira. — Vou fazer minha parte, se for preso, vou lhe tirar, não se preocupe com isso — explica e eu desligo o telefone. — Atenção Lúcifer, você está cercado e não tem para onde correr. Sai com os braços para cima — Pede e eu grito. — Não sou o****o. Se vocês entrarem, vou matar a irmãzinha e todos nós vamos para o inferno juntos. Vocês vão me forçar a tirar a vida dela? Esse nunca foi o meu desejo e nunca será. Peço que todos vocês façam suas partes, pois iremos fazer nossas partes do lado de cá. — Grito sério e saiu do meu escritório voltando para a sala. Assim que entro na sala, a Santinha permanecia imóvel na sala que até parecia parte da decoração da casa. Percebi o seu lindo rosto. Ela tinha olhos azuis e eles me faziam lembrar de algo que eu lutava todos os dias para esquecer. Fechei os olhos tentando esquecer de tudo, mas não conseguir, pois aquela garota continuo a me olhar e em questão de segundo chutei a mesa de centro e a puxei pelo braço a colocando de pé. — O que está fazendo? — Pergunta nervosa. — Isso é um joguinho? Um jeito de Deus me punir pelos meus pecados? — Rosno. — Eu não te entendo, não sei do que está falando — fala nervosa. — Você apareceu na minha vida para quer? Acha que pode me resgatar? Eu vendi a minha alma para o d***o a anos e isso não pode ser mudado nunca! — Digo sério. — O meu coração, a minha mente, minha alma vão arder no fogo do inferno, pois lá é o meu lugar. Para de orar por uma pessoa como eu, para de dizer que as coisas são cor de rosa. Entenda de uma vez por toda que o mundo é um lugar maligno e aqui só sobrevivi as pessoas ruins — falo e ela me olha. Me afasto daquela mulher e jogo todos os vidros no chão. Estava muito irritado, pois o seu olhar lembrava ao da Sara e aquela imagem era tudo o que eu queria esquecer. “— Renzo, você é a pessoa que eu mais confio nesse mundo. Desde que meus pais morreram, você se tornou o meu porto seguro. — Afirma a menina inocente de olhos azuis. — Sara, você é a minha luz. Mesmo passando por tudo que tenho passado, te encontrar aqui me deixa feliz! — digo sorrindo” Abro os olhos e a minha frente a menina inocente, os olhos iguais os da Sara, olhos belos de alguém que não conheceu a maldade do mundo. Quando a Sara me conheceu, eu tentei proteger, mas o maldito demônio que me colocou no mundo matou a minha menina e me transformou no demônio que sou hoje. — Você sabe a única forma de dar um jeito na cabeça fudida desse ladrão? — Pergunto me aproximando dela. Pego minha arma e dou na mão dela. Seguro sua mão e grudo a minha cabeça próximo a dela, seguro sua cintura nos forçando a um contado e digo para ela. — Nos liberte desse inferno, Santinha! Entre no mundo maligno em que vivo. Me mate e se mate, assim, nós dois podemos ir juntos para o inferno. Seu final será esse — digo e ela começa a chorar. — Por favor, sou uma mulher religiosa, tudo o que quero e sair desse lugar e voltar para a minha vida. Vim aqui para dar aulas a crianças carentes, não sei por qual motivo tudo isso aconteceu, mas, não fale essas coisas. Eu estou com medo! — Confessa e eu me afasto dando um sorriso irônico. — Vocês são criadas para lutar contra o m*l e na primeira oportunidade tem medo do d***o? Não passou no seu teste, Santinha! Deveria ser mais corajosa e confiar no Deus que você serve — falo. — Eu confio no Deus que eu sirvo e sei que ele vai te tirar dessa escuridão. Eu vou pedir todos os dias para que ele te ajude a sair dessa escuridão, não importa onde você esteja a minha oração vai te encontrar — fala me pegando de surpresa. — Você se importa comigo? Você não me conhece e eu estou te amedrontando. Fazendo uma pressão psicológica na sua cabeça e mesmo assim, você continua aqui acreditando que existe salvação para mim — dar uma gargalhada. — Existe salvação para todas as pessoas no mundo, não será diferente para você — sussurra baixinho. — Talvez você seja a minha salvação. Ore muito por mim, santinha! Pois, estou nessa vida desde os 10 anos. Matei a primeira pessoa com 10 anos e o pior é que senti prazer. De todos os homicídios que já cometi, o mais prazeroso foi o dos meus pais. Sentir prazer em ver ele queimando — dou uma gargalhada. — Meu Deus! — Exclama. — Santinha, você acha que o meu pior pecado é matar os meus pais? Talvez, o meu maior pecado seja matar você. Não tem como nós dois sairmos vivos e imunes de tudo isso! Você vai sair morta, aliais, não vai conseguir voltar para a sua vida normal, não quero quem volte. Você pode ficar aqui para sempre comigo, o que acha? Talvez, posso matar e me confessar, a minha santinha ora e pede misericórdia por mim, o que acha? — Pergunto e ela não me responde. — Estou falando contigo, Santinha! Me responda, p***a! — Digo e ela engole em seco. — Faça o que você achar melhor! — Diz e eu me afasto. Aquele jeito de ver bondade em tudo não existe, não é o jeito certo. As pessoas são malignas e essa garota ainda não entendeu isso. Acha que pode mudar as coisas e resistir o m*l, só que o mundo é c***l e farei de tudo para que ela consiga ver isso.
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