Capítulo 3 – Mirela

1398 Words
Quando aquele homem de olhos negros colocou a arma sobre a minha cabeça, eu tentei ser forte para sair daquele lugar com vida. Mas parecia impossível de acontecer. O homem se intitula como o d***o e parece não ter piedade das pessoas que estão ao seu redor. Fala que é o próprio d***o, mas vivi toda a minha vida com o divino, escolhi servi a Deus e quero dedicar a minha vida dia e noite para que isso aconteça. Se foi permitido a mim chegar até aqui, foi com um proposito e eu confio nas promessa do meu Deus. Ele sempre foi fiel. Ajoelho-me próximo ao sofá e colo as mãos uma na outra na tentativa de me manter calma e paciente, na verdade, eu precisava apelar para o único capaz de me proteger nesse momento. Precisava orar e pedi por piedade. — Deus, estou nesse lugar por sua permissão. Foi o senhor que deixou que as coisas tomassem esse curso. Eu não sei o que vai acontecer comigo nessa noite, mas confio cegamente na sua fidelidade, pois sei que o senhor é o Deus onipotente, onisciente e onipresente. Esse homem se diz o próprio d***o na terra, porém, o senhor é piedoso e tem cuidado para com os seus. Sei que o senhor terá cuidado com todas as pessoas. Perdoa esse pobre homem que não acredita em ti e nos teus milagres, faz ele encontra a paz e o amor em ti — falo com lagrimas nos olhos e sou surpreendida pela gargalhada. — Nossa, fiquei impressionado com a sua devoção. Está orando por mim, santinha? — Pergunta e eu me levanto nervosa. — Desculpa! — Abaixo a cabeça. — Você acha mesmo que há salvação para um homem que está na escuridão. O que sabe sobre o mundo, sobre as maldades que há nele? — Pergunto. — A bíblia afirma que o mundo jaz do maligno. Nós precisamos fugir da aparência do m*l — explico e ele dar mais uma gargalhada. — Como você é patética! Fugiu da aparecia do m*l e foi parar nas mãos do d***o! — Fala sorrindo. — Se Deus me permitiu chegar aqui, talvez a minha missão seja lhe mostrar que existe uma luz no fim do túnel. Que milagres existem e Deus ele é bom — falo novamente. — Acredita mesmo nisso? Se Deus fosse bom, não deixaria pessoas inocentes com cara de anjo, na mão de demônios como eu. Posso te matar, santinha! — Destrava a arma e coloca na minha cabeça. Cruzo as mãos apertando o crucifixo. — Deus, se esse for o meu final, eu estou pronta para te encontrar. Te peço que perdoe os pecados dele, não o culpe, pois tenho certeza de que a maldade do mundo o fez ser desse jeito — falo e ele paralisa. — Essa bondade que você está pregando não existe, não existe bondade nas pessoas — informa. — Você decidiu acreditar nisso, mas não é o que eu acredito. Se eu puder, vou te mostrar com as minhas atitudes que a bondade existe. Se eu puder, vou te mostrar isso, se eu não puder, vou orar por você e pedi que Deus tenha piedade da sua alma — sussurro e ele se afasta se sentando no sofá. — Deus pode ter piedade de um homem que matou o próprio e pai e sentiu prazer em fazer isso? — Pergunta sorrindo e eu me espanto. — Sim, ele perdoa todos nós. Quando entregou seu filho para morrer naquela cruz, não fez separação de pessoas. Ele morreu por quem o acusou e matou. Quem sou eu para julgar sua atitude? — Pergunto e ele dar outra risada. — Você é a santinha. Nunca fez nada de errado nessa vida. Seu rosto é tão bonito. Seu olhos são azuis e parece transmitir o céu. Será que seria errado te mostrar o quanto o pecado é maravilhoso e convidativo? Quer conhecer o pecado santinha? — Pergunta e eu me benzo. — Não tenho interesse em conhecer o pecado. Aliais, sou pecadora como você, mas escolhi viver para cristo e fazer caridade. Entendeu? — Pergunto. — Então ore muito por mim, se você é santa assim, vou me confessar — diz sorrindo e passa a mão na arma — Se senta aqui, não tenha medo, Santinha! — Fala sorrindo e eu me sento. — O que você quer? — Pergunta. — Quero te contar que matei meu pai e a minha mãe. O meu pai estava transando com uma p**a, eu cheguei ao local e fui frio. Me sentei e fumei um baseado enquanto observava tudo. Ele trepando e comendo o cu daquela p**a e quando me viu, me chamou para participar da brincadeira. Deixei a p*****a chupar meu p*u bem gostoso e enquanto o meu pai assistia. Imagina, ela iria ter dois paus dentro dela, mas meu plano era ser egoísta. Dei um tiro no meu pai e joguei gasolina no seu corpo. Ascendi o isqueiro e assistir a morte dele. Assim que terminei de matar meu pai, eu pensei que ele ficaria sozinho e precisa da companhia de alguém, então, mandei a minha mãe para ficar com ele. Ela eu matei com um tiro na testa — dar uma gargalhada. — Misericórdia meu Deus! — Falei espantada. — E aí? Você acha que pode me perdoar meus pecados? Acha que consigo encontrar a salvação? Um homem que matou os pais, que sentiu prazer nisso, um homem que sente prazer em torturar e matar pessoas, tem salvação, santinha? — Pergunta. — Sim, tem salvação. Todo mundo tem direito a se salvar nessa vida! Deus ele perdoa nossos pecados. Ele morreu para nós darmos chances. Se você se arrepender, ele pode te perdoar — digo e ele dar uma gargalhada. — Não quero perdão, não quero ser perdoado, pois eu me alimento do sofrimento. Ver o medo no seu olhar alimenta o meu desejo de te matar, de ver seu sangue escorrendo pelo chão, te ouvir implorando por piedade. É isso que desejo — fala e eu me afasto. — Deus, ajuda essa pobre alma a encontrar a luz, não sei o que aconteceu, mas te peço que o ajude a encontrar a salvação de alguma forma — digo e ele se levanta. — Não quero a salvação! Quando uma pessoa me deve, não perdoo ela. Mato a família toda, para que ninguém venha atrás de mim no futuro, não gosto de criar inimigos e dar cordas para esses inimigos. Hoje o que está acontecendo comigo é fruto do meu voto de confiança em uma pessoa. Confiei em dar o sub comando a um homem e ele tentou me passar a perna. Agora, vou sair dessa e casar ele feito o demônio que sou e quando eu achar. Vou retalhar cada parte do corpo dele, vou furar os olhos e antes dele morrer, você Santinha, vai orar e pedi a Deus misericórdia. Vai a boa ação do dia ao entregar a alma do pecado para Deus. O que acha, hein? Seriamos uma dupla imbatível? Nós dois, eu sou o demônio e você o anjo perfeito enviado por Deus — afirma e percebo o quanto a sua mente e doentia. Talvez, eu esteja na mão de um psicopata que sente prazer em matar as pessoas e o meu maior desejo hoje e sair desse lugar segura. Ele se levanta e eu fico observando sua atitude. Ele pega um cigarro de maconha e começa a fumar enquanto me observa. O cheiro forte me deixa com vontade de vomitar, mas o que eu poderia fazer estando presa naquele lugar com aquele homem horrível que se diz o d***o? Nada eu poderia fazer — penso enquanto observo-o. — Vai ficar me olhando desse jeito? Me achou bonito? Se quiser se aproveitar e conhecer o pecado, posso te apresentar ele, pois você não é nada m*l! Tira esse véu, quero ver seu cabelo — pede. — Por favor, não me peça isso. Não posso lhe mostrar os meus cabelos. Respeite a minha crença. — Uma pessoa como você nunca passou nada na vida, não sabe o que é a maldade do mundo. Você é pura, uma mulher santa que acredita que todos nós somos pessoas boas, o mundo não é como você pensa. Sabia que existem pessoas ruins. Eu sou uma dessas pessoas, santinha! — Fala dando uma gargalhada.
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