Capítulo 6 – Lúcifer

1563 Words
Ela acha que pode me salvar da escuridão em que vivo? Essa mulher é muito inocente em acreditar que há salvação para uma pessoa que deseja com todas as forças machucar e destruir todos que estão ao redor. Na verdade, a vida decidiu me pegar uma peça, já que trouxe uma mulher de olhos azuis inocente. Ela tem os olhos da Sara e isso está me consumindo por dentro. A santinha se deitou para dormi no quarto do andar de cima e eu precisava me manter acordado com a luz acessa para que os policiais não entrassem com tudo na casa. Para me manter acordado, eu precisei cheirar pó, fiz as carreirinhas e cheirei tanto que comecei a alucinar naquele lugar, a minha mente estava fraca, pois estava indo para o passado constantemente. “A casa era simples, mas foi o melhor lugar para manter a Sara segura. Após todo o sofrimento que passava com aquele demônio, o que me deixava feliz e vivo era o sorriso lindo da minha loirinha de olhos azuis. Assim que chego na casa da Sara, a mesa estava posta. Ela havia feito um lindo banquete para nós dois, ela estava com um lindo sorriso e isso aqueceu meu coração. Mesmo depois de ter sido queimado a tarde. Meu pai mandou eu cobrar um noiados e eu não fiz isso, não no tempo de 10 minutos, não tinha como matar todos em 10 minutos e como eu falhei na situação, ele me queimou com o cigarro. — Nossa, Sara, que lindo esse banquete! — Digo sorrindo. — Passei o dia todo pensando em você, Renzo. Eu queria te encontrar. A melhor parte do meu dia é quando você está comigo — diz me fazendo sorrir. — Agora estou aqui! — Falo e ela me abraça, mas logo me afasto sentindo dor. — O que foi? — Pergunta. — Nada demais — tento mudar de assunto. — No que você se envolve? Sempre está aparecendo machucado e eu estou muito preocupada contigo, me fala a verdade, por favor! Se você morrer, vou ficar sozinha nesse mundo! Não posso suportar ficar sozinha, sem você, meu amor.” Os olhos tristes da Sara estavam muito nítidos para mim! Eu estava com meu coração acelerado, muito drogado. — Sara, você disse que não saberia viver sem mim, mas eu também não sei viver sem você! Tenho raiva de toda humanidade, não confio que as pessoas vão ser boas, não existe bondade. — Falo nervoso enquanto a minha mente faz uma viagem. Não sei o que está me acontecendo, mas como essa mulher apareceu aqui, seus olhos azuis são idênticos ao da sara e isso está tirando a minha paz de um jeito que não sei dizer. Mesmo sem ver os cabelos dela, mesmo sem saber como é o corpo dela. Ainda que ela esteja usando aquele vestido longo e o véu. Seus olhos marcantes e a forma como acredita na humanidade me intrigam. Essa garota veio como um anjo para o caminho do d***o e talvez ela acredite que tenha capacidade para me fazer desistir de todos os meus planos. Mas não pode, ela não tem esse poder, ninguém nesse mundo pode resgatar a minha alma da escuridão. Pego o copo de uísque e bebo de vez. Meu coração estava acelerado. Não conseguia me manter quieto sabendo que alguém tão parecido com a Sara estava dormindo no quarto e tomado pelo impulso me levantei e fui para o quarto onde ela estava dormindo. Entrei sem fazer barulho, me aproximei e ela estava sem o véu, pela primeira vez estava vendo seus fios loiros. Ela era perfeita, um lindo anjo que veio para os meus braços e o seu jeito me perturba. — Por que você é tão bonita? Um anjo que não conhece a maldade do mundo e acredita na salvação das pessoas, mas a salvação não existe. Não tem como você acreditar nisso, o mundo te força a ser uma pessoa m*l todos os dias, ele me ensinou a ter prazer em ferir e sangrar meus inimigos e agora estou aqui querendo cometer o maior dos meus pecados — falo e ela abre os olhos. Suas bochechas ficam coradas diante de mim, ela se levanta rapidamente e procura pelo véu para que possa cobrir seus cabelos, mas sou rápida ao segurar sua mão. — Por favor! — Pede com lágrimas nos olhos. — Não se esconda de mim! Você quer me salvar, santinha? Acha que pode fazer isso? Deixa-me te falar uma coisa, você não vai me salvar, se tentar curar as feridas que tem dentro da minha alma, vai sair machuca e ferida. Se tornará uma pessoa r**m — digo. — Eu acredito que a bondade das pessoas seja maior que o m*l. Acredito que os seres humanos podem se redimir e encontrar a paz, a luz em Cristo Jesus. Se ele me colocou aqui, se permitiu que a gente se encontrasse, talvez ele queira te resgatar, não desistiu de você, assim como aquele pastou que deixou 99 ovelhas seguras e foi para deserto buscar a ovelha perdida — sussurra. — Estou perdido em um lugar escuro, onde há sangue, dor e sofrimento. Um lugar que pode te assustar, anjinho — me aproximo dela que tenta manter a distância dando passos para trás. — Você está sem camisa — diz tentando me afastar. Toco seu rosto e ela segura a minha mão, mas sou mais forte e contínuo tocando-a e sinto pelo movimento do seu peito que o seu coração está acelerado, sua pele arrepiada. Ela fecha os olhos e eu sussurro. — Você é a mulher mais linda que eu já vir em toda a minha vida. Seus olhos me transmitem o céu, me trazem paz! — Falo e ela abaixa a cabeça. — Para com isso! Por favor, senhor. Te peço que respeite o espaço entre nós dois. Quero que saiba que não é permitido na minha religião esse contato tão íntimo entre nós dois, você está se aproximando e nós dois estamos sozinhos nesse lugar — diz nervosa e eu toco seus lábios. — Eu sou pecador, já cometi tantos pecados nessa vida que não me importo de cometer mais um — olho para seus lábios. — Do que está falando? — Pergunta inocente. — Estou falando que o meu maior pecado será beijar uma mulher proibida por Deus e não me importo com isso, pois sou o d***o, o inferno será meu destino final mesmo e lembrar dos seus lábios puros será o meu momento de paz — informo. — Mas... — não a deixo terminar a fala. Grudo nossos corpo e coloco a minha mão direita na sua nuca, olho nos seus olhos e grudo nossos lábios em um beijo. No primeiro momento, ela se mostrou resistente, mas com o tempo me deu passagem e nossas línguas se entrelaçaram me levando a loucura. Ela era inexperiente no beijo. Estava tentando ser discreta em tudo, mesmo assim, estava me causando sensações que nenhuma outra mulher seria capaz de causar. O friozinho na barriga, a pele quente e arrepiada, o coração acelerado. Sintomas que eu me fechei para sentir. Nós afastamos pela falta de ar e a santinha ficou paralisada de cabeça baixa, seu rosto estava vermelho. — Eu sou um pecador, um homem que não merece perdão! Se você tentar me salvar, vai cair na escuridão comigo, não percebe? — Pergunto. — Acredito na salvação da alma — diz sem me olhar. — Eu te fiz pecar, santinha! Não conseguir me controlar e te fiz pecar — digo e saiu ali a deixando sozinha no quarto. Eu precisava seguir para longe daquele lugar, tinha que tomar um banho gelado e me controlar diante ao desejo de tirar a roupa daquela mulher e me enterrar fundo na b****a virgem dela. Eu devo ser mesmo filho do demo, ou tenho algum pacto por ele, pois é doente essa minha ideia de querer tirar alguém puro do caminho sem se importa com nada. Quero que ela faça parte da minha vida e não me importo com as porras das consequências, quero a santinha para mim — penso enquanto deixo a água gelada cair sobre meu corpo. Estávamos em uma situação difícil, pois a minha casa estava cercada de policiais e eu não tinha para onde correr, meu destino era a cadeia e talvez eu deva me entregar logo. Essa garota vai acabar me fazendo descer a minha guarda e se isso acontecer, vou me tornar tudo o que não quero. Me entregarei a polícia. O perigo maior está aqui, não lá fora — penso decidido e desligo o chuveiro para me vestir. Sigo para o meu quarto com uma toalha enrolada na cintura. Assim que chego, visto uma bermuda, camisa afogada e desço as escadas com a minha arma em punho. Andava de um lado para o outro. Eu estava muito drogado e isso seria um prato cheio. Peguei meu telefone e disquei o número do JN. — Fala parceiro? — Vou me entregar, quero que você prepare a advogada e todo o esquema para que não demore a minha estadia na delegacia. Enquanto eu estiver lá, quero que pesquise tudo sobre o convento que veio fazer obra social no morro hoje — ordeno. — Vou fazer sua vontade, pode acreditar nisso! A reportagem está chegando — ele diz.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD