Vida Loka

Capítulo 4

• Alice •

Entrei no quarto, vendo o Tiago bolando outro baseado ali na mesinha. Só pela cara dele eu sabia que essa notícia da Kamilly grávida não tinha sido muito bem recebida.

Sentei ao lado dele, sentindo aquele cheiro forte de maconha. Ele e a Kamilly vivem fumando pela casa. Eu até tentei não deixar a Kamilly fumar essas coisas, mas se ela quer, posso fazer o que?

Já brigamos diversas vezes por ela fumar demais, e acabar sempre fazendo m***a, mas parece que não adianta falar nada com essa menina.

TK: Pô, não era pra ela ficar grávida agora. - suspirou, soltando a fumaça. - c*****o mano, na minha mente só tinha um futuro f**a pra ela, e agora isso...

Alice: A gente pode fazer o que, Tiago? Nada!. Já aconteceu e agora ela tem um bebê na barriga dela, e a gente não pode virar as costas pra ela...

TK: Eu disse que vou virar as costas pra ela? - me encarou, cruzando os braços. - Eu fiquei puto mermo com essa notícia, mas eu posso fazer o que? Ela já tá assim, e vou ajudar ela, né?!

Dei um sorriso de lado, abraçando ele apertado. Sabia que não iria ser fácil essa situação toda, mas como sempre, dariamos um jeito.

TK: O f**a mermo é que ela nem sabe quem é a p***a do pai desse bebê. Aposto que é um filho da p**a ai...

Alice: Cala a boca, tu nem sabe, eu em. - dei um t**a fraco no braço dele, que negou com a cabeça.

Tiago fumou mais uns três cigarros ali, e depois desceu pra sala, que estava a Alice com a Letícia, e o Antony quieto no canto da sala.

Olhei pro TK, que bufou, e sentou ao lado da Kamilly.

TK: Foi m*l por ter falado contigo daquele jeito. Só que é f**a, né?! Tu ai grávida e nem sabe quem é o p***a do pai...

Kamilly: Me desculpa, pai. - suspirou, passando a mão no rosto. - Não queria que isso estivesse acontecendo, queria que tudo fosse diferente...

Alice: Mas não é, né?! A gente vai te ajudar a cuidar desse bebê quando ele nascer, mas as coisas vão mudar a partir de hoje. - cruzei os braços, encarando ela serinha.

Kamilly: Mudar como?

Alice: Tu nem pense em largar o trabalho. Vai trabalhar até os seis meses, e o curso a mesma coisa...

Fui falando as coisas que iria mudar daqui pra frente, e ela apenas concordando com tudo, em silêncio.

Agora, ela não tinha o direito de opinar ou falar sobre nada, só fazer o que a gente pedir e já era, que no final a gente ajuda ela em tudo.

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