Capítulo 10 - Saudades

1104 Words
Majú chegou em casa com Rafael quando eram 21 horas. Eles tinham decidido jantar na cidade e depois foram para casa juntos. Os documentos ficaram prontos e ela também conseguiu escolher um lindo carro. Após um banho, Majú foi ver o pai que estava com uma aparência bem melhor. - Boa noite pai. Como foi o seu dia? - Boa noite filha.. Foi óptimo. Me sinto bem melhor. - Dá para perceber. Eu tenho muito para contar. - E quero saber de tudo meu amor. Majú contou tudo o que fez ao longo do dia. Júlio estava orgulhoso dela. - O senhor não vai mesmo tomar o seu medicamento? - Não filha. Ele me faz muito m*l. Mas vou dormir em seguida. - Está bem pai. Até amanhã. - Até amanhã filha. Majú voltou a descer e encontrou Rafael conversando com Ana Maria.. - Filha! Faça companhia para o Rafa. Eu vou me deitar. Eu tenho algo muito sério para te contar. Mas falamos amanhã está bem? - Está bem Vovó. Subo em meia hora. Boa noite. - Bem Majú. Amanhã chega o teu carro e iremos á empresa. - Obrigada Rafael. Acho que é um pouco cedo para ir á empresa. Eu nem sei muito sobre os negócios do meu pai. - Não te esqueças que sou o administrador. Eu vou dizer tudo o que quiseres saber. - Está bem. Eu vou descansar. Vais para casa ou ficas? - Vou para casa. Amanhã venho cedo. Boa noite Majú. - Boa noite Rafa. Majú subiu e Rafael foi embora. Priscilla os observava de longe e percebeu que entre eles havia alguma coisa mais forte que uma amizade. Majú encontrou a Avó no seu quarto. - Vovó? O que aconteceu? - Filha! Eu passei o dia com o teu pai e... Eu acho que ele não está doente. - Como? O que a senhora quer dizer Vovó? - É apenas uma suspeita filha. Mas eu acho que ele está a ser envenenado aos poucos, para parecer que tem uma doença grave. - Não pode ser. Quem pode estar a fazer isso com o meu pai? - A tua prima filha. Ela com certeza achava que seria a herdeira se ele morresse. - Isso é desumano Vovó. E uma acusação séria. - Eu sei querida. Mas não podemos fazer nada sem provas. - Está bem Vovó. Isso fica só entre nós. - O que podemos fazer? - Eu vou ser bem discreta e investigar mais. Mas prometo que não deixo mais o teu pai consumir aquele remédio. - Obrigada Vovó. Mas tenha cuidado por favor. Mas para a Cilla não desconfiar, eu vou entrar no jogo dela. - Óptimo meu amor. Conta comigo. Já falaste com a Aline? - Não. Morro de saudades dela e vou ligar amanhã bem cedo. - Está bem. Boa noite filha. - Boa noite Vovó? Majú adormeceu e sonhou com Rafael. Ela gostava muito da companhia dele e quando estavam juntos tudo era maravilhoso. *Será que estou a me apaixonar por ele?...- Majú pensou abrindo os olhos de repente. Preciso mesmo de falar com a Aline. Mas a amiga tinha para ela notícias bem desagradáveis. Estava uma linda manhã de sábado e todos resolveram passar o dia na piscina. Rafael também foi convidado e resolveu levar Suzana que estava ansiosa para conhecer a Herdeira, como Majú passou a ser chamada pelos meios de comunicação social. Eram 11 horas quando Rafael chegou acompanhado por sua linda irmã. Priscilla estava separada de todos e quando os viu levantou e foi embora. - Olá a todos.... - Ele disse. Após as apresentações, Rafael e Júlio ficaram a falar e Majú fez o mesmo com Suzana. - É muito bom finalmente te conhecer Majú. Confesso que estava ansiosa. - Eu também Suzy. O Rafael falou muito de ti. - É mesmo? Eu amei saber que és muito diferente da bruxa da Cilla. - Ainda bem. Parece que ela ainda está magoada com o fim do namoro com o teu irmão. - Pois que fique. Eu não gosto dela e nunca a quis como cunhada. Conversaram bastante, mas Majú pediu licença e foi ligar para Aline. - Majú? Que saudade amiga. Quando voltas? - Não sei amiga. Também tenho saudades e muito para te contar. - Eu imagino. Como está o teu pai? - Está bem melhor agora. Parece que eu fiz bem a ele. - Isso é óptimo amiga. O Pedro anda louco a tua procura. - O quê? O que ele quer? - Não sei. Mas não confio nele.. Ele é perigoso Majú. Quase me bateu na rua. - Como é? - É verdade. Mas eu me defendi e não disse nada do que ele queria saber. - Obrigada amiga. - Nada por isso. E como estão as coisas com o gato do Rafael? - Não sei amiga. Ele é maravilhoso e muito especial. - Estás apaixonada por ele? - Não sei o que sinto amiga. Mas é muito forte e não senti isso nem pelo Pedro. - Amiga! Ouve o teu coração. Você está apaixonada. - Mas e se ele não sentir o mesmo por mim? - Tá louca Majú? Eu aposto que ele sente o mesmo. - Eu rezo que sim. Bem! Vou agora ver o meu pai. Falamos mais logo? - Claro. Vais ter que me contar tudo. Majú riu e desligou. Voltou para a piscina e aproveitou o resto do dia. Á noite, Cilla foi ver o tio e notou que ele estava bem melhor. - Tio? - Olá querida. - O senhor parou mesmo de tomar os remédios? - Sim. E me sinto muito bem. - Mas o senhor está doente. - Eu sei. Mas decidi lutar. Pela minha filha eu vou lutar pela minha vida. - Como assim? - Vou para a Europa com a Majú ver um outro médico. - O senhor não confia mais no Dr. Hélio? - Confio. Mas eu preciso de uma outra opinião. Não aceito a morte. - Está bem. Eu dou o meu apoio. - Obrigada querida. E... Por favor seja mais próxima da tua prima. - Claro Tio. Amanhã mesmo estou a pensar em levar ela para fazer compras e poderemos almoçar juntas. - Óptima ideia. Levem a Ana Maria. Pode ser? - Priscilla forçou um sorriso e respondeu: - Claro tio. Vou com as duas. Boa noite. - Boa noite filha. Júlio confiava muito em Priscilla, e por isso nem imaginava que ela o culpava pela morte do pai. Será que está viagem vai fazer ele abrir os olhos e ver a verdade que ela tanto tenta esconder de todos?
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