Eu estava ansiosa, era meu aniversário e ela havia me convencido a não ir pra nenhum dos barzinhos e baladas que costumávamos frequentar. Ela disse que iria organizar uma surpresa pra mim e que eu iria gostar muito. Minha carioca sabia que eu gosto de ter ao menos algum controle sobre as coisas, então essa ideia de surpresa me deixava excitada, porém muito nervosa. O táxi parou em frente de um galpão, a rua era escura e não havia nenhum sinal de música ou barulho. Eu estava tensa. Ela apertou a minha mão, olhei as nossas alianças, um metal vagabundo gravado "AMor", suspirei fundo e encarei a profundidade dos seus olhos castanhos, aquele sorriso malandro emoldurado pela boca carnuda, eu queria beijá-la, tomá-la ali mesmo em meus braços, ela fazia o meu coração disparar e minha mente perder