Estamos sentados à mesa de jantar em absoluto silêncio.
Não me pergunte o porquê de ter chamado ela para jantar, porque não saberei responder.
Quando entrei na minha casa e vi essa menina com cara de criança, esse cabelo preso todo bagunçado que fica lindamente nela e esses olhos de anjos, não sei decifrar o que senti.
Me recordo de quando Carmen veio até mim pra me falar que contratou uma menina como ajudante e essa menina estava grávida, me contou o que aconteceu com a menina por alto e nessa hora pensei que ela estava doida.
Claro que neguei, mas ela disse que se eu não desse emprego a essa menina ela pediria demissão, como não quero ser morto pela minha mãe, eu concordei.
Nessa hora Luna quebra o silêncio.
- Tá tudo bem Sr Zayn? - Pergunto - Está um tempão ai parado olhando para o prato.
- Tudo sim. Tô me lembrando aqui Luna, a Carmen disse que você está grávida né? Cadê o pai do seu bebê? - pergunto e vejo a expressão de surpresa no rosto dela.
- Meu bebê não tem pai Sr, ele é só o doador de esperma mesmo - responde um pouco nervosa
- Não faz questão que ele assuma a paternidade? - Pergunto
- Não! Ele não quis esse bebê. Mas eu quero e vou amá-lo o suficiente, ele não vai sentir falta da parte paterna.
- Aposto que será uma boa mãe, mas mesmo assim esse bebê sentirá falta sim da parte paterna Luna.
- E você? Nunca quis ter filhos?
Congelo na mesma hora com a pergunta dela, perco a fome e me levanto.
- Isso não é da sua conta Luna, afinal, você está aqui para trabalhar pra mim e não fazer perguntas.
Vou para meu quarto e me arrependo de tratar ela m*l, porém é um assunto muito delicado pra mim ainda.