Notas do Autor
Gente, desculpa a demora. Acontece que acabei me atrapalhando toda e o capítulo apagou. Tentei recuperar, mas tive que escrever de novo. Enfim, boa leitura.
Depois daquele beijo que trocamos, eu me despedi dela com a promessa que voltaria no outro dia para pegar Ana Clara. Mas, na metade do caminho percebo que estou sem as minhas chaves.
- Merda! - Murmuro e pego o próximo retorno.
Quando chego, obviamente chamo Giovanna que não escuta. Fico parado na porta sem saber o que fazer. Não quero gritar e correr o risco de acordar minha filha. Eu nem pensei em pegar seu número de telefone, o que seria útil pra c*****o agora.
Com certeza isso não vai dar em nada, mas mesmo assim tento abrir a porta. E para a minha surpresa não tá trancada. Tenho que me lembrar de falar com Giovanna sobre isso, ela não pode esquecer de trancar a porta. Sempre tão esquecida. É perigoso, mesmo num condomínio do porte do dela.
Entro na sala e vejo Giovanna parada na porta da cozinha bebendo água, ela leva um susto, mas logo se recompõe.
- Ei.. desculpa! Eu esqueci as chaves de casa aqui, então eu.. - Nesse momento meus olhos descem pelo seu corpo e eu perco a fala.
Puta que pariu!
Giovanna está vestindo apenas uma camisola preta, transparente. Consigo ver sua minúscula calcinha preta e cada contorno do seu corpo. Eu simplesmente não consigo tirar os olhos dela. Percebo que sua respiração se acelerou e ela junta as pernas a procura de alívio. E conhecendo Giovanna como eu conheço, posso afirmar que ela está excitada! E só em saber que ela fica molhada apenas com meu olhar me deixa louco.
Ficamos um olhando para o outro por alguns segundos. Eu estou bebendo cada parte de seu corpo como um homem sedento por mais. Eu preciso tocá-la, eu não vou conseguir respirar nos próximos minutos, se não beijá-la agora.
- Você pode me xingar ou bater o quanto quiser depois, mas eu não vou mais ignorar o que meu corpo quer, e sempre quis. Você. E, não.. eu não vou conseguir parar! - Falo e não deixo nem ela formular uma resposta. Me aproximo dela a passos largos e tomo sua boca na minha.
Reviver!
E como se fosse possível ultrapassar o limite dos corpos, agarro-a com toda força que eu tinha e não tinha. Enrolando uma mão em meio de seus cabelos.
Empurro Giovanna até que suas costas se batem contra a geladeira, fazendo um barulho estrondoso. Diferente da primeira vez, eu não estava carinhoso. Queria penalizá-la por mentir sobre Clara, por ter deixado que outro homem a tocasse. Ela era minha e agora iria aprender isso. Minhas mãos sua b***a e eu a levanto e num impulso ela rodeia meu quadril com suas pernas. Sem querer soltar a boca da dela, caminho até o sofá, me sentando com ela encaixada em minha ereção, ela geme contra a minha boca, se esfregando no meu colo.
- p***a Giovanna... - Consigo falar entre um beijo e outro. Ela separa os lábios dos meus, mordendo-os. - Gostosa!
Volto a atacar sua boca com vontade, eu realmente estou parecendo um homem que não come a dias, mas agora está diante do seu prato favorito. Minhas mãos estão em todo lugar do seu corpo e minha boca deixa a sua apenas pra retribuir beijos e mordidas pelo seu pescoço, ombro e s***s.
Giovanna geme, se esfregando contra mim descaradamente, eu tenho certeza que se não estiver dentro dela nos próximos minutos vou acabar fazendo papel de um adolescente na puberdade. Ela agarra meu cabelo com força e puxa minha boca contra a sua.
Minhas mãos apertam firme em sua cintura, fazendo-a sentir todo o meu desejo por ela. Eu preciso sentir o quanto ela está molhada pra mim.
- Levanta assim, Giovanna, só um pouquinho! - Peço em meio aos beijos. Ela faz como eu peço e se levanta o suficiente pra que eu possa empurrar sua calcinha para o lado e senti-la diretamente em meus dedos. Giovanna solta uma grunhido, jogando a cabeça para trás. - Olha como você tá...
- sussurro alucinado e começo mover meus dedos ao mesmo tempo em que puxo sua boca na minha. Eu nunca vou ser capaz de deixar isso de novo!
Coloco um dedo dentro dela, sentindo-a se contrair envolta do meu indicador. E então, coloco um segundo dedo na jogada, de mansinho. Seus gemidos são abafados por minha boca que insistia em não largá-la. Eu bebo cada gemido seu, sabendo que sou eu que deixo ela perdida assim.
- Goza Giovanna, goza pra mim...
- Murmuro intensificando o movimento dos dedos dentro dela.
- Vai Giovanna, agora! - Exclamo.
Giovanna se perde em seu prazer, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás. Ela balbucia meu nome entre um gemido e outro e eu apenas observo o quanto ela fica linda e vulnerável assim. Eu podia fazer ela gozar a cada hora, apenas para ver seu rosto transbordando pelo prazer que eu causei e ouvir ela gemer meu nome. Como se eu fosse tudo o que ela precisasse.
Tiro meus dedos completamente melados de dentro dela e os levo até a minha boca, provando seu sabor. Nesse momento seus olhos se abrem e ela me encara. Sua respiração ainda entrecortada.
- Huum.. seu gosto é o melhor, incrível como eu nunca me esqueci!
- Murmuro. Giovanna está vermelha, não sei se pelo prazer que sentiu ou por está com vergonha. E no segundo seguinte eu pude constatar que era vergonha. Ela cobre o rosto com as mãos e balança a cabeça de um lado para o outro.
- c*****o. O que acabamos de fazer? - Ela murmura, ainda com as mãos escondendo o rosto.
- Giovanna, fizemos o que estávamos com vontade de fazer. Te beijei de novo e te fiz gozar na minha mão! - Falo, tirando sua mão do rosto.
Ela não diz nada e parece se dar conta que ainda estava montada sobre mim. Então se levanta devagar, mas seus olhos nos meus.
- Não podemos fazer isso agora, vai complicar ainda mais. Agora não somos só nós dois, temos que pensar na Ana Clara! - Ela exclama.
- Eu não quero que a minha filha pense que somos uma família feliz até que seu novo trabalho te leve pra longe de novo! - Ela abaixa o olhar, na certa tentando esconder a dor dos mesmos.
Eu queria contar pra ela que eu larguei meu trabalho como agente, eu quero contar que completei a minha última missão. E tudo por ela, porque hoje eu sei, que preciso dela mais do que qualquer outra coisa. Quero contar que nunca mais vou embora, contar que vou ficar por ela, ficar pela nossa filha. Quando começo a abrir a boca pra falar, uma voz doce e sonolenta me cala.
- Mamãe? - Olho para o final do corredor e vejo Ana Clara parada na porta do seu quarto, coçando os olhinhos.
- Oi princesa. Por que tá acordada? - Giovanna caminha até ela.
- Eu sonhei com o meu papai, ele estava me levando pla escola pelo céu. Ele era um super helói mamãe e sabia voar. - Ela fala, fazendo meu peito apertar, minha filha me tem como super herói.
- Voando eu acho que não consigo, mas pode ser de carro? - Falo sorrindo.
- Papai, você ainda está aqui! - Ela fala com entusiasmo.
- Estou, meu amor! Tá tarde pra mocinha estar acordada, né?
- Celto, papai! Você podelia me colocar na cama?
- Olha, tá dispensando a mamãe, Ana? - Giovanna fala fazendo biquinho.
- Não mamãe, você também! Os dois, juntos. - Minha filha fala e estende os bracinhos para mim. Eu pego Ana no colo e a levo ela para o quarto.
Depois de contar duas histórias sobre princesas e fadas, Ana finalmente dorme. Eu e Giovanna ficamos alguns minutos apenas observando ela dormir, e esse é um dos momentos que consigo esquecer todo o pesadelo que passei nesses 3 anos longe.
Giovanna e Ana são o que preciso para minha cura e eu vou lutar pela minha família.
Saímos do quarto e seguimos para a sala sem nenhuma palavra, até que eu resolvo falar.
- Temos que conversar!
- Eu sei, mas não hoje. Preciso colocar as ideias no lugar, então conversamos! - Fala.
- Tudo bem, mas não vai passar de amanhã! - Falo.
- Ok, amanhã! Dorme aqui hoje, já tá tarde. - Murmura. - Eu não tenho um quarto de hóspedes, mas se você não se importar pode dormir no sofá.
- O sofá tá ótimo! - Aceito de prontidão, eu não queria mesmo ter que ir embora.
Ela some em direção ao quarto e volta minutos depois com travesseiros e cobertores.
- Boa noite, Alessandro! - Ela sussurra e vira para voltar ao seu quarto.
- Boa noite, Giovanna! - Sussurro de volta e sento no sofá. Tiro meus sapatos e deito, fechando os olhos em seguida.
Não sei exatamente quando adormeci, mas quando abro os olhos, vejo um par de olhos avelãs assustados me olhando e duas mãos delicadas me sacudindo com força.
- Alessandro, acorda!! - Giovanna exclama. Ela está ajoelhada ao lado do sofá e sua expressão é de preocupada.
Levanto até que eu esteja sentado, apoio meus cotovelos nos joelhos e coloco as mãos no rosto. Eu estou molhado de suor e meu corpo ainda treme pelo pesadelo.
Droga! Será que eles nunca vão embora? Será que vou continuar passando por isso toda noite? Continuar revivendo os piores momentos da minha vida.
- Ale? Você está bem? - Ela pergunta ainda ajoelhada a minha frente. Aceno afirmando. - Quer conversar? - n**o com a cabeça.
Levanto a cabeça para o relógio da parede. São três da manhã, eu ainda posso ir embora. Começo a calçar meus sapatos e Giovanna me encara em silêncio. Até que ela se cansa de olhar e tira o sapato das minhas mãos, não me deixando colocar.
- p***a Alessandro, me deixa te ajudar! Conversa comigo! - Ela exclama.
- Você não pode me ajudar com isso! - Finalmente murmuro.
- Como você pode ter tanta certeza? Você ao menos tentou! - Rebate. Seus olhos pareciam me devorar por completo, Giovanna parecia conhecer cada segredo meu, mas ela não conhece!
- Eu não sei como! - Confesso.
Eu sempre estive sozinho, desde que a deixei. Nunca dormi com mulher nenhuma, sempre depois do sexo eu as mandava embora. Nenhuma ficava durante toda a noite, nenhuma dormiu comigo. A única mulher que desejo segurar toda noite é essa que está a minha frente, é Giovanna.
Então, de repente, eu sei o que fazer, eu sei o que preciso no momento para afastar os fantasmas do passado. Eu preciso segurá-la durante toda noite.
- Dorme comigo? Deixa eu abraçar você, deixa eu sentir seu coração batendo contra meu peito até o dia amanhecer. Só assim vou esquecer..