Ágatha e Bruna conseguiram se integrar muito rápido ao clima da universidade.
Ciro com a sua descrição estava sempre por perto mantendo a segurança das duas.
Estava uma linda manhã de sábado e Ágatha queria ir ao shopping.
- Levanta Bruna.
O Ciro está a nossa espera.
- Tem que ser agora?
- Sim. Levanta logo e desce em 10 minutos.
Bruna levantou e por ser inglesa conseguia ser perfeitamente pontual.
Após um delicioso pequeno-almoço, saíram para o shopping onde passariam o resto do dia.
Depois de muitas compras, caminhavam para a sorveteria, quando Ágatha foi de encontro a alguém e os dois caíram.
- Meu Deus! Me desculpe moça.
Não vi você e...
Camillo parou de falar e olhou para Ágatha que tal como ele já estava de pé.
- Presta mais atenção por onde andas. Pode ser?
- Claro. Por favor me desculpe.
- Tudo bem. Tchau.
Ágatha se afastou e Bruna a seguiu.
Por alguns instantes ela esqueceu que estavam no shopping, pois Camillo prendeu o seu olhar.
- Nossa amiga. Você viu que gato ele é?
- Nem reparei.
- Fala sério Agatha.
Ele é lindo demais para não ser notado.
- Tudo bem. Eu reparei e admito que senti algo forte.
- Como assim?
- Não sei. Foi como se estivessemos destinados.
- Uau! Isso é bom.
Quem sabe eu também não estou destinada a alguém?
Pararam para almoçar na praça da alimentação do shopping.
Ciro foi deixar as compras no carro para voltar em seguida.
- Olá! Parece que hoje é o nosso dia.
Ágatha respirou fundo antes de olhar para ele e teve uma surpresa.
Eram dois.. O cara que tinha esbarrado nela estava com outro igualzinho a ele.
- Sim. Parece que sim..- Ela falou.
- Bem eu.. Gostaria de me desculpar outra vez.
Meu nome é Camillo e este é o meu irmão Marcello.
- Prazer em conhecer vocês.... Marcello falou.
- Igualmente.. Ágatha respondeu.
Sou a Agatha e ela é a Bruna.
Minha melhor amiga..
- Uau! Estou surpreso.....-.Camillo falou.
- Com o quê?... - Foi a vez de Bruna de dizer algo, já que não parava de olhar para Marcello.
- Vocês não sabem mesmo quem somos?... -.Camillo perguntou.
- Não. Deviamos saber?
- Depende. Mas deixa isso para lá.
Podemos almoçar com vocês?.....-Marcello pediu.
- Claro que sim.
Sentem.... - Bruna respondeu.
Estavam numa conversa animada quando Ciro voltou e se juntou a eles.
O dia passou rápido e quando voltaram para casa, as meninas m*l podiam acreditar.
- Nossa Agatha..
Já imaginaste nós a namorarmos eles? Além de gêmeos são extremamente gatos.
- Namorar? Bruna por favor... Aposto que já esqueceram de nós.
- Duvido. Porque eu dei o meu número para o Marcello e o seu também.
- O quê ?
- Isso mesmo. Você mesma dise que sentiu estar destinada ao Camillo.
- Tudo bem. Desta vez passa.
Vamos ver o que acontece....
Foram dormir bem dispostas e felizes por terem feito novas amizades.
E se fosse algo mais forte?
Em casa Camillo também estava perdido em seus pensamentos.
Ágatha o tinha impressionado, mas antes de qualquer coisa, precisava de saber mais sobre ela.
O telefone tocou e desta vez ele mesmo atendeu. Falou várias vezes, mas não obteve resposta.
Desligou furioso quando Marcello entrou.
- O que foi?
- Aquela ligação misteriosa outra vez. Senti alguém do outro lado, mas não disse nada.
- Achas mesmo que o Papai sabe quem liga?
- Tenho a certeza que ele sabe.
Mas, não vai contar e não o podemos obrigar.
- Estás certo. Precisamos descobrir de quem se trata.
E se for mesmo ela?
- Quem? A nossa mãe?
- Sim. Talvez seja ela.
- Marcello por favor.
Por 20 anos ela não deu sinal de vida. Porque faria isso agora?
- Não sei. Vamos falar com a Vovó.
Nós temos que entender o que aconteceu. Por favor.
- Está bem. Falaremos com a Vovó e também vou investigar por outros meios.
- Obrigado. Vou dormir agora.
Devias ir também. Amanhã será um dia longo.
- Já vou.
Boa noite mano.
- Boa noite.
Camillo pensou nas palavras do seu irmão. Não sabia porque a mãe os tinha abandonado e o pai evitava sempre o assunto.
Será que por trás de tudo está alguma coisa errada e que ele teme revelar?