Capítulo 2

1337 Words
— Você quer que eu te leve para casa? — Mateus pergunta a Estella. — Não precisa, Mat. Obrigada, eu ando de carro. — Tudo bem, tome cuidado no caminho. — Você também. — Até mais tarde. — Até. Estella entra em seu carro e dirige para casa. Ao chegar lá, ela liga para seu irmão Lucas, que atende no terceiro toque. — Oi, Estella. — Ele responde com a voz sonolenta. — Desculpa ligar a essa hora, mas queria te avisar que cheguei em casa agora e não vou poder buscar a Laura, pois vou voltar às nove horas. Vou aproveitar esse tempo para descansar um pouco que estou só o pó.— Ela fala e Lucas responde, compreensivo: — Sem problemas, Estella. Eu cuido da Laura. Descanse bem e se cuidada — Obrigada, Lucas. Você é um irmão incrível. Até mais tarde. — Até, Estella. Boa noite. Estella desliga o telefone e respira aliviada, sabendo que sua filha esta em boas mãos. Ela sobe para o quarto onde se prepara para dormir um pouco. Na manhã seguinte, o despertador de Estella tocou às 8 horas. Após levantar, ela realizou sua higiene matinal e se vestiu antes de descer para a cozinha. Enquanto preparava o café da manhã, seu celular tocou. Era uma ligação da filha. — Oi princesa, aconteceu alguma coisa?" Estella perguntou preocupada, sabendo que a filha deveria estar na escola nesse horário. — Oi mamãe, está tudo bem, eu estou na casa do tio Lucas hoje não teve aula, liguei só pra te dá bom dia!_ respondeu a filha. — Tá bom querida, bom dia meu anjo. Me desculpa por não ter ido te pegar ontem a noite, é que estou com muito trabalho, sinto muito por isso.— disse Estella, sentindo-se culpada. — Tudo bem mãe, eu entendo— a filha confortou. — Fico feliz por isso, filha. Mas me diz, por que não teve aula hoje?— Estella perguntou, curiosa, pois a escola da filha era difícil quando não tinha aula — A escola está passando por uma reforma na sala de aula, então suspenderam as aulas por hoje.— explicou a filha. — Que tipo de mudanças são essas? Você sabe me dizer? A diretora não me notificou nada dessa vez — Ela deve ter esquecido mãe, é para colocar câmeras de segurança nas salas — Entendi. Obrigada por me informar, querida.— Estella fala para a filha — De nada, mãe. Aproveita seu dia de trabalho e não se preocupe comigo, está tudo bem por aqui— tranquilizou a filha e Estella sorriu do outro lado da linha. — Vou tentar, meu amor. Obrigada. Te amo muito. — Também te amo, mamãe. Até mais tarde! — Até mais, querida— despediu-se Estella, encerrando a ligação com um sentimento de gratidão por sua filha ser compreensiva e não está julgando ela por não ser uma mãe 100% Presente na vida dela. Estella terminou o café da manhã e se preparou para enfrentar o dia de trabalho. Enquanto se dirigia para o escritório, ainda pensava na conversa com a filha. Sua preocupação diminuiu, sabendo que a menina estava segura na casa do tio Lucas mas que depois dava uma passadinha na escola da filha para vê do porque das câmeras de segurança antes de fazerem uma reunião com todos. (...) Ao chegar ao departamento, Estella cumprimentou seus companheiros de equipe antes de entrar em sua sala. Lá dentro, avistou um homem sentado em sua cadeira, com um jornal cobrindo parcialmente o rosto. Dificultando dela saber quem era então ela não hesitou em questionar: — Quem é você? E por que está sentado na minha cadeira?— perguntou, curiosa e um pouco perplexa. A pessoa abaixou o jornal e respondeu com um sorriso no rosto: — É assim que você fala comigo, Estella? Eu só sentei aqui para descansar enquanto você chegava— explicou, com uma expressão falsamente ofendida. Estella não conseguiu conter sua surpresa e felicidade ao reconhecer seu melhor amigo. — Meu Deus, Yujin, que surpresa maravilhosa! Por que não me disse que vinha?— exclamou Estella, correndo para abraçá-lo. — Quis te fazer uma surpresa— respondeu ele, enquanto retribuía o abraço dela. Os dois amigos se afastaram do abraço, ainda sorrindo um para o outro. Estella olhou para Yujin, sentindo-se grata pela surpresa inesperada. — É tão bom te ver, Yujin. Sinto sua falta.— confessou Estella, emocionada pela presença do amigo, pois já fazia anos que ele se viram por ambos morarem em países diferentes. Yujin sorriu calorosamente para ela. — Também sinto sua falta, Estella. A vida tem sido tão corrida ultimamente que m*l tive tempo para visitar você— Estella assentiu compreensivamente. — Eu sei como é. Mas estou feliz por você estar aqui agora. Como foi sua viagem até aqui? Os dois amigos passaram um tempo conversando e se atualizando sobre suas vidas desde a última vez que se viram. A presença de Yujin trouxe uma sensação de conforto e alegria ao ambiente, renovando o ânimo de Estella para enfrentar os desafios do trabalho e da vida enquanto ela organizava em sua mesa as informações sobre o caso de Bianca. Yujin olhou para Estella com um brilho de empolgação nos olhos, segurando uma pasta com documentos importantes em uma das mãos. Com um sorriso radiante, ele começou a falar: — Estella, tenho uma grande novidade para te contar. Consegui transferência para trabalhar aqui em São Paulo, na mesma empresa e na mesma equipe que você!— disse Yujin, m*l conseguindo conter sua animação. Estella ficou completamente surpresa e emocionada com a notícia. Seus olhos se arregalaram de surpresa e uma mistura de felicidade e incredulidade se espalhou por seu rosto. — Yujin, isso é incrível! Eu não posso acreditar que você estará trabalhando comigo aqui em São Paulo. É uma notícia maravilhosa!— exclamou Estella, abraçando seu amigo com entusiasmo mas uma vez, somente ele conseguia tirar esses momentos e sorriso dela. Os dois amigos compartilharam um momento de alegria, felizes por poderem continuar suas jornadas profissionais juntos. Para Estella, ter Yujin ao seu lado significava mais do que apenas ter um colega de trabalho ao seu lado. No exato momento em que Estella e Yujin estavam abraçados, Mateus adentrou a sala, segurando dois copos de cappuccino, um para ele e outro para Estella. Seu semblante, normalmente sereno, parecia tenso e seus olhos demonstravam um traço de ciúmes ao presenciar a cena. Ao observar o abraço entre Estella e Yujin, Mateus engoliu em seco, tentando disfarçar a sensação incômoda que tomava conta de seu peito. Ele caminhou até a mesa de Estella e Yujin, forçando um sorriso enquanto entregava os copos. — Trouxe cappuccino para nós, Estella. Pensei que poderíamos tomar juntos enquanto discutimos o relatório— disse ele, tentando manter a compostura. Estella aceitou o copo com um sorriso de agradecimento, sem perceber imediatamente a tensão no ar. — Ah, obrigada, Mateus! Que gentileza sua.— agradeceu ela, sem notar a mudança de atmosfera na sala. Yujin, por sua vez, percebeu a tensão de Mateus e o olhar ciumento que ele lançou na direção deles. Ele decidiu agir com discrição e tentar dissipar o desconforto.Em outro momento conversava com a amiga sobre o relacionamento dela com Mateus. — Eu sou o Mateus, melhor amigo da Estella, irei trabalhar na equipe de vocês. — Seja bem vindo, eu sou o Mateus .— ele fala sério e a tensão na sala era palpável, e o silêncio que se seguiu foi interrompido apenas pelo som dos copos sendo colocados na mesa. Estella sentiu um leve desconforto, percebendo finalmente a atmosfera tensa ao seu redor. Estella, notando a tensão que se instalou na sala, procurou amenizar o clima desconfortável. — Bem, vamos começar a discutir o relatório então, já que já se apresentaram.— sugeriu ela, tentando desviar o foco da situação constrangedora. Mateus assentiu, ainda um pouco tenso, mas tentando se concentrar no trabalho. —Sim, vamos lá. Acho que temos muito o que discutir.
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