Capítulo IV

3536 Words
Acordei ainda borrada de maquiagem, por mais que eu tenha tentando tirar tudo no banho, ainda restava um pouco. Fui para a cozinha, mesmo cansada do dia anterior, preparar o café, antes de tomar banho e dei de cara com o Frank fechando a geladeira. - Meu Deus! - ele gritou assustado com a mão no peito. - Ai! - gritei me assustando com o susto dele. - Juliana, que cara é essa? Você está medonha com essa cara de Mortícia Adams - falou fazendo careta. - Credo! Só estou com o resto da make da sessão de fotos ainda, não consegui tirar tudo ontem, estava com muito sono - respondi sentando e pegando um copo de suco. - Sessão? - ele perguntou dando ênfase na palavra. - Sim, sessão. Ontem o Eduardo me ligou, dizendo que conseguiu colocar a marca Livins Lingerie na revista Marie Claire de hoje, então precisei ir correndo para o estúdio - expliquei. - Você vai fazer propaganda para a Livins? É uma das maiores marcas de lingerie na America Latina - disse Frank boquiaberto. - Isso eu sei, Frank, mas foi tão constrangedor, só tinha homens lá, você não me disse nada disso. Imagine a minha cara e meu desespero - externei minha raiva. - Não tinha idéia de que iria fotografar tão rápido, Ju. Eu pensei que você iria comigo na minha sessão antes e lá seria mais fácil te explicar como são as coisas, mas tenho certeza que tirou de letra isso tudo - explicou tentando se desculpar. - Bom, depois da terceira lingerie fiquei mais à vontade - falei sorrindo. - Tome seu café e tome um banho longo, tire toda essa máscara de monstro aí viu, eu vou à banca pegar um exemplar de sua revista, quero conferir este corpão todo - falou sorrindo e mordendo o lábio. Fiquei ali comendo pão integral com presunto e queijo e tomando suco de manga. Logo depois fui tomar um banho relaxante e longo. Assim que saí do banho, ainda de roupão, ouvi Frank gritando meu nome na sala. Corri achando que algo estava errado. - O que foi, Frank? - perguntei quase tendo um ataque de susto. - Meu Deus! Você está fabulosa! Acho que até eu, que sou gay, teria sonhos eróticos com você - disse com os olhos brilhando. - Ah para, até parece. Eu não fiquei tão bonita assim - respondi sem olhar a revista. - Acha que não ficou? Então veja você mesma, abra na página setenta e três e confira - disse jogando a revista. Abri na página indicada por Frank e levei um susto. Eu estava maravilhosa, não me reconheci nas fotos. O olhar era diferente, como se eu visse alguém muito parecida comigo, mas totalmente diferente na postura. A pele estava reluzindo, meus olhos brilharam de euforia. - Frank, esta não sou eu - disse com lágrimas nos olhos. - Que é isso amiga! Claro que é você! Eles usam luzes e jeitos diferentes de fotografar, buscam nosso melhor ângulo e isso nos faz levar um susto. Estamos acostumados a nos ver de formas diferentes e fotos bem feitas nos dão outra ideia de tudo isso. Você está fabulosa e esse Ricardo vai enlouquecer. Já sei, leva esta revista e abra na sua mesa na página do ensaio e vá ao banheiro numa hora que sabe que ele está para sair - Frank falava sem parar e eu estava tendo um ataque de risos. - Está bem! Farei isso - disse pegando o casaco e colocando a revista dentro da bolsa. Corri para o escritório, não podia perder tempo, teria que confirmar a presença de todos para o coquetel. Coloquei a revista em cima de minha mesa e quando Ricardo passou, acabou levando-a junto com as correspondências do dia. Eu ia falar para ele deixar, mas estava ao telefone e acabou passando batido. Assim que terminei de confirmar todos os convidados fui à sala de Ricardo entregar a lista atualizada. - Doutor, aqui estão os nomes confirmados para o coquetel e aqui as informações de tudo que acertei com o buffet - disse entregando duas pastas para ele. - Bom trabalho, Juliana. Já que está tudo certo, pode ir mais cedo para casa, se arrume e esteja aqui no hall do prédio às sete e meia, para ver como está indo o trabalho de todos - falou me dando a deixa para ir embora. Fui para casa e almocei com Frank, que não parava de me elogiar. - Frank, eu vou sair, preciso fazer cabelo e unha. Quer ir ao coquetel comigo? - disse convidando. - Sério que está me convidando? - perguntou com uma careta engraçada. - Para seu bobo, estou convidando sim, você é meu melhor amigo e a maioria dos convidados vai levar namorados, maridos e esposas, mas eu não tenho namorado, só meu melhor amigo. E aí o que acha? - perguntei bebendo outro gole do suco. - Eu vou adorar, quero ver a cara do todo poderoso ao ver você com um homem bonito como eu, vamos passar ciúmes nele, acha que consegue fingir? - perguntou fazendo bico. - Depois da sessão de fotos eu já sou quase uma atriz hollywoodiana - respondi sorrindo. - Bom, se é assim, então vamos logo para o salão. Quero ficar mais masculino hoje, tirar essas luzes do cabelo, mas não confunde, hein Ju, estamos só fingindo - ele fez questão de enfatizar para que eu não esquecesse. Frank e eu passamos a tarde toda no salão e depois que chegamos em casa, Frank fez questão de escolher a roupa que eu usaria. - Que tal este macacão vermelho? Ele é lindo, esvoaçante e com um decote enlouquecedor. Aquele homem hoje vai enfartar - disse Frank segurando o macacão nas mãos. - Está bem, hoje você pode escolher o que quiser que eu coloco - respondi adorando a escolha de Frank, afinal eu tinha eliminado sete quilos e estava bem mais fina. Coloquei o macacão e ele ficou fabulosamente perfeito no corpo, senti algo transformador em mim. Quando Frank e eu entramos no hall do prédio, pedi licença a Frank e fui ver como tudo estava sendo feito. Alguns minutos depois os convidados começaram a chegar e fui curtir o coquetel com Frank, que já estava se enturmando. - Frank, se comporte. Aqui você é heterossexual, esqueceu? - disse entre os dentes sorrindo para que ninguém percebesse. - Eu sei meu amor, fique tranquila - respondeu sorrindo e falando em meu ouvido. De repente, enquanto falava com Frank, avistei de longe a chegada de Ricardo, que se aproximava de nós. - Juliana, você está muito bonita - disse Ricardo. - Eu falei isso a ela enquanto se trocava - interferiu Frank de um jeito másculo, que me deixou satisfeita. - E você é quem? - perguntou Ricardo a Frank, com a cara fechada. - Eu sou namorado de Juliana, prazer, Frank - disse cumprimentando Ricardo com um aperto de mão. - Ricardo Boldrini, chefe dela - respondeu ele de um jeito altivo. - Prazer, doutor - respondeu Frank. - Se me derem licença, preciso circular - retrucou Ricardo totalmente desconfortável, saindo de perto e deixando Frank e eu quase morrendo de rir. O coquetel estava muito agradável, Ricardo não parava de me olhar um só momento, onde quer que eu fosse ele me seguia com o olhar. - Frank, ele não para de olhar, estou me sentindo o máximo - disse de maneira discreta. - Eu estou de cara com a beleza deste homem, amiga, ele é um escândalo - respondeu quase desmunhecando. - Por isso, eu estou de quatro por esse i****a. Eu vou ao banheiro, já volto - disse tentando me equilibrar no salto alto depois de tudo que tinha bebido. Antes de sair do banheiro retoquei a maquiagem e por fim abri a porta. Ele me empurrou de volta e eu fiquei sem ação. - O que é isso? - perguntei a Ricardo, que trancou a porta. Minhas pernas bambearam. - Quando ia me contar que está fotografando quase nua? - perguntou muito próximo de minha boca. - Porque eu contaria? O senhor é meu patrão, não meu dono, o que faço ou não fora do escritório não é de sua conta - respondi tentando irritá-lo. Eu sabia o quanto ele odiava ser contrariado. - Você está me deixando louco, Juliana! Não consigo mais parar de pensar no seu corpo, na sua boca. Preciso possuir você, agora - disse me engolindo. Seu beijo foi algo muito melhor do que eu esperava, suas mãos ágeis me apalpavam como se desbravasse uma mata selvagem, descobrindo territórios que nem eu mesma lembrava que já tinham sido descobertos. Meus s***s se arrepiaram, dando a Ricardo a deixa para abocanhá-los com destreza. Cada volta de sua língua provocava um gemido meu mais intenso, minhas mãos se aninharam em seus cabelos, puxando mais forte a cada movimento dele em meu corpo. - Ricardo - disse quase sem fôlego. - Fala, minha delícia - ele respondeu se levantando para me olhar nos olhos. - Aqui não dá - disse me referindo ao banheiro. - Então, vamos sair daqui, o que acha? - perguntou com os olhos brilhando. - Saia, pegue o carro e me espere ali fora, eu saio em seguida, vou dar uma desculpa - disse destrancando a porta e o deixando sair. Retoquei o batom e saí como se nada tivesse acontecido. Aproximei-me de Frank que me olhava sorrindo. - O Ricardo passou aqui todo desgrenhado e com olhos de fome, porque será que acho que você tem algo com isso? - disse sorrindo. - Eu? Imagina. Estou indo carimbar mais um de meus gados, você leva meu carro embora, está bem? Vê se não apronta, para todos os efeitos você é heterossexual aqui, hein - falei tentando lembrá-lo de nosso acordo. Pisquei para Frank e saí sem me despedir de ninguém, quando cheguei à porta do prédio, Ricardo piscou o farol do carro. Caminhei em sua direção e entrei, ele sorriu para mim e eu desmontei; aquele sorriso s****o que eu tanto quis para mim, agora era só meu. Ele dirigiu com a mão na minha perna, toda vez que parávamos no semáforo ele me beijava e me olhava com ainda mais vontade. Chegamos ao prédio onde ele morava, e ainda no elevador, foi tirando minha roupa. Meu macacão logo estava no chão e, ainda dentro do elevador, eu já estava só de calcinha e sutiã. Não estávamos pensando em nada, o t***o tomava conta de nós dois. O elevador se abriu e ele destrancou a porta do apartamento tremendo, eu segurava o macacão e as sandálias nas mãos. Assim que entramos eu os joguei em qualquer lugar e nem deu tempo de chegar ao quarto, ficamos ali mesmo no tapete persa branco da sala. Ele me penetrava com fortes estocadas, enquanto intercalava me beijando. - Meu Deus, como você é gostosa, Ju! - disse entre meus lábios. Cada vez que ele dizia algo assim eu ficava com mais t***o. Levantei, olhei em seus olhos e deixei a cabeça cair para trás, gemendo e o fazendo intensificar seus movimentos, até chegarmos ao o*****o juntos. Caímos exausto um ao lado do outro. Ele me olhou sorrindo e respirando fundo. - Você vai me enlouquecer sabia? Nem fizemos nada direito e já acabou comigo - disse olhando para cima e sorrindo satisfeito. - Nisso você tem razão, eu nem fiz nada ainda e já está assim, imagine quando eu fizer - respondi sorrindo. Esperei alguns minutos ali e levantei, coloquei meu macacão enquanto ele tomava uma chuveirada. Saí de fininho, peguei um táxi e fui para casa. No caminho pensava: agora ele verá do que sou capaz, se acha que vou ceder a ele, não vou mesmo. Chegando em casa dei de cara com Frank, que comia um lanche suculento. - Você, comendo lanche? - perguntei surpresa. - Nem vem, estou com tanta fome que nem quero saber se isso engorda, quer metade? Depois de gozar deve estar morrendo de fome - disse gargalhando. - Eu hein, você sabe se eu gozei? - perguntei sorrindo e me sentando. - Seu olhar está brilhando com jeito de pós-f**a - respondeu cortando o lanche. - Foi bom mesmo, nossa. Aproveitei que ele estava no banho e saí de fininho - falei para Frank, lambendo o dedo. - Você vai destruir esse homem, já prevejo isso - ele disse com a boca cheia. - Destruir não, mas não vou dizer que ele vai continuar como é, gordofóbico. - Gordofóbico? Que é isso? - perguntou curioso. - Sim, é alguém que tem fobia de gente gorda - expliquei. - Ele não é gordofóbico, se fosse não ficaria louco por você assim - Frank disse tentando mudar minha opinião. - Acho que ele é sim, mas quanto a mim, ele deve ter ficado assim depois de ver minhas fotos, que eu estava acompanhada e talvez não fosse possível para ele - expliquei o modo como eu via a situação. - Eu acredito nisso também, homens tem essa mania de querer provar que conseguem algo impossível. - Frank, eu vou dormir, preciso tomar um banho e tirar Ricardo de dentro de mim. Foi bom enquanto durou, mas agora começa a melhor parte. Não vejo a hora de começar o dia de amanhã! Já pensou quando ele entrar na sua sala e eu tratá-lo de maneira formal e ainda ter que se lembrar de mim todo vez que olhar pela janela? - disse sorrindo. - Como assim, quando olhar pela janela? - perguntou sem entender. - Eu pedi para que Eduardo colocasse um outdoor bem em frente ao prédio e fica bem na vista de Ricardo - expliquei sorrindo de maneira sarcástica. - Você é impossível Ju, mas eu adoro - Frank disse piscando. - Boa noite, amigo - falei indo para o quarto. - Durma bem, modelinho - Frank gritou. Tomei um banho gelado e pensava no toque de Ricardo, na maneira como sua respiração me excitava, dos seus movimentos e do seu hálito quente em meus s***s. Pensei tanto que acabei gozando debaixo do chuveiro. Esse homem definitivamente me enlouquece. Deitei na cama e adormeci. Ricardo Boldrini Cheguei apressado e nem percebi direito o que Juliana tinha me entregado, levei como sempre a correspondência para a sala. Comecei a abrir as cartas e quando vi a revista, não entendi bem o que uma revista feminina fazia no meio de minhas correspondências. Respirei fundo e comecei a folhear a revista, pensando em como as mulheres são seres iludidos e pior, acreditam nesse bando de jornalista i****a. Quando ia fechar a revista vi uma foto que chamou minha atenção, uma mulher linda e gordinha do jeito que adoro, só de calcinha e sutiã, que coisa mais linda. Observei cada foto tentando não pensar com a cabeça de baixo que já estava latejando de vontade de gozar, meu p*u estava duro e meu saco doía. De repente forcei os olhos e vi que a modelo era Juliana, a minha Juliana. Não me contive e entrei no banheiro de minha sala, acabei batendo uma p*****a e gozando na revista. Juliana estava conseguindo acabar comigo, preciso possuir aquela mulher. Saí da sala e ela já não estava mais em sua mesa. Fui para casa e dormi um pouco, precisava descansar antes do coquetel, hoje a Juliana não me escapa. Quando cheguei ao hall do prédio pude ver os detalhes da decoração feita por todo o salão para o coquetel, vasos enormes com flores do campo davam um aroma campestre em todo o local. Garçons serviam champanhe em taças maravilhosas, todos os convidados estavam muito bem vestidos. Mulheres belíssimas circulavam pelo salão, mas ninguém se comparava a ela naquele macacão vermelho, seus longos cabelos loiros reluziam por suas costas. Não conseguia tirar os olhos dela, ainda mais agora que ela tinha me apresentado um qualquer como namorado, aquele cara nunca iria poder dar prazer a uma mulher como ela. O cara é novo e todo m*****s, não tem cara de homem que dá conta do tranco. A persegui com os olhos o tempo todo, mesmo enquanto conversava com os outros sócios. Vi quando ela saiu de perto do molecote e foi para o banheiro, pedi licença aos colegas e saí em direção à porta do banheiro. Esperei por alguns minutos e quando ela abriu, eu a empurrei de volta e tranquei a porta. Não conseguia mais ficar distante e a arrogância dela em responder minhas perguntas me deixou ainda mais e******o, não pensei em mais nada e a beijei. Aquela mulher me deixou tremendo de t***o, não conseguia me conter, queria possuí-la ali mesmo, mas, a pedido dela, saímos do coquetel indo direto para meu apartamento. Nem sei por que a levei para meu apartamento, nunca levei mulher alguma lá, todos os meus encontros eram feitos em um flat que tinha alugado só para isso, mas ela me deixou tão tonto que não pensei direito. Tivemos um s**o selvagem, senti poder sobre ela e cada vez que a penetrava, ela urrava de prazer e eu me sentia um deus do s**o. Minha vontade era gritar, "toma namoradinho i****a, eu comi sua mulher", mas sorri apenas. Ela finalmente era minha e eu a deixaria a meus pés, a usaria sempre que sentisse vontade. Seria minha secretária e marmitex à lá carte. Ela é muito gostosa e extremamente sexy, não vou dar tornozeleira para ela, vou dar uma gargantilha como sinal de propriedade, vai custar mais caro, mas ela vale a pena, pois é tudo que eu sempre quis, linda, sexy, gorda e brava, adoro mulher brava. Fui tomar um banho para me recompor e poder comê-la a noite toda, mas ao retornar para a sala, não a encontrei, ela tinha ido embora. Acho que não ia aguentar a noite toda, eu devo ter acabado com as energias dela, amanhã eu a pego de jeito. Fui dormir com um sorriso nos lábios e com uma satisfação inexplicável, nunca desejei tanto alguém e quando consegui foi maravilhoso. Eu sei agora que ela também me deseja intensamente, assim como eu a desejo. Cheguei ao escritório antes das oito, queria beijá-la e começar bem o meu dia, quem sabe eu conseguisse uma rapidinha com ela. Ao ir para minha sala vi Juliana na mesa dela, abri um sorriso malicioso e a cumprimentei. - Bom dia, Juliana - disse me aproximando. - Bom dia, senhor - ela me cumprimentou formalmente sem esboçar um sorriso. - Juliana, por favor, quero que me acompanhe até minha sala - disse de maneira sisuda. - Sim senhor - respondeu olhando para baixo e entrando na sala em seguida. Esperei que ela entrasse e tranquei a porta. - Oi gostosa, por que foi embora ontem hein? Fiquei em casa louco para ter você a noite toda - disse a agarrando e louco de t***o. - Ricardo - ela disse calmamente me afastando. - O que foi Juliana? Pensei que tivesse gostado de nossa noite ontem – perguntei sem entender a reação dela. - Eu gostei sim, mas enquanto estiver trabalhando não quero confundir as coisas, aqui sou sua secretária, entendeu? - ela perguntou me colocando na parede. - Entendi, mas fora daqui ainda vamos nos ver? - perguntei tentando ver o que ela queria dizer. - Claro que vamos, mas só quando eu tiver tempo, agora que virei modelo está meio complicado até para frequentar academia - respondeu me deixando preocupado. - Mas essa de modelo, é só um bico, não é? - perguntei querendo deixar tudo claro. - Até o momento sim, mas o futuro a Deus pertence. Já olhou pela janela? - perguntou esboçando um sorrisinho malicioso. - Ainda não, por quê? Por acaso tem algo que me diz respeito ali fora? - perguntei indo em direção à janela. Olhei e vi Juliana em um outdoor, quase nua, como iria me conter dentro de minha sala vendo aquela imagem todo dia? - Juliana! Não acho certo um outdoor com você seminua na frente de nosso prédio. Está preparada para as piadinhas desses advogados abusados aqui do escritório? Eu não respondo por mim, se começar a ver brincadeirinhas idiotas entre você e eles... Não gostei disso - disse andando de um lado para o outro, já imaginava tudo que teria de aguentar daquele monte de abutres dando em cima do que já era meu. Ela me olhou e sorriu. - Você está sorrindo? - perguntei com raiva. - Nunca imaginei você como alguém ciumento - respondeu de forma sarcástica. - Não estou com ciúmes, só não quero ter que dividir atenções com mais ninguém, já basta aquele seu namorado a tiracolo - disse tentando me convencer que não estava com ciúmes. - Agora que já conversamos, eu vou me retirar e continuar o que estava fazendo, mais tarde nos falamos - falou saindo em seguida e me deixando ali admirando aquele outdoor que me fazia pirar de desejo. Essa mulher sabe como enlouquecer um homem, mas eu também tenho meus truques, vamos ver quem ganha essa batalha. Olhei para a imagem dela no outdoor e disse: - "Um a zero para você, dona Juliana".
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