CAPÍTULO 7

1269 Words
Eliza ...dia seguinte... Acordei com os raios solares invadindo o quarto, a noite passada com Miguel veio à minha mente e automaticamente sorri, ele beijava tão bem, eu nunca havia dado um beijo tão cheio de sentimento e desejo como foi com ele, meu corpo explodiu de desejos, mesmo sabendo que nao podíamos fazer nada, mas o que ele me disse sobre o baile me deu um pouquinho de esperança de tê-lo em uma noite que nao estarei chorando de dor.  Levantei, fui ao banheiro, fiz minhas higienes, me vesti, passei uma maquiagem leve e desci vagarosamente as escadas olhando em volta com receio de trombar em Robert ou qualquer outra pessoa que fosse me constranger como ele sempre fazia quando me via.  Senti alguém me abraçar forte por trás e ri baixo assim que senti o perfume de Miguel. - bom dia. - ele disse me virando pra ele e eu sorri e segurei seu rosto de leve. - bom dia, que felicidade toda é essa?- ele riu. - seu beijo me deixou assim. - sério? Não sabia que eu tinha esse efeito sobre vc. - eu disse brincando e ele me olhou de um jeito muito fofo, chegou perto do meu ouvido e sussurrou. - mas tem. - sorri. - dormiu bem? - sim e vc? - apaguei. - que bom, temos umas coisas pra fazer hoje. - tipo? - aula de valsa. - estava falando serio?- eu disse fazendo careta. - é claro, quero que seja um momento nosso... esta com fome?- ele perguntou me puxando pela mao. - muita. - entramos na cozinha e tomamos café lá mesmo juntos. Enquanto conversávamos na cozinha Robert entrou lá sério e nos encarando como sempre. - ouvi as risadas, pq estão tomando café na cozinha? - pq pra nos tanto faz pai. - Miguel disse calmo. - acostume sua esposa com coisas sofisticadas Miguel, pra isso que foi criado. - Percebi que Miguel ficou sem jeito, e eu não consigo segurar minha boca grande.  - eu não me importo em ter o simples. - eu disse e ele olhou diretamente pra mim.  - tem muito o que ensinar à sua mulher Miguel. Conhece as regras. - ele disse por fim e saiu, olhei pra Miguel que bufou. - odeio quando ele se mete. - ele disse e eu suspirei. - tudo bem, esquece isso. - eu disse segurando sua mão, ele me olhou com o semblante mais leve e eu sorri de lado o confortando, eu percebia o quanto ele ficava mexido e abalado quando o pai entrava em ação, eu estava gostando muito de estar com Miguel, mas mesmo assim eu tinha que fazê-lo quebrar essas regras idiotas por mim, so assim ele seria capaz de negar a facção daqui 4 meses depois de sua oficial apresentação como fiel, seríamos nos dois livres para ficarmos juntos de verdade, sem facção, regras ou qualquer outra coisa por trás de nos dois que fosse capaz de nos impedir de vivermos livres e felizes.  ou então seria uma oportunidade pra Miguel estar com alguém que ele realmente gostasse de verdade, mesmo que não fosse eu ao seu lado. Acredito que depois de toda a tormenta que ele passou naquela casa ele mereceria ser feliz, eu não faria isso apenas por mim, libertar Miguel estava no topo da minha lista contra a facção.  Eu e Miguel estávamos num salão gigante da casa onde tinha muitos espelhos, um lustre lindo e uma caixa de som onde tocava uma música clássica de Valsa, eu estava queimando por dentro de nervosismo, eu nunca tinha dançado nada sem ser funk, samba, eletrônica, coisas do tipo. - vc precisa relaxar Eliza. - ele disse segurando minhas duas mãos. - aaah, odeio Valsa.- eu disse bufando e ele riu. - são só 5 minutos dançando, se ficar tensa desse jeito nao vai conseguir sair do lugar mesmo.  - é o que eu pretendo Miguel. - quanto pessimismo... confia em mim. - ele segurou mais forte na minha mão e olhei para os seus pés. Demos um passo, mais um, mais um, ele fazia tudo vagarosamente. - pegou? - sim. - agora faremos esses mesmos passos só que rodando pelo salão. - eu ri nervosa. - ah nao mesmo, nao tenho coordenação pra isso.- eu disse levantando meu pé e mostrando que eu estava de salto. - vc consegue. - ele disse me puxando pela cintura, respirei fundo e depositei minha mão no seu ombro enquanto ele segurava a outra. Acompanhei ele nos seus passos enquanto a música ecoava no salão, sorri ao ver que eu estava conseguindo, ele devolveu o sorriso e enquanto eu estava super empolgada com tudo que estava acontecendo tropecei no meu próprio pé e caí com tudo no chão sentada...Miguel sentou rapidamente do meu lado. - ta tudo bem?- ele perguntou segurando minha mão e eu ri baixo. - sim, me desconcentrei. - bom saber que eu causo isso em vc.-ele disse repetindo o que eu disse mais cedo e nós rimos, fomos interrompidos por Robert tossindo propositalmente na porta... olhamos. - pai?- Miguel disse levantando e estendeu a mao pra mim, me levantei. - preciso falar com vc Miguel, em particular. - pode dizer, logo Eliza será minha mulher.- sorri torto e Robert assentiu. - como quiser... eu estou cansado de ficar ouvindo risadinhas e conversinhas de vcs por ai, sabe muito bem como devemos tratar NOSSAS mulheres, pq sao NOSSAS. - pai chega, como o senhor mesmo disse, da minha mulher cuido eu. - Miguel disse estressado e me puxou pela mão junto com ele, eu estava sem  reação. Como ele tinha coragem de dizer aquelas coisas tão machistas? Eu nao conseguia entender pq era capaz de existir pessoas com esse tipo de pemsamento tão retrógrado em pleno século que vivemos hoje. Nao era algo normal, era doentio, a facção era doentia e eu precisava acabar com isso o mais rapido possível. (...) Ouvi batidas na porta do meu quarto e quando abri vi Miguel sorrindo torto, ele havia saído por um tempo, mas logo voltou. - voltou rápido.- eu disse e ele me deu um selinho demorado. - ficou bem sozinha? - sim, sua mãe me levou pra ver o vestido do baile.- eu disse meio nervosa. - to ansioso pra ver vc toda arrumada.- eu ri baixo e entramos no quarto sentando na minha cama. - Miguel, eu posso lhe pedir uma coisa? - claro, o que quiser. - eu...queria ir me encontrar com uma amiga, estou sentindo falta dela, seria possível? - claro, eu levo vc, onde ela mora? - combinamos num parque aqui perto. - ótimo, podemos ir. - so vou me trocar.- ele assentiu e foi sair, mas o chamei. - Miguel.- ele se virou e me olhou.  - oi. - obrigada. - ele assentiu sorrindo pra mim e saiu... Peguei meu celular e disquei o número de Lúcio, ele precisava deixar Celina sair. No terceiro toque ele atendeu: - Alo? - Lucio, é a Eliza  - Eliza? Oq quer? To ocupado agora  - aff, ja começou com a  grosseiria, achei que tava sentindo minha falta.- eu disse debochada e ouvi ele bufar  do outro lado da linha. - diz logo oq vc quer. - eu quero ver Celina.- ele riu. - impossível gatinha, era so isso? - espera; eu preciso muito vê-la Lucio, por favor faz isso por mim. - e pq eu faria algo pra alguém q so me atrapalhou durante 3 anos? - pq eu sei q gosta de mim Lucio, estou implorando e sabe que nao faço isso...  - oq quer de Celina? - estou com saudades. - aham, finjo que acredito, se estiver aprontando algo Eliza...- o interrompi. - a única coisa que quero é vê-la, o próprio Miguel irá comigo, por favor.-ele respirou fundo. - ok, mas nao se acostuma.- sorri vitoriosa. - no parque aqui perto da casa dd Miguel em 15 minutos. - ok... tchau. Eu precisava contar tanta coisa a Celina, precisava da ajuda dela pra entender tudo que eu estava sentindo por Miguel mesmo sabendo que talvez tudo mude depois do casamento.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD