CAPÍTULO 5

811 Words
Miguel Desde que fiz 26 anos minha mãe começou a mover montanhas pra achar uma noiva pra mim, não que eu quisesse casar, mas eu fui criado pra isso, desde que nasci meus pais tinham certeza de que eu seria mais um fiel da facção. Esse era um dos meus maiores medos, ver todos os homens da família tratarem as mulheres fez com que eu criasse dentro de mim bloqueios indesejáveis. Não consigo dormir uma noite inteira, os gritos da minha mãe vem à minha cabeça frequentemente e no outro dia mesmo sabendo as marcas que ela possui pelo corpo ainda a vejo sorrir. Sei o quanto ela queria ver-se livre de tudo isso, mas aguenta por mim. Então é justo que eu faça parte dessa idiotice por ela, eu sabia que ela não aguentaria me perder se eu negasse a facção. Durante esses meses eu conheci muitas garotas, mas nenhuma me chamou a atenção, minha mãe estava quebrando uma regra por mim, pois a primeira escolhida deveria ser a esposa, mas mesmo assim a cada semana ela tem uma garota nova alegando q eu me case com a que me chame a atenção. Todas elas eram muito comuns, eu acabei percebendo que eu não fazia mesmo parte da facção, eu odiei as garotas submissas q minha mãe me apresentou, mas a resposta na ponta da língua de Eliza me chamou atenção. Ela era linda, inteligente, sabia muitas coisas e eu pressentia que ela seria uma rival muito forte pra facção, ela tinha uma força dentro de si que eu havia notado em apenas um dia, ela conseguia ser muito mais corajosa que eu... eu m*l conseguia enfrentar meu pai, quem dirá a facção. Depois do café com ela, conversamos bastante, ela pareceu se abrir mais comigo do que com as outras pessoas ontem no jantar e isso me deixou feliz. Estávamos nós dois na sala de jantar esperando o almoço ser servido enquanto meus pais não chegavam. - na sexta feira terá um baile aqui em casa o qual você será apresentada como minha noiva. - já?- ela perguntou surpresa. - é, eles querem que seja logo.- eu disse meio sem graça. - tudo bem. - a apresentação é no meio de uma valsa. Vai saber apresentar-se lindamente. - ela me olhou assustada. - Valsa? Dança? Com quem? - comigo. - eu...não sei dançar. - não? - bom...eu nunca tentei...- eu ri baixo. - não se preocupe. Teremos o que fazer essa semana então, eu te ensino. - eu não levo o menor jeito pra isso Miguel. - relaxa, sexta-feira você estará fantástica dançando.- ela respirou fundo. - Ok, vou confiar em vc... - eu ri. - eu sou super confiável tá?- ela riu. - vamos ver.- meu pai e minha mãe entraram e sentaram-se ao nosso lado. - hummm, estou vendo sorrisos.- minha mãe disse feliz nos olhando e nós rimos baixo. - até demais.- Meu pai disse me olhando sério e eu desviei o olhar.  - bom, vamos almoçar né. - Minha mãe disse tentando desviar do assunto. ...mais tarde... Eu estava deitado na minha cama rolando de um lado pro outro completamente sem sono, apesar do dia ter sido cansativo essa noite não consegui pregar o olho nem por 2 horas. Sai no corredor e ao mesmo tempo Eliza saiu do seu quarto em frente ao meu e pulou pra trás da porta assim que me viu, mas foi inevitável não olhar pro corpo dela dentro de uma fina camisola de ceda que caía muito bem nela. - achei que estivesse dormindo.- ela disse corada e eu sorri torto. - estou sem sono...eu nunca durmo por uma noite inteira. - ah...eu também estou sem sono e com sede. - eu pego água pra vc. - não, tudo bem, eu posso pegar.- ela disse saindo do quarto e abaixei meu olhar por todo seu corpo, mas logo saí do transe. - vou junto então.- ela riu baixo. Desde que nos conhecemos ainda não tínhamos trocado nem um tipo de carinho como beijos. Confesso q minha vontade de beija-la aumentava a cada segundo e isso era bom por um lado, significava que eu ia me casar com alguém que eu tinha desejos. Descemos até a cozinha e peguei o copo de água e entreguei pra ela, ela sorriu de lado e pegou tomando. Fiquei a admirando, ela depositou o copo na bancada e suspirou. - eu estou com medo.- ela disse baixo. - do que? - de não me acostumar. Miguel, eu não nasci pra essa vida, festas, bailes, jantares, valsas. Não sei nem pra que serve tudo aqueles talheres em uma refeição só e...- a interrompi colocando meu dedo indicador dos seus lábios. - shiu...calma, são coisas simples que você pode aprender Eliza... minha mãe disse q vc veio de uma família humilde e isso não e problema pra mim.- ela respirou fundo e eu acariciei seu rosto de leve. - assim que casarmos será apenas nós dois, juro isso pra vc.- ela suspirou. - que bom, não ia aguentar morar aqui e ser controlada pelos seus pais. - eu sei... nem eu. -
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