AZURA.
Eu dei alguns passos para trás, meu coração acelerando. Ele deve ter me ouvido, ele deve ter me sentido.
O que diabos eu faço?
Judah era perigoso, mas o homem parado a poucos metros de mim exalava poder e perigo de um calibre muito mais alto.
Eu precisava sair daqui antes que ele me visse, mas como faço isso?
"Poderemos continuar isso outro dia. Remarcaremos." Sua voz profunda e aveludada, que me causou arrepios de desejo, veio.
Ah, merda, aquela voz era excitante.
Vamos lá, Azura, respire calmamente e concentre-se.
"Ah, claro."
"Absolutamente."
Não ousei me mover enquanto ouvia o restante se afastar, mas meu parceiro permaneceu. As portas se fecharam e eu fechei os olhos em derrota, ele tinha permanecido.
"Por que você não sai do seu esconderijo?" Sua voz veio. Fechei os olhos, qualquer esperança que eu tivesse de poder escapar dele tinha ido embora.
Lentamente, levantei-me e me virei, encarando o homem diante de mim. Se eu achava que ele era a personificação da sensualidade e dominação antes, ele era mil vezes mais atraente quando o via claramente. Seu cheiro me intoxicava, e me senti tonta enquanto ele lentamente tirava seus óculos escuros e eu olhava para os olhos de um azul-claro congelante. Olhos que percorreram meu corpo, mas não revelavam nada.
Ele era alto, talvez em torno de um metro e noventa. Seus braços musculosos estavam tensos com seus bíceps robustos, notei que ele tinha três piercings na orelha direita e um na esquerda.
"Quem diria que me dariam uma humana..." Ele murmurou tão baixo que quase não ouvi.
"Eu não sou humana." Respondi friamente.
Ele olhou para os meus olhos com um brilho de interesse naqueles olhos frios.
"Então me acompanhe para tomar uma bebida."
Não era uma oferta, mas uma ordem.
A tentação de virar e fugir dele me consumia, mas eu não podia. Por mais que eu não quisesse encontrar meu companheiro, a curiosidade de saber que tipo de pessoa a deusa havia feito para mim venceu, e me vi assentindo.
Ele se aproximou do bar, tive que admitir que sua postura e atitude falavam volumes. Esse era um homem que sabia o que queria e conseguia.
A tentação de contar a ele sobre Judah e porque eu estava aqui quase me dominou, mas eu não podia, essa não era a luta dele e ele não havia perguntado por que eu estava aqui.
Mas alguma coisa me dizia que eu tinha entrado direto na toca do lobo.
"Você gosta da sua bebida forte ou fraca?" Ele perguntou depois de largar o casaco no sofá.
"Forte, embora eu não pense que você tenha algo a oferecer que possa me afetar." Refleti, olhando pela janela, que dava para o clube lá embaixo.
"Não tenha tanta certeza." Veio sua resposta arrogante.
Me virei para ele enquanto ele servia uma bebida verde em dois copos, antes de me estender um.
"O que é isso?" Perguntei, olhando curiosamente para a bebida.
"Absinto." Ele respondeu com um pequeno sorriso frio, antes de levantar o copo. Bati o meu contra o dele, parecendo surpresa.
Absinto...
"Isso não é ilegal aqui?" Perguntei, sem conseguir conter a curiosidade que se infiltrava em minha mente.
"Estar aqui sem permissão também é ilegal. Essa é a única bebida que realmente leva embora a pressão. Claramente, quatro garrafas de uísque não funcionaram para você." Ele observou zombeteiramente.
Meu coração disparou, ele tinha me visto? Olhei para baixo e vi que o box onde eu estava sentada estava bem à vista...
"Então você estava me observando?"
"Você chamou minha atenção. Poucas mulheres o fazem."
Não perdi o "poucas" nessa frase.
Ele deu um passo mais perto e me vi olhando aqueles olhos perigosos dele.
"Você quis fugir quando percebeu que éramos companheiros."
Ele sabia.
Dei um gole na bebida.
Ah, isso era forte...
O sabor era intenso, mas eu gostei.
"Acho que você ficaria feliz se eu fugisse, eu sou um pesadelo que você não quer em sua vida."
"Engraçado você se referir a si mesma como um pesadelo, você está longe de ser um, mas eu sei que nem tudo que parece um sonho realmente é."
Não pude negar a sensação de borboletas no meu estômago com suas palavras, enquanto ele tomava seu copo de absinto, meus olhos desviaram para o seu pescoço.
Droga, o cara era irresistível.
Senti um aperto no meu núcleo e desviei o olhar.
Lá no fundo, algo me dizia para não fazer isso. Eu não sabia nada sobre ele, exceto que ele parecia ser o chefe desse clube e que ele definitivamente era um Alfa...
Mas quem? Eu vi muitos Alfas. Ok, na verdade, nem tanto, droga, como eu queria ter prestado mais atenção, mas eu não me importava com eles, estava sempre ocupada no meu próprio mundo...
"Você não queria encontrar seu companheiro. Bom. Eu também não."
"Então por que você não simplesmente foi embora?" Perguntei.
"Eu queria ver exatamente o que a Deusa criou para mim."
"E?" Me vi perguntando, meu estômago se agitando.
Seus olhos azuis-claros percorreram meu corpo, e vi seus olhos brilharem com um deslumbrante azul aço quando pararam em meus s***s.
Se apenas o olhar dele já causava um efeito tão intenso em mim, como seria o toque dele?
Ele se aproximou e me vi recuando, até sentir meu traseiro tocar o vidro atrás de mim.
"Se for para julgar apenas pela aparência, melhor do que eu esperava."
Meu núcleo latejou com suas palavras. Como alguém que eu tinha acabado de conhecer tinha um efeito tão intenso em mim? "Você é um Alfa, isso é inegável, mas qual Matilha..."
Ele me interrompeu colocando as costas da mão que segurava o copo contra meus lábios.
Os fogos de artifício malucos que surgiram a partir do seu toque foram vertiginosos, enviando um choque perigoso ao meu âmago.
Tudo fazia sentido... tudo isso, a forma como os casais acasalados ao meu redor estava tão apaixonada, tudo o que eles queriam era estar ao lado de seus pares. Apenas um simples toque de alguém que eu nem conhecia estava me deixando louca, e eu era incapaz de impedir-me de beijar suavemente os dedos que estavam pressionados contra meus lábios.
Seus olhos piscaram em um azul aço enquanto nossos olhos se encontravam, e no momento em que ele tirou as mãos, eu lentamente lambi meus lábios, antes de dar mais um gole da bebida forte. Virando-me de costas para ele, olhei para o clube abaixo, meu âmago latejava, e eu sabia que se bebesse todo esse copo, ficaria muito alta. Eu o vi se servir de mais um copo e beber tudo de uma vez, antes de colocá-lo no balcão do bar e voltar para perto de mim.
Olhei para ele mais uma vez, virando-me em sua direção enquanto ele se aproximava, desta vez a distância entre nós era quase inexistente. Eu podia sentir seu cheiro viciante, sentir o calor do seu corpo e o batimento constante do seu coração, tudo isso me consumia.
"Dois copos e você parece perfeitamente sóbria, estou impressionado." Sussurrei, tentando quebrar a intensa tensão s****l que me consumia com o desejo.
Ele apoiou o braço contra o vidro acima da minha cabeça, me obrigando a recuar contra ele.
"Eu não imaginei que você fosse se impressionar tão facilmente." Seus olhos fitaram-me e notei seus cílios grossos.
Eu conseguia imaginar acordar ao lado desse gostosão todos os dias...
"Eu tenho padrões bem altos em alguns departamentos." Respondi com arrogância, encarando seus olhos.
Um pequeno sorriso se formou em seus lábios enquanto ele deslizava os nós dos dedos da mão livre pela minha cintura, fazendo meu coração bater com expectativa. Seu corpo estava a apenas alguns centímetros do meu, e a vontade de juntar minhas coxas era incrivelmente forte.
"Bom, vamos torcer para que você possa me aguentar." Ele respondeu sedutoramente.
Estávamos peito a peito, e ele abriu minhas pernas com o joelho, fazendo meu âmago se contrair.
"Vamos tentar e ver?" Perguntei sedutoramente, um brilho desafiador nos meus olhos.
Ele podia ser um Alfa, mas eu não era apenas uma qualquer.
Segurando ainda meu copo, prendi meu braço em volta de seu pescoço, pressionando-me contra ele, colocando minha mão livre em seus abdominais.
"Confiante." Ele murmurou, correndo os dedos da mão livre pela lateral da minha cintura, ainda tão provocadoramente lento, a vontade de gemer me avassalava, mas eu me segurei.
"De fato, não sou uma garota boazinha submissa."
"Veja, a questão é..." ele parou de falar, sorrindo enquanto pressionava seu corpo contra o meu. "Garotas boazinhas são fodidas e garotas más... garotas más são punidas. Qual vai ser?"
Seu tom fez com que eu mordesse meu lábio, meu cheiro de excitação preenchendo o ar e eu sabia que ele podia sentir.
"Então você vai ter que me punir, Alfa." Sussurrei, enganchando meus dedos em seu cinto e puxando-o para perto de mim, assim que ele segurou meu cabelo.
Seus lábios encontraram os meus em um beijo incrivelmente alucinante, que desencadeou prazer por todo o meu corpo. Formigamentos e faíscas se espalharam por mim ininterruptamente enquanto seus lábios dominavam os meus, alimentados pelo poder, pelo desejo e pela fome. Um beijo fora deste mundo e que eu sabia que tinha arruinado todos os homens para mim.
Ouvi o barulho do vidro quebrando quando ele caiu no chão atrás dele, mas nenhum de nós se importou.
Seus lábios macios eram céu e pecado ao mesmo tempo, e me vi lutando por dominação, nossas línguas dançando uma contra a outra enquanto nossas mãos percorriam os corpos do outro, sentindo e apalpando cada centímetro que pudéssemos alcançar. Sua língua era piercing e a sensação era tão boa.
Meu corpo pegava fogo, minha v****a se contraindo com seu toque. Era áspero, mas sensual, me deixando tão excitada que não conseguia conter os sons de prazer que escapavam dos meus lábios. Eu gemia, sentindo seu enorme e duro p*u pressionado contra o meu estômago.
Ah, merda.
Eu queria baixar as calças dele e pegar seu p*u na minha boca, mas antes mesmo de começar a desfazer seu cinto, ele recuou, seus olhos um deslumbrante azul aço.
"Vamos sair daqui." Ele rosnou roucamente, respirando com dificuldade enquanto me olhava.
Assenti, não precisando que me dissesse duas vezes. Eu o queria aqui e agora.
Oh, deusa, estou perdida.