Diogo Bittencourt
Encaro a pilha de papéis sobre a mesa do meu escritório. Tudo o que eu queria agora, era que existisse uma cópia de mim para resolver todos os B.O diários da empresa. Mas ao lembrar que existiam vários urubus em minha família aguardando apenas uma oportunidade, por menor que fosse, para ocupar o meu lugar, repenso. Eu não deixaria aquele bando de sanguessugas tomar posse de algo que eles não mereciam.
Tudo bem que eu não era o exemplo da família. Não fui o filho, neto, sobrinho, primo e tio de ouro. Mas diferente de todos, eu ralei para estar aqui. Não tomei posse da presidência só porque a minha avó decidiu me colocar no cargo, mas porque ela viu o quanto eu estive me dedicando para me destacar entre os demais. Enquanto todos se preocupavam em fingir o que não eram,
