Capítulo 33

3195 Words

Maitê Martins A minha garganta estava seca e o meu corpo inteiro doía por estar há horas ― ou talvez dias ― naquele chão gélido. O passar do tempo aqui dentro era diferente. Eu não conseguia ver a luz do sol, sempre só escuridão. Às vezes Santorini mandava um de seus capangas checar se tudo estava em ordem por aqui, ou melhor, para checar se não estávamos tentando fugir. Era o único momento em que eu via a claridade, apesar de artificial. O meu estômago também doía, lembro que a última refeição que eu fiz foi quando ainda estava em Arraial do Cabo. Santorini estava nos mantendo sem água e sem comida, e eu via a sua atitude como uma forma de nos enfraquecer, e por causa disso, eu temia o que ele pudesse fazer. Porque eu não tinha forças para lutar e estava vulnerável para qualquer coi

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