Capítulo 7

980 Words
Rebeca De que forma consegue mentir de maneira tão convincente? Ele me impedia de realizar minhas atividades preferidas, que são me divertir e dançar com minhas amigas. Antes de conhecê-lo, eu e minhas amigas costumávamos sair juntas aos finais de semana. Como permitir que alguém exercesse controle sobre mim dessa forma? Dirigi-me à cozinha, abri o refrigerador e peguei uma jarra de água gelada. Deveria ter fervido a água antes de jogá-la nos dois, sem dúvida. Aproximei-me do sujeito, com meu coração dividido entre tristeza ou alívio, era uma mistura de emoções que não conseguia identificar qual predominava. O homem que constantemente declarava seu amor por mim acabou sendo flagrado dormindo com outra pessoa em nossa cama! Despejei a água com força sobre os dois e eles saltaram rapidamente da cama. Encharquei completamente o meu colchão, porém não me importei. Adrian me encarou com espanto, como se tivesse presenciado algo inusitado, e a mulher ainda despida permaneceu imóvel como uma estátua. Flashback — Você falou que essa casa era sua e que você morava sozinho. — Cala a boca! — o cretino diz. — Amor, essa louca que veio atrás de mim! Ela entrou na nossa casa e foi parar na nossa cama nua. Ela veio sozinha. — Seu maldito desgraçado! Você acha que sou alguma i****a, é? Ah, deve achar, né? Com certeza essa não deve ter sido a primeira vez que você traz uma mulher para minha casa, seu cafajeste, sem caráter! Acha que minha casa é motel? A namorada i****a sai para trabalhar e você traz suas putas para cá. É de graça, né? Muito mais barato do que levá-las para um motel. — Não é nada disso, meu amor. Eu amo você! Foi essa louca que me seduziu, que me fez trazê-la para cá. Eu juro!! Não pude conter o riso diante do que escutei. Não suportei toda essa conversa interminável, caminhei até a cozinha, peguei um objeto cortante e retornei segurando-o. Sentia uma intensa aversão por aquele homem à minha frente. De que forma o amor pode se transformar em raiva em um instante? — Juro que ele falou que morava sozinho e me deu o endereço. — Mentira, meu amor! Não acredita nela. Olhei para a cara do cachorro com tanto ódio que ele ficou com medo, pois estava possuída de tanta raiva. — Olha aqui, seu merda, nunca mais abra essa maldita boca para me chamar de amor, me ouviu? Estava com tanta raiva que era capaz de matar o cretino ali mesmo e a c****a estava tremendo toda. — Moça, por favor, me deixe ir embora. Eu juro que não sabia que esse homem tinha namorada, ele mentiu para mim. Dirigi um olhar intenso para o rosto da jovem e ela imediatamente silenciou. — Deveria te deixar sem p*u, aí queria ver, seu maldito, meter esse p*u pequeno em alguma mulher. Qual a razão para ele ter agido dessa forma comigo? Caso não sentisse mais amor por mim, bastaria encerrar nosso relacionamento. — Vai para o inferno e saia da minha casa agora! Leve sua c****a com você. — Apontei com a faca para a moça nua. — Mas, amor, vamos conversar. Ele havia morrido para mim. — Conversar um caramba, sai da minha frente, seu desgraçado, cretino! Esqueça que eu existo. Movi minha cabeça e afastei os pensamentos negativos. Naquele momento, ele se despediu para sempre da minha existência. Três anos desperdiçados com um sujeito que suspeito que nunca nutriu verdadeiros sentimentos por mim. Abri mão de tantas coisas por ele. Já não desfrutava mais da companhia das minhas amigas, pois Adrian exigia que eu passasse o fim de semana inteiro ao seu lado Apenas eu para agir de forma ingênua e seguir ordens! Raramente me encontrava com elas, pois ele sempre dizia: "Vá, amor, saia com suas amigas que eu fico aqui sossegado". Acredito que quando ele combinava algo com outra mulher no sábado à noite, ele me mandava sair para ficar sozinho em casa. Derramei muitas lágrimas por ter desperdiçado meu tempo com um homem tão desonesto. Chorava por ter sido tola durante tanto tempo e por não ter dado ouvidos às minhas amigas. As lágrimas rolaram, rolaram e rolaram. Não desejava contatar Letícia nem Camila, pois ambas me alertaram e eu não dei ouvidos. Elas sempre estiveram presentes em minha vida, desde os primeiros momentos juntas, quando éramos inseparáveis. Apenas derramei lágrimas por uma noite, já que aquele homem não merecia nada, especialmente não um único choro. Após o término daquela relação m*l sucedida, não encontrei mais um namorado ou, melhor dizendo, nenhum homem surgiu que me interessasse ou mexesse com meus sentimentos. Quatro anos após o ocorrido que mais me entristeceu, desejava apenas aproveitar sem compromissos e sem precisar dar explicações no dia seguinte. Decidi não mais levar nenhum homem para minha casa e não planejo mudar isso em breve. No entanto, desde que conheci o turco, algo se transformou em mim e não consigo parar de pensar no homem que me proporcionou o orgasmo mais intenso que já experimentei. Desconheço a hora atual e ainda estou no hotel agindo como uma dama refinada. Enquanto apreciava um banho relaxante na banheira, reparei nas pétalas de rosa contidas em saquinhos decorativos, em formato de coração, posicionados próximos ao local. Este cenário me fez recordar do nosso banho e da incrível i********e que compartilhamos aqui. Nunca experimentei tanto prazer e devo reconhecer que foi gratificante sentir aquele m****o generoso dentro de mim por tanto tempo. "Pare de se preocupar com o turco, Rebeca, e saia da banheira!" Após sair do banheiro, me sequei, vesti um roupão e caminhei até a sala. Lá havia uma mesa repleta de comida, o que fez meu estômago roncar de fome. Sentei-me e saboreei tudo com prazer. “Graças a Deus que posso comer sem medo do amanhã!” Rio do meu pensamento.
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