BRUNA HARPER Depois de sair do carro batendo a porta, frustrada por ter sido rejeitada e insultada com aquele cartão, entro em casa, disposta a passar direto para o quarto. Mas no caminho, mamãe me grita da cozinha e já sei que vem uma enxurrada de perguntas. — Bruna Harper, sente-se nessa mesa agora mesmo e vamos conversar enquanto jantamos. — Mamãe, por favor... — Não me faça falar duas vezes, menina. Acabo obedecendo pelo tom que ela usa para falar comigo. — Pode perguntar — digo me servindo. — Onde conheceu esse homem? — Na galeria de arte. — Quantos anos ele tem? — Trinta e quatro. Ela me olha levantando uma sobrancelha, surpresa com o que digo. — Deve ter puxado a mim, pois, também me apaixonei perdidamente por um homem mais velho e ele foi a minha ruína. Agora sou eu q