CAPÍTULO 7 - STAR

1671 Words
Minha pulsação estava acelerando de pouco a pouco enquanto eu virava mais um shot de bebida, relembrando de varias momentos que já tive ao lado daquela garota que agora fazia questão de me por no meu lugar. No lugar que eu sei que deveria ficar. Mas só o pensamento de não poder tê-la mais nenhuma vez em minha vida era h******l. É o pensamento mais egoísta e aterrorizante pra mim. Estava tudo chegando perto do tranquilo antes da notícia da saída dela chegar até meus ouvidos, horas antes. Eu não sei o que senti, mas se misturou com necessidade de vê-la. 15 horas antes – Zayn? - ouço Hazel chamar, abrindo a porta do meu escritório. Ela, assim como todas as outras 9 garotas que zangam pela casa, são garotas para me servirem, desde prazer, a qualquer coisa que eu precisar. – Sim? - pergunto, tirando os olhos do novo e-mail que eu havia recebido, mais trabalho. – Mrs. Payne veio vê-lo, disse que é urgente.- avisa e eu assinto, baixando a tela do notebook e apagando o cigarro que estava acesso entre meus lábios. – 1 minuto.- murmuro, dispensando-a. Ela concorda e sai, enquanto guardo meus materiais de trabalho tranquilamente. Fazia muito tempo que eu não o via, assim como Louis, pra falar a verdade, desde o acontecimento com Sun, os 3 não se falaram mais. 4 anos sem contato, a não ser de vista em algumas festas. Sai do meu escritório, trancando-o em seguida e descendo as escadas que se entravam ao meu lado esquerdo, indo direto á sala de espera. Minha área de lazer. – Léo.- murmurei, assim que cheguei e o avistei bebendo um drink e olhando para a chuva que caía lá fora. Ele não respondeu de imediato, mas sua resposta me pegou de surpresa. – Todas elas se parecem com ela. - Murmura, baixo, sereno. Como ele sempre foi, calmo. – Do que você está falando? - Perguntei, desviando o assunto e tentando desviar o foco daquela conversa. – Cabelos castanhos escuros, olhos pretos, pele branca, a maioria de franja com cortes iguais, sem falar os lábios rosados mas tenho que admitir.- Ele se virou pra mim, com um sorriso sacana e pequeno.- faltou as sardas, pensei que ia lembrar do mais importante. – Esse é um detalhe que só ela, e ninguém das meninas aqui podem ter.- Digo, me servindo também e admitindo que todas as 10 garotas que viviam aqui tinham as características dela. Era difícil, eu tinha que admitir, ela fez um estrago f**o na minha vida. – Sádico. - foi a única coisa que ele murmurou, enquanto se aproximava. – Não nos falamos a anos, o que de tão importante te trouxe aqui?- pergunto, me sentando tranquilamente e oferecendo para ele sentar, mas o mesmo n**a. – Faz 4 anos, exatamente.- murmurou, me infernizando com a data do ocorrido.- e você ainda não superou. – Ela é uma filha de uma p**a, não posso mudar isso. - zombei, dando de ombros. – Mas você também não segue em frente. – Eu não quero. – Sabe que dia é hoje, não sabe?- Pergunta, como se isso fosse algo realmente muito importante. Pra ele ter vindo pessoalmente, deveria ser. Neguei. – Não. – Se prepara.- Ele colocou seu copo na mesa de centro e começou a se afastar pra ir até a porta de saída.- Ela está chegando em Bradford em algumas horas... Agora – Zayn Malik, bebendo sem uma acompanhante... - Uma garota, totalmente desconhecida pra mim senta ao meu lado me tirando dos meus devaneios. Olho-a de cima a baixo. Jeans, regatas e jaqueta jeans, era bonita, cabelos castanhos e olhos escuros.- isso é novidade pra mim. – A única novidade pra mim é você, já que não sei quem é você.- respondi, sem simpatia, rude. Eu não estava afim de passar a noite com ninguém, só queria minha paz, e estar com garotas, paz, era a última coisa que eu teria. – Disseram que você era m*l educado, só não sabia que era tanto. - Se atreveu a responder e se acomodou no banco ao meu lado, se sentindo a vontade o suficiente para pedir uma bebida. Atrevida, como alguém que fez minha vida um inferno e até hoje deixa ele em chamas. – Agora sabe. - mandei um sorriso sínico, sem abrir espaço pra conversa. – Parece que alguém não recebeu a velha moradora e dona das ruas muito gentilmente, ou pior, ela não te recebeu muito bem.- A garota, que naquela altura eu nem sabia o nome mas já queria rasgar suas cordas vocais só pra parar de ouvir sua voz, se atreveu novamente a dizer. – Que eu saiba, ela se foi, e quem é dono..- Dei ênfase na palavra para ela entender bem.- sou eu, agora. – Disputa por território.- Comentou, surpresa cínica estampada em sua cara.- Essa vai ser boa, não ouço falar nisso faz anos, que é claro que você já soube que teve, certo? Ela olhou em meus olhos, e por uma fração de segundos foi como se eu encontrasse Sun ali, naqueles olhos negros tão iguais aos dela. Franzi o cenho, tanto para a sensação estranha que percorreu meu corpo enquanto eu assimilava minha garota com aquela total estranha, quanto para a história que ela iria me contar de qualquer forma, não importa se eu a mandasse calar a boca. – Não, mas se eu falar que não quero ouvir, você vai embora? - pergunto, presunçoso. Ela n**a e rir. E de novo, aquela sensação. Curiosidade.- Então que diferença vai fazer você fazer qualquer tipo de pergunta pra mim? – Perguntas retóricas. – Só não espere que eu pague um drink pra você, não faço o tipo de cara romântico. - Murmurei, desviando meu olhar dela e virando o drink que ainda restava no meu copo, já pedindo outro em seguida. – Isso não é novidade, não agora.- Deu de ombros, sapeca.- mas, voltando ao assunto, anos atrás houve uma "guerra" por território aqui. – Deixa eu adivinhar.. - zombei. - Os pais de Sun contra Harrier? Ela soltou uma risada breve, me deixando confuso e perdido. Do que ela estava rindo? Demorou muito tempo até voltar a olhar pra mim e respirar fundo pra começar a falar. – Melhor que isso.- Ela diz.- O pai dela contra o tio. Franzo o cenho complemente confuso e perdido. Essa eu não sabia e nunca passaria de perto uma das histórias que eu ouviria em uma conversa de cama. – O quê? – Tudo começou com os dois! - Ela disse isso como se fosse algo óbvio pra mim mas eu apenas continuei encarando sem entender.- bom, não exatamente com os dois, mas esse poder todo que ela tem, vem deles. – E por que uma disputa por território se eles eram irmãos? - A curiosidade bateu, e eu comecei a parecer um adolescente curioso. – Parece que o tio dela gostava da mãe dela, eles já estavam nessa vida então resolver isso aí seria algo bem a mais do que uma simples briga. É bem óbvio quem ganhou, mas disseram que foi algo bem assustador os dois fazendo de tudo, perdendo pessoas que gostavam e tendo o império maior a cada dia, apenas pra acabar um com o outro. – Isso vai além disso, te garanto. – Bom, agora, ela está no comando e por isso as coisas estão bem diferentes.- Da de ombros, bebendo um pequeno gole do seu drink.- Ela é boa no que faz e você sabe disso, todo mundo tem segredos que precisam manter escondidos, até mesmo a elite, precisam de alguém de fora pra não sujar as mãos. – Isso não vai acontecer de novo.- Voltei ao assunto de guerra por território, desviando totalmente o assunto ela, da reta. Tudo que eu ouvia a seu respeito me fazia ficar mais e mais obcecado pra descobrir tudo ao seu respeito e o porque tudo isso. Eu ainda iria descobrir porque tudo isso. – Entre você e ela? provavelmente não, mas entre ela e o pai dela, talvez.- murmura como se soubesse muito bem o que estava por vir.- Porque ninguém é i****a de não pensar que ela vai deixar barato o pai e mãe dela ter deitado ela para apodrecer. – Porque está me contando isso?- perguntei, curioso. Uma garota, chega do nada em um momento em que eu menos esperava conversar com alguém e me revela mais coisas sobre Sun e tudo que envolve sua vida, sem nada em troca. Era totalmente estranho. – Porque aqueles caras apostaram comigo que eu não conseguia manter você entretido por mais de 5 minutos antes de você me mandar embora.- murmurou, não precisei olhar para a mesa que ela se referia. Eu preferia não assim. E apesar da sua ousadia de apostar sobre minhas costas, eu havia gostado de ouvir sobre a história que ela tinha pra contar, o que aliviou bastante sua barra comigo. – Você sabe que é um perigo apostar coisa, não? - entrei em meu jogo e ela assentiu, desviando os olhos de mim.- principalmente sobre mim, e aqui. – Desculpa.- Vi a menina atrevida se intimidar e se encolher.- mas apesar de tudo, eu só estava tentando me divertir. – Você é nova aqui, pelo que percebi, procure sempre saber quem são as pessoas que você vai conversar. Ninguém aqui é confiável.- Murmurei.- muito menos você. – E é por isso que estou de retirada.- Ela deu um sorrisinho amedrontado e se levantou da cadeira.- Não sei se teremos uma segunda dose, Ze – Espero que não...er... qual seu nome?- Perguntei, curioso. – Desculpa a grosseria, eu sou a Star. - diz, abrindo um sorriso e colocando o cabelo atrás da orelha. – Star, como as estrelas mesmo?- Pergunto, ela assente. Ela dá um tchau básico mas eu não retribuo, apenas fico encarando a menina com semelhanças a minha garota. Sun, de sol. Star, de estrelas. Não. Já estava ficando paranóico o suficiente.
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