CAPÍTULO 4 - A LITTLE SURPRISE

2092 Words
– Gira. - Ordeno para a Barbie vendo-a chorar. Eu não sentiria pena, não agora, antes eu poderia até me sentir culpada por estar matando assim friamente, mas agora, o que sinto é somente o divertimento de ver o suor do pânico escorrer na testa de cada um deles. Ela girou. – Eu juro que não irei fazer mais nada pra você, mas pelo amor de Deus me deixa ir..- Ela começa a implorar pela vida me fazendo abrir um sorriso. Eu adoro quando eles imploram. – Você pedindo pelo amor de Deus pra mim ? - Pergunto, ironizando. A mesma assente tremendo inteira. - Acho que eu deixei de acreditar em Deus quando eu fui mandada ao inferno e de lá ele não me resgatou. – Deus resgatar uma pecadora como você ? Como quer ter a misericórdia dele assim ? - A morena diz, me enchendo o saco. Bato as unhas na mesa de Vidro por uns segundos antes de começar a falar. Estava na hora de amaciar a carne, ela logo seria abatida. – Eu não tive escolhas da vida que eu tenho hoje Suzi. – É Kendall! - Repreende baixo. – Eu não me importo com seu nome. - Trato logo de deixar claro antes de continuar.- como ia dizendo, eu não tive escolhas como vocês tiveram. E o que eu acho de tão interessante em vocês é que são burros demais pra escolher essa vida, ou no caso de vocês duas, escolher alguém que vivi essa vida. – Zayn não é igual você... é ? - Engulo em seco ao ouvir falar dele e olho pra Barbie. - Ele não mata pessoas.. isso é coisa de monstros. – Achou que a vida dele é um conto de fadas ? Que ele conseguia todo o luxo de onde ? - Ironizo. - Na verdade fui eu quem o deu tudo isso mas eu não daria nada se ele não aceitasse o serviço. Você me acha c***l ? Você não conheceu realmente o Zayn. Você é só uma garotinha que foge pela janela porque os pais não deixam sair com marginais, vocês querem eles mesmo sabendo que não são do bem e o pior de tudo, nem sabe se eles realmente se importam ou se vão te deixar numa vala na manhã seguinte. Vejo uma lágrima escorrer pelo rosto da loira, atingida pelas palavras que saiam descontroladas da minha boca. Eu não tinha culpa, eu realmente não tinha culpa de nada que estava acontecendo. – Ele não seria capaz, ele se importa comigo. Ele disse isso pra mim. - Fecho os olhos sentindo as palavras dela penetrarem bem no fundo, onde ele estava, fazendo doer, mesmo sendo o mínimo, doeu. Eu sabia que Zayn nem de longe foi o cara mais romântico com alguém, ele era e******o e isso estava mais que claro pra mim. Ele já teve suas recaídas quando estávamos juntos mas ele realmente gostou de mim ? Ou estava fazendo igual fez a Barbie ? Eu não preciso pensar nele, ele nunca gostou de mim, ele realmente nunca quis estar comigo. – Pois é Barbie, ele disse isso pra tantas. E sabe onde ele está ? - Ergo os ombros em questionamento. Ela n**a. - Não está aqui. Respiro fundo voltando ao meu estado casual e deixando para trás a pequena parte que se importa. Uma que já foi destruída tantas vezes pelo mesmo cara mas que mesmo assim insiste em existir. Eu ainda vou destruí-la, ou melhor, sei que ele vai destruí-la. – Chega de conversa fiada. - Me recupero dos pensamentos e ando até à mesa onde meu copo servido com Martini estava, pegando-o para beber e apreciar o que vinha agora. - Puxa o Gatilho. – Não Sun, por favor não. - Começa a implorar novamente, me deixando entediada e me fazendo querer ir até lá e atirar. – Deixa eu ir no lugar dela. - John propôs, já agoniado com a choradeira da menina. Soltei um riso de surpresa total por que ele fez isso, é autorizei enquanto ainda me divertia. – Vocês são uma graça. - Ergo o copo fingindo um brinde e bebo mais um gole. Enquanto eu me divertia, Harrier olhava para a arma atentamente, o que me fez desconfiar. Muito. Meu coração já começa a ficar acelerado, pela quantidade de adrenalina que meu corpo soltava por imaginar o que viria a seguir. - Atira.. - Sussurrei baixo, sem paciência e acabando com meu humor em segundos. John olhou pra mim com um sorriso sacana no rosto após analisar a arma e eu consegui entender o que ele tramou tanto em poucos segundos. Ele devia imaginar que eu sou mais rápida que ele... – Oh não meu querido... - Murmuro baixinho como se eu tivesse falando com uma criança chorona e comecei a me aproximar. - Não não não não não, isso é coisa de criança m*l criada.- apontei, fazendo ele se confundir totalmente. - acha mesmo que dei pra vocês uma arma carregada e não pensei na possibilidade de que vocês podiam me m***r ? Logo você John ? - Olhei dentro dos olhos dele.- Você devia ser mais esperto que isso e saber que tem homens com acesso a todas as câmeras que tem aqui dentro, muitos bem pagos e somente com um propósito. E eu garanto que não é me salvar. – Você é uma.. - Começa a dizer mas antes que ele terminasse de completar a frase tirei a arma de suas mãos e puxei o gatilho. Escutei o grito apavorado das duas garotas assim que a arma falhou avisando que não era a vez de Harrier, ele estava de olhos fechados e tão apertados que me davam um certo divertimento. O pavor escorrendo por seu rosto. – Eu disse que não gosto desse tipo de palavras dirigidas a mim. - Murmuro, deixando a arma de volta em cima da mesa para que eles continuassem. - Quem será o próximo ? – Você. - A morena diz pegando a arma da mesa e apontando pra mim. Eu não me assustei, não me movi, não fiz absolutamente nada, só esperei risonha. Ela nem mesmo sabia engatilhar. - Você não pode viver aqui, nem você e nem pessoas como você. – E você é a h*****a que vai me m***r pra livrar Bradford de mim ? - Pergunto irônica e ela assente, devagar e cheia de pânico. - Uau que medo. – Você acha que manda aqui mas você não é m***a nenhuma, é apenas uma v***a. - Dá ênfase na palavra e eu fecho os olhos desapontada com seu comportamento. Meu sangue começou a esquentar e se eu fizesse algo que estava em mente, poderia ir presa de novo, mas dessa vez as pessoas iriam saber quem realmente era Sun. – Puxa o gatilho e vê se acerta onde eu não vou mais viver, porque caso eu acordar, eu vou te procurar Suzi, e pode ter certeza que você vai sofrer uma tortura que você vai levar até no leito da sua morte. - Aviso, abrindo os olhos e encontrando a escuridão que era os dela e vendo-a tremer. - ATIRA! – m***a! - Ela diz assim que puxa o gatilho e não sai nada. Sorri vitoriosa com os olhares preocupados e comecei a me aproximar da menina que entrava em desespero. - Gigi, diz pra minha mãe que eu amo ela.. - A Suzi diz antes que eu pudesse chegar perto e coloca a arma na boca puxando o gatilho em seguida. – MEU DEUS! - ouço o grito de John e da Barbie assim que o sangue espirra pra todo o lado e o corpo da menina cai de joelhos e depois para trás. O pavor consumia o lugar, o medo, a angústia, e principalmente meu divertimento. Era como brincar da minha brincadeira favorita quando criança, e pode ter certeza que não era casinha de bonecas. – Meu Deus..olha o que..olha..o que você fez..- Barbie começa a soluçar alto, chorando igual a um bebê, olhando o corpo da amiga no chão com o rosto e corpo coberto de sangue. Eu escutava seu choro e no fundo meu coração se apertou, porque parecia eu ali. Quando eu implorei pra Deus ter piedade de mim naquele lugar, quando eu chorei pedindo ajuda, chorei sozinha, implorando mais ainda por alguém, qualquer pessoa que eu sabia que não iria estar ali, eu chorei, implorei, rezei, e morri. Ali dentro morreu a parte de mim daquela época, quando eu não tive o retorno de ninguém e muito menos de Deus, eu morri. Aquela garotinha que em todas as noites pedia misericórdia ao querer sair da família imunda que eu tinha mas que nunca era ouvida, morreu. E era por isso que eu não me importava. – Quem é o próximo ? - Sussurrei baixo, para não assustar ninguém ainda naquele estado de choque. – Eu sempre soube que você era diferente. Meu coração parou. Tudo naquele momento simplesmente parou. Eu estava de costas, mas conseguia sentir a presença forte, muito forte, que ele sempre teve. Eu não precisava vê-lo para que meus pelos automaticamente se eriçassem. Porque ele tinha controle do meu corpo mesmo não sabendo. Tudo em volta parou, o pânico que corria nas veias de John e Gigi, agora corriam nas minhas, mas não era medo, eu sei que não, mas não sabia distinguir o porquê de estar assim. Talvez por que era ele. Era Zayn. – Eu nunca duvidei que você seria uma das melhores. - Ele continuou. Desta vez eu me atrevi a olhá-lo, e p**a m***a, foi meu pior erro. Zayn tinha mudado. O cabelo estava maior do que a última vez que o vi, ele estava mais forte, malhado, suas tatuagens poderiam ser vistas através da camiseta branca colada e ele tinha feito mais, muito mais, eu já tinha decorado todas as suas tatuagens, ele continuava com o ar de durão, mas agora estava mais forte, ele estava com uma presença mais forte, parecia colocar mais pressão sobre o olhar. Ele mudou pra melhor, ou talvez se tornou pior do que nunca. – Quanto tempo. - Foi a única coisa que murmurei, irônica e tentando não transparecer nada. Meus sentimentos ainda estavam guardados, não era ele que os traria de volta. – Eu sabia que era você. - Cruzou os braços, erguendo uma de suas sobrancelhas. - o motorista do táxi, o frentista do posto, Louis.. – pesquisando muito sobre mim ? - perguntei tentando atingi-lo mas o mesmo deu risada. - Só tentando te manter longe. - Disse baixo, mas com os olhos castanhos tão fusíveis que eu sentia a explosão rolar aqui dentro. – E porque está aqui ? - Cruzo os braços da mesma maneira. Ele respira fundo, corre os olhos por todos meus jogadores e depois volta a olhar pra mim. – Queria assistir. - Da de ombros, sem nem mesmo se importar com a Barbie, que soluçava sem parar. Olhei bem para o homem a minha frente e soltei algumas gargalhadas antes de andar até à mesa dos meus joguinhos e tirar a arma deles. Voltei a andar na direção de Zayn, que em nenhum momento tirou os olhos de mim, e coloquei a arma na sua mão. – Entra no jogo. - Propus. - Você tem 3 opções mas tem duas balas. A escolha é sua. Me afastei alguns passos lhe dando espaço o suficiente para conseguir olhar pra mim e os outros dois sentados. Ele encarou a arma em suas mãos, girou uma vez e começou a ficar mais próximo. – Zayn..- Ouvi a loira chamar pelo moreno e suspirei. Ele nem sequer ligou para seu chamado, mas encarava ela de uma forma carnal. – Foi muito bom te f***r gatinha..- Ele murmurou rude, fazendo assim meu corpo inteiro arrepiar pela intensidade e rouquidão de sua voz. Ele era o d***o em pessoa. O gatilho foi preparado, mas como eu estava um pouco mais a frente dos outros dois não tinha como saber se era pra mim, então fechei os olhos. Meu corpo inteiro arrepiou, e por uma fração de segundos, eu vi minha vida inteira passar por meus olhos quando ouvi o estalar de um beijo e dois passos para trás. – Zayn não! - Ela implorou baixinho. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo. - Por favor...não! – Shhhhh. - Ele ordenou.- foi bom te conhecer. – não Zayn! - ela implorou de novo.- Eu estou grávida de você!
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