3° Capítulo.

1976 Words
Alessandro Vilaça: Acordo mais descansado e ligo para a recepção do hotel e peço meu almoço, então corro e me visto, um tempo depois meu almoço chega e logo já estou no meu carro pronto para visitar o terreno. No caminho ligo para a empresa de turismo e sou informado que o um representante já se encontra no local, então Davis dirige para o local,mas a medida que fomos nos aproximamos vemos um pequeno tumulto e várias pessoas aglomeradas por ali. Davis para o carro e logo descemos para saber qual o problema. A medida que vou me aproximando da mutidão, percebo que muito gente está em volta gritando, mas é até difícil de entender o que estão falando. Me aproximo ainda mais da multidão, eu começo a sentir o desespero das pessoas e começo a entender o que está acontecendo, e começo a ficar com raiva, pois quando fiz o projeto a empresa de turismo, ninguém me informou que o terreno estava ocupado por moradores, eu não acredito que eles estão tentando expulsar as pessoas de suas casas só para construir um edifício de luxo para atrair mais turista para a cidade. Uma raiva vai me subindo no sangue e vou à procura do pessoal da empresa, mas uma coisa me chama à atenção, pois vejo uma mulher com o cabelo desgrenhado e ela está brigando com o senhor Jones, que participou da reunião de ontem, ele é um dos diretores da empresa que contratou os meus serviços. A moça parece uma gata selvagem, brigando pra valer com o homem, mas o que acabou me deixando puto, foi quando ela começou a chorar pedido para não colocarem eles na rua, como ela está exaltada demais, o senhor Jones segurou firme em seus pulsos e a jogou no chão. Nesta hora sou tomado por uma raiva incontrolável, afinal como ele se atreveu a fazer isso com uma mulher. -Senhor Jones, nunca mais escoste à mão nela ou não respondo por mim. Grito pra ele que se assusta quando me ver ali. Viro para a moça que ainda está no chão chorando e com o joelho ralado. -Você está bem senhorita? Pergunto me abaixando para ajudá-la. Mas quando ela olha para mim meu mundo para, ela é a mulher mais linda que eu já vi na vida, mesmo ela maltrapilha e desgrenhada, eu enxergo uma beleza natural que jamais vi em mulher alguma, limpo suas lágrimas e fico hipinotizado pelo seus lindos olhos azuis da cor do céu, e sem se importar com as pessoas que estão a nossa volta eu pego ela no colo e atravesso a multidão, levo ela para o meu carro e peço que Davis me leve de volta para o hotel, tiro meu terno, visto na moça e sobre olhares curiosos, eu levo ela para minha suíte no hotel. Entro na minha suíte e ela me olha um pouco assustada, então coloco ela no chão devagar. -Não precisa ficar com medo de mim, senhorita, eu nunca iria fazer m*l algum pra você, pode ficar tranquila, eu só vou cuidar de você, eu prometo. Digo para tentar acalmá-la. -Meu nome é Alessandro Vilaça. Estendo a minha mão para ela, você tem um nome, senhorita? Pergunto ainda com a mão esticada. -Sophie Alonso. ela responde timidamente. -Prazer senhorita Alonso, dou um leve beijo na mão dela, mesmo ela estando suja. -Pode me chamar só de Sophie, por favor, senhor Vilaça. Sua voz é doce demais. -Então pode me chamar só de Alessandro, Sophie! -Vem senta aqui que vou cuidar do machucado no seu joelho, aquele imbecil não devia ter feito isso com você. Levo ela para o sofá, mas vejo que ela fica com medo de sujá-lo. -Fica aqui que já volto, só vou buscar uma caixa de primeiro socorros. Digo e entro no banheiro, pego tudo o que eu preciso, e quando volto ela está no mesmo lugar, mas observa tudo com aqueles olhos lindos que ela tem. -Aqui é muito lindo, você mora aqui senh... quer dizer Alessandro? Adoro como meu nome dança na sua boca. -Não eu vim aqui só a trabalho, eu sou arquiteto, mas em moro em Bellingham, você conhece? Ela balança a cabeça em negativa. -Você está junto com aquelas pessoas que querem derrubar as nossas casas? Porque se for eu prefiro ir embora agora mesmo, pois vocês ricos nem se importa com nós pobres, só querem ganhar mais dinheiro e o resto que se lixem. Ela fica ainda mais linda quando está brava. -Eu não estou com aquelas pessoas, Sophie. -Não temos para onde ir senhor Vilaça, por favor não faça isso com a gente, realmente não temos para onde ir. Ver ela chorar assim, me corta o coração. -Calma Sophie, calma, e respira, por favor. Tento acalmá-la. -Eu não tenho nada haver com aquelas pessoas, eu só fiz o projeto do edifício sem saber que o local da construção teria moradores lá, eu jamais faria qualquer coisa para prejudicar vocês, eu nem sabia que aquela área estava ocupadas por vocês, eu sou só o arquiteto que fez e assinou projeto, só isso. Explico com calma para que ela possa me entender. -O que é um arquiteto faz? Ela pergunta curiosa. -Arquiteto é uma pessoa que faz o desenho num papel, para que possa ser construído por outras pessoas, como esses grandes prédios que você ver por aí. Exemplifico para ver se ela entende o que eu falei. -Entendi, então você não quer tirar a gente de lá? -Claro que não, como eu te expliquei antes, eu só faço os projetos, mas não sou responsável pelos terrenos, isso é responsabilidade de quem quer construir algo, mas eu quero ajudar vocês, Sophie, se depender de mim, ninguém vai tirar vocês de lá. Vejo que ela está começando a acreditar em mim. -Tomara que você consiga, pois aquelas pessoas são más. -E eu vou ajudar, eu prometo, mas agora eu só quero cuidar de você, posso? Pergunto pegando um chumaço de algodão. Ela balança à cabeça positivamente. -Vai arder um pouquinho, tá. Aviso enquanto umedeço o algodão com antisséptico. -Ai... aí. Ela geme -Calma, eu vou assoprar pra não arder tá. Assopro a sua pele, e vejo os pêlos do seu corpo se arrepiaram. -Pronto, agora vou fazer um curativo. Digo arranhando a garganta. -Obrigada, Alessandro. Ela diz timidamente. -Por nada, Sophie, agora eu quero que você vá para o banheiro que fica ali na primeira porta a direita, dentro do quarto e tome um banho, pois você se sujou quando caiu no chão, e eu vou arrumar uma roupa para você, tá? Ela pensa um pouco, mas longo se levanta e vai para onde eu apontei, enquanto isso, eu ligo para o Davis e peço para ele comprar uma roupa nova pra ela, dou as medidas dela que eu fiz mentalmente. Depois ligo para a recepção do hotel e peço um lanche com tudo que tem direito, pois não sei o que ela gosta, então peço tudo que tem no cardápio. O meu pedido chega e eu peço para o funcionário do hotel arrumar tudo na mesa, logo depois dou uma gorjeta pra o garçom, quando vou fechar a porta da sala, Davis aparece e me entrega uma sacola, eu o agradeço, ele sai logo em seguida, e eu fecho a porta atrás de mim. Bato na porta do quarto, mas como não escuto nada eu entro e vejo que a Sophie ainda está no banheiro, deixo a sacola em cima da cama, depois bato na porta do banheiro. -Quem é? Ela pergunta do outro lado da porta. -Sou eu, Alesssndro, só queria te dizer que eu deixei uma sacola com roupas pra você em cima da cama. Aviso e saio lá de dentro. Volto para à sala e ligo para o meu advogado para que ele veja as cláusulas do contrato que assinei com a empresa de turismo e veja quanto de multa eu terei que pagar, caso eu desista do contrato. Quando eu desligo o celular, Sophie aparece na minha frente e eu fico paralisado diante de tanta beleza, nossa como essa mulher é linda e eu já quero ela só para mim. -Você está linda, Sophie. Digo embasbacado. Venha se sentar aqui na mesa, eu tomei a liberdade de pedi um lanche para nós dois, mas como não sabia do que você gostava, eu pedi de tudo um pouco. Abro as cloches, para que ela veja o que tem pra comer. -Não precisava Alessandro, nossa quanta coisa, acho que nunca vi tanta comida assim, mas eu não sei comer com esse monte de coisas complicadas, eu vou ficar com vergonha de comer na sua frente e se eu quebrar alguma coisa ou derrubar. Sua simplicidade me desmonta. -Tá tudo bem Sophie, coma do seu jeito, eu prometo que não vou ficar olhando você comer e mesmo se derrubar alguma coisa não terá problema algum. Afirmo para que ela fique a vontade. -Obrigada. -Venha, sente-se aqui nesta cadeira. Puxo a cadeira pra trás, para que ela possa se sentar. Ela se serve de algumas coisas, e come com as mãos, mas isso não me incomoda de forma alguma. Depois que ela termina de comer seu lanche Sophie chupa os dedos da mão e isso parece tão bom que eu pego sua mão e chupo seu dedo , e ela cora quando minha boca toca a sua pele, e isso deixa ela mais linda ainda. Não sei o que essa garota tem, mas ela mexeu comigo de uma forma que não sei como explicar. -Quantos anos você tem, Sophie? Pergunto curioso, já que ela tem cara de menina. -Eu tenho 21 anos, Alessandro. Ela diz tirando eu mão da minha. -Tem namorado? Não sei porque perguntei isso, mas só a possibilidade dela ser comprometida, me deixa enciumado. -Não, Alessandro, não tenho, na verdade nunca tive nenhum. Respiro aliviado, e animado com a sua resposta. -E você? Ela devolve a pergunta. -Eu também não tenho namorada, Sophie, não ainda, espero que logo possa ter uma. Digo sem tirar os olhos dos seus, porque quero que ela perceba meu interesse por ela. -Quantos anos você tem, Alessandro? Ela pergunta abaixando a cabeça. -Eu tenho 27 anos. Respondo e ela olha pra mim novamente. -Tem família? Sua pergunta me pega de surpresa. -Tenho sim, eles moram em Bellevue, mas tem mais de três anos que não os vejo. Não sei porque confesso isso pra ela. -Porque? Ela parece curiosa com a minha resposta. -Porque tivemos uma briga por conta de um fato que aconteceu, e eu ainda não consegui perdoá-los. Respondo querendo mudar de assunto. -E você Sophie, tem família? Pergunto para não entrar mais no assunto da minha família. -Não tenho, sou órfã de pai e mãe, também não tenho irmãos, e agora eu só tenho meus amigos e vizinhos da vila. Ela diz entristecida. -Agora você me tem também, Sophie, me deixa conhecer você melhor, eu posso ajudar a sua gente também, pode ser loucura mais eu estou gostando muito de você, me deixa ficar próximo de você, quero conquistar você! Sei que o que eu disse deixou ela espantada. -Porque isso, Alessandro, olha para mim. Ela aponta para ela. -Estou olhando, Sophie. Vejo ela morder o lábio diante do meu olhar avaliador. -Mas eu não sou ninguém, sou apenas uma vendedora de flores de rua, para pagar o quartinho da vila onde moro e também para comer, eu não tenho nada para te oferecer, você pode arrumar alguém melhor. Eu não ligo pra isso, meu coração a quer, e meu corpo também. -Mas eu quero só você, eu não ligo se você é pobre ou rica, eu sei que você é especial, notei isso assim que a vi caída naquele chão, por favor me deixa te conhecer. -Eu deixo, Alessandro! Sua resposta me deixa feliz demais. Continua....
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