CAPÍTULO 4

2230 Words
Heitor Kronbauer — O que você mais gosta em mim Heitor?— a mulher que estou ficando pergunta — Os seus peito chamas atenção, mas não ache que isso vai me prender. Meu celular começou a tocar incansavelmente enquanto nós transava — Deixa isso pra depois, vamos continuar— ela disse no momento em que vi a minha mãe me ligando — Podemos deixar isso pra depois— dou um beijo nela rápido e atendo o telefone LIGAÇÃO ON — Será que estou falando com um das mulheres mais linda da minha vida— brinco, mas meu sorriso se desfaz quando ouço os seus soluços do outro lado da linha — Heitor, o seu pai está no hospital, ele teve um AVC meu filho, corra pra cá — Que?— pergunto sem reação — Por favor filho, me ajude! Estamos no hospital de sempre — Estou indo LIGAÇÃO OFF Começo a catar minhas roupas e vestir rapidamente — Sério que você vai me deixar aqui?— ela pergunta — Não podemos fazer nada agora, pegue isso e pague a conta do motel— pego minha carteira e deposito um valor incontável por mim e jogo na cama, puxei minhas chaves para sair do quarto — Fala sério!— ela disse sem entender nada Dirrigi até o hospital desesperado, o meu pai não é velho, ele não pode morrer agora, principalmente nesse momento! Meu irmão William teve uma briga feia com meu pai e eles não se veem a um tempinho. Meu pai precisa ficar bem, ele precisa melhorar. — Mãe...— eu a gritei — Eles conseguiram reanimá-lo mas seu pai está impossibilitado de fazer qualquer coisa, uma parte do seu corpo paralisou. — Paralisou como? — Nada se mexe, ele não pode fazer nada— suas lágrimas escorriam — Onde ele está? Preciso falar com ele — Ele está um pouco sonolento, mas acho que consegui falar com você — Eu vou entrar para vê-lo, volto em alguns minutos. Me retiro da sua presença e sigo até o meu pai, ele realmente estava todo torto, mas conseguiu me identificar — Heitor, filho!— ele fala com muita dificuldade por conta da distorção labial — Estou aqui!— olha sua situação e uma tristeza me invade— porque isso aconteceu com o senhor, pai?! Isso não deveria ter acontecido. — Eu preciso de você Heitor, preciso que cuide da nossa empresa até eu poder voltar— arregalo meus olhos — Não, eu não posso fazer isso, o senhor sabe que sou irresponsável e não sei absolutamente nada da nossa empresa, o senhor mesmo diz isso, eu posso ligar para o William — Heitor eu sei que errei muito com você e com seu irmão, mas por favor! Faça o que estou lhe pedindo, se esse for o meu último pedido, não envolva o seu irmão nessa. Eu não quero pedir favor a ele porque estou péssimo, quero ter um tempo bom para conversar com o William e me desculpar sobre tudo que aconteceu. Eu confio em você — Mas eu não, eu posso acabar falindo a sua empresa. É uma responsabilidade muito grande pai eu não tenho capacidade pra isso — Você é meu filho, vai conseguir. — Mas eu não sou o William, ele quem é o ótimo administrador e investidor, eu não sou parecido com ele pai— ele não deve me pedir algo desse tipo William quem deve assumir essa empresa, eu sou apenas um dos empregados do local, não nasci pra isso, sou péssimo! — Você é tão bom quanto seu irmão, só está com medo. E se você terminar de afundar a empresa eu não vou ficar chateado meu filho Não entendo direito suas palavras, ele continuou insistindo para que eu não falasse com William e que eu cuidasse da empresa, até que voltou a dormir. Não faço ideia de como agirei, eu não sei lidar com tudo isso, é um ramo muito grande, qualquer coisa que eu vier fazer, posso estragar com tudo, eu posso arruinar anos de trabalho do meu pai. Dois dias depois Pensei diversas vezes em ligar para o William, mas fiquei pensando em tudo que meu pai falou, eu não queria deixá-lo chateado e provocar um segundo AVC Já não basta a Hanna ter ido morar em outro país, agora o William deixou de falar com ele e o único filho que está próximo sou eu — Por que nos chamou aqui?— Tia Rita fala, ela é uma dos irmãos do meu pai, no total são oito— Onde está o Abner? E o que você está fazendo na cadeira da presidência— eu odeio essa cadeira, mas para ter o respeito desse ninho de cobra, irei precisar fazer isso e tomar uma posição madura, algo que eu nunca fui. — Meu pai não poderá estar aqui por um longo tempo, então eu vou assumir a empresa até que ele possa voltar— sua risada ecoa na sala — Você? Você nem tem capacidade pra isso, está sempre chegando atrasado nas reuniões e nunca presta atenção no que estão falando, de todos os filhos do Abner, você é o pior para administrar isso daqui, Heitor!— nunca pensei que ouviria isso em algum dia da minha vida. Sempre soube que não era capacitado para administrar uma impressora multimilionário como a do meu pai, mas nunca imaginei que as pessoas ao meu redor fossem capaz de tentar destruir as minhas chances — A senhora não é filha dele, eu sou! — Heitor pare de brincar, se o seu pai não pode administrar a empresa no momento, o certo a se fazer é com que eu assuma, eu era a mais próxima do Abner — Mas você não era a preferida do meu tio— Guilherme fala — E nem você— Luiza retruca— os dois também trabalham aqui, são parentes do meu pai. — CALEM A p***a DA BOCA c*****o!— me irrito e tomo uma posição— f**a-SE QUE EU SOU IRRESPONSÁVEL, VOCÊS NÃO SÃO OS HERDEIROS DELE, SEI QUE TODOS VOCÊS QUERIAM ISSO, QUEREM O LUGAR DO MEU PAI, MAS QUEM MONTOU ESSE LUGAR FOI ELE E NÃO VOCÊS. SE NÃO ESTÃO SATISFEITOS, O RH FICA DOIS ANDARES A BAIXO DAQUI. —Heitor, não precisa se irritar. Estamos apenas visando a lógica — Lógica? Meu pai está doente e tudo que vocês visam é quem vai administrar a empresa. Ele pediu para que eu fizesse isso. Sinto muito pela Hanna não querer seguir essa vida e o William ter parado de falar com meu pai, acreditem! Eu sou a última pessoa que gostaria de estar aqui sentado, sei muito bem os riscos e a pressão que essa cadeira me dá, mas isso não foi uma decisão minha, essa é uma decisão do meu pai. — Onde o Abner está? Eu preciso falar com ele— Tia Rita insiste — Você não vai falar com ele, nem você e nem ninguém!— determino— Eu vim aqui apenas para informá-los sobre o que ia acontecer, e caso ainda não concorde com a decisão, a opção de ir até o RH ainda está disponível. Agora saiam todos da sala — Você não pode fazer isso Heitor, seu pai não agiria assim — Talvez, esse tenha sido o problema A família do meu pai acha que por ser parente dele, podem fazer o que bem entendem e o que querem a todo momento. Com meu pai podia ser até assim, mas eu não sou ele, se precisar ser ignorante com algumas atitudes eu serei e tomarei a decisão certa. Me tornei tudo que eu não queria! Eles estavam saindo com olhar de confusão e raiva pela minha atitude, sei que são os meus primos tios e tias, mas eu não posso deixar com que eles venham me mandar e que tem a minha parte da empresa como deles Meu pai nem morreu e eles já estão preocupados com quem vai comando o lugar. Tenho certeza que se o William estivesse aqui ele teria mandado todos embora, igual fez com uma parte dos parentes do meu pai que estava na sua empresa, ele tem muita coragem. Nem o meu pai conseguiu fazer isso com esses sangue sugas e eu acho que não estou pronto para lidar com todos eles, as coisas ficaram bem difíceis e tensas, preciso ter cabeça para enfrentar cada um daqui em diante. Fui para a sala do meu pai, e chamei a Luzia, ela é a secretária fiel dele — Mandou me chamar, senhor Heitor?— ela pergunta — Sim Luzia, eu preciso de todos os relatórios da empresa, todos os documentos. Preciso analisar tudo e saber de fato o que está se passando nesse lugar, o máximo que eu tenho é o que se passa nas reuniões e eu não acho que isso seja tudo — Tudo bem— Luzia se retira e eu fico vendo o que tinha nas gavetas do meu pai, peguei uma pasta marrom, com o tema "relatórios mensais" e ouvi a porta se abrir sem bater — Pensei que eu que era a sua secretária— Carla diz e vem sentar na mesa do meu pai com as pernas abertas — Carla aqui não é lugar pra isso, a qualquer momento alguém pode nos pegar aqui dentro e eu tenho muito o que fazer não posso te dar atenção agora — Você não ligava para onde nós estávamos, mas agora que assumiu a cadeira do chefe está me jogando para o escanteio. — Eu só estou com muitas coisas para resolver e eu não tenho tempo de ficar com ninguém agora, mais tarde quem sabe nós conversamos, agora eu estou muito atarefado.— fecho suas pernas na minha frente e tiro ela da mesa, preciso evitar todo tipo de distração até saber o que estou fazendo— quando você sair, não esqueça de fechar a porta. Ela me olhou sem acreditar, pois eu nunca deixei com que ela escapasse dos meus braços ou voltar para os seus trabalhos sem antes termos um momento de prazer Deu para ver que ela não ficou satisfeita com a minha atitude, mas isso é só até o meu pai voltar, ele precisa voltar Não podia perder mais tempo, abri a pasta marrom enquanto esperava pelos arquivos que Luzia estava para me trazer. Meus olhos se arregalaram quando olhei a situação da empresa. A cada folha passada pelos meus dedos eu me espantava mais. Meu pai não podia está fazendo isso, ele me deu a empresa sucumbindo, estava preste a falir e sim... ela ia quebrar nas minhas mão, precisava de olhar os outros relatórios e precisava de uma confirmação do que os meus olhos estavam vendo, eu não podia acreditar. — Licença senhor Heitor— minha leitura foi interrompida pela Luzia— eu bati três vezes na porta mas o senhor não escutou— estava pouco me importando para o que ela tinha acabado de fazer, estava desesperado com as condições do local. — Você sabia desses resultados?— arrasto pela mesa para que ela visse e ela abaixou a cabeça — Eu conversei por muitas vezes com seu pai, eu mesma quem realizei esse relatório para ele, estava preocupada com o que estava acontecendo — Como o meu pai não nos informou isso? Ele ia avisar quando todos estivessem na rua?— pergunto irritado— nós deveríamos ter ciência disso, agora ele está impossibilitado de fazer qualquer levante nessa c*****o que está quase morto e me deixou aqui para afundar o lugar — Não acho que seu pai te colocaria aqui se não conhecesse a sua capacidade, senhor Heitor! Ele confiou a empresa em suas mãos — Olha bem pra mim Luzia! Acha que sou capaz de guiar esse lugar?— ela me olhou e não disse nada— ninguém aqui acredita que sou capaz de fazer o que meu pai ou meu irmão foram capazes— levanto da cadeira e começo a coçar minha cabeça— esses são relatórios atuais?— pergunto ao ver suas mãos cheia de papéis — Sim, mas não creio que venha gostar! Estão pior do que estes— volto meu olhar para ela furioso, mas eu sei que a culpa não é dela, então apenas estico a mão para que ela me deixe ver o rombo do que está acontecendo— pode parecer que não, senhor Heitor! Mas se o seu pai acreditou em você para guiar essa empresa, eu também acredito— respirei fundo e continuei olhando os relatórios — Me faça um favor, Luzia? — Só o senhor dizer — Quero que você me envie a quantidades de pessoas que trabalham nesse lugar e também quero o valor do salário de cada funcionário — Até da sua família?— ela pergunta — Principalmente o deles, aproveite e marque uma outra reunião para amanhã, no primeiro horário. — Sim senhor. — Preciso disso para hoje, o mais rápido possível — Sim senhor— ela disse e me deixou sozinho na sala Continuei vendo cada folhas daqueles relatórios e já estava sem a minha gravata, e mesmo assim pareço sufocado. (...) Luzia me trouxe mais do que eu havia pedido, ela trouxe até relatórios de saídas não comunicadas durante o mês, foi aí que eu fiquei mais puto do que deveria ficar, fiquei cuspindo fogo com a situação
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