CAPÍTULO 6

1522 Words
Emma Collins A uns dias atrás eu tive a maior sorte do mundo, por conta de um acidente inesperado o senhor William Kronbauer apareceu na loja que eu trabalho, eu não tive vergonha de pedir por um emprego, ele me deu a oportunidade apenas por que queria sair dali o quanto antes, mas infelizmente os vidros do local foram quebrados pelos fãs loucos dele, eu o ajudei a sair, mas não fazia ideia que isso ia me prejudicar tanto, agora eu estou em uma situação irritante com o meu patrão. LEMBRANÇA ON — Acho melhor o senhor chamar os seguranças, as portas desse lugar não podem aguentar por muito tempo e eu não tenho dinheiro para pagar isso— digo preocupada com a quantidade de pessoas que estavam do lado de fora — Será que tem alguma saída aqui de emergência?— ele pergunta educadamente — Sim, mais o senhor não vai gostar muito— nenhum lugar daqui é bom, e para um homem como ele. Sujar o seu terno não seria legal e muito menos sair com um cheiro horrível de fundo de quintal, apesar que seu cheiro é tão bom, que acho difícil esse lugar conseguir poluir suas roupas — Só me diz por onde é— ele parece não se importar — Tenho uma no final da loja, mais esta interditada por algumas obras, é a única que tem como passar e a do banheiro, mas ele não tem um cheiro muito bom— ele parecia decidido no que estava preste a fazer — Eu tenho pra mim que a minha mulher está para ganhar o meu filho hoje, eu preciso sair daqui— agora eu entendi. — Vem eu vou te ajudar, mas será que você pode me ajudar a arrumar um emprego melhor— ele me olhou com o olhar que eu mais detesto, era um olhar de pena. Parece que sou uma pobre coitada e por mais que eu seja, eu não gosto que me vejam assim. Mas agora já era! — Esse é meu cartão, passa na minha empresa e diga que eu lhe dei um emprego, qualquer coisa, peça para que a minha secretária me ligue— ele só queria sair dali eu pude perceber isso, ele só queria ver o filho e a esposa — Muito obrigada— sorri de orelha a orelha, mesmo que seja para trabalhar na faxina, eu tenho certeza que ganharei bem mais que aqui. Uma vez li os comentários de funcionários e ex funcionários do local e os elogios são sensacionais LEMBRANÇA OF Eu levei ele e o ajudei a sair, quando eu voltei a parede de vidro havia sido estourado com a euforia dos fãs — Isso é o que você tem do mês— abri o envelope e só havia dez dólares — O que é isso? Uma gorjeta? — Não, o seu salário, isso é porque você deixou aquele pessoal quebrar a loja, mês que vem eu desconto o restante — Isso não é justo, eu não tinha o controle da situação, eles que quebraram não eu! Você sabe que eu tenho uma família eu ajudo no susto da minha casa, tenho hipoteca para pagar e a pensão dos meus avós não dá para nada!— falo em desespero — O problema não é meu, se vira! Nós não podemos ficar no prejuízo por algo que você deixou de fazer, se você colocasse aquele homem lá fora, isso não teria acontecido — Vocês tem seguro, tenho certeza que cobre o prejuízo— retruco — Acha que eu não sei? Essa é apenas uma lição que você deve aprender — Vai se fuder, eu me demito— jogo uma lata de refrigerante na sua direção e corro Não acredito que ele fez isso, eu não fiz nada demais, não merecia isso. Sentei no banco de uma praça que ficava próximo a escola do meu irmão e fiquei pensando no que eu ia fazer. Vi que estava na hora dele sair e quando eu vi uma quantidade de meninos atrás do meu irmão tentando alcançá-lo eu corri pra ele — Emma me ajuda!— ele dizia chorando enquanto vinha em minha direção, parei em frente a todos os pivete e a vontade que tive foi de bater em todos eles. Eu sei, posso está sendo infantil, mas eles merecem, meu irmão estava sujo e chorando — Vocês não tem vergonha, seus pivetes? Por acaso estão se formando para se tornarem delinquentes?— pergunto irritada — Precisou chamar a sua irmãzinha para te defender, Eloy?— um zomba e eu pego ele pelo braço o outro tenta correr e eu puxo o seu braço também — Vem Eloy— eu o chamo — Me solta!— ele diziam chorando — Estão chorando por não ter uma irmãzinha para defender vocês?— algumas pessoas me olhava e eu não estava nem aí Seguimos até a secretaria e a diretora ficou assustada com a situação — O que é isso?— Ela pergunta assustada — O QUE É ISSO? EU QUE TENHO QUE FAZER ESSA PERGUNTA! OLHA O ESTADO DO MEU IRMÃO, JÁ VIM AQUI E PEDI PARA QUE A SENHORA CONVERSASSE COM OS SEUS ALUNOS. QUE TIPO DE PESSOAS VOCÊS ESTÃO FORMANDO AQUI? BANDIDOS, TRAFICANTES? OLHA A CAMISA DO MEU IRMÃO — Emma, fique calma! — EU NÃO QUERO TER MAIS CALMA, A PRÓXIMA VEZ QUE ISSO ACONTECER EU VOU CHAMAR O CONSELHOR TUTELAR PARA ESSAS CRIANÇAS E PARA VERIFICAR O PROCEDIMENTO DE VOCÊS, SEI BEM QUE A EDUCAÇÃO VEM DE CASA, MAS O MEU IRMÃO NÃO É SACO DE PANCADA DE PESSOAS COMO OS SEUS ALUNOS, SE VOCÊ NÃO FALA COM OS PAIS DESSES DELINQUENTES EU TOMAREI AS MINHAS PROPRIAS MEDIDAS— pego meu celular e começo a gravar— aqui está o meu irmão, vítima de bullying por pessoas maiores que ele e com uma diretora incompetente — Pare de gravar isso— ela pede — Estão vendo o quanto é verdade? Meu irmão está a meses sendo agredido e ninguém toma uma providência justa — Por favor, pare eu darei um jeito nessa situação — Ótimo, se a senhor não der eu irei mostrar esse vídeo. Vocês estão de testemunha que eu tentei— digo no vídeo e incerro— a próxima vez que meu irmão chegar com roupa suja, rasgada ou com um par de sapato no pé em casa, esse vídeo vai direto para o conselho infantil Pego a mão do Eloy e me retiro — Irmã— ele me chamou depois de um tempo. — Eu prometo que agora as coisas vão melhorar — Eu não ia falar sobre isso, queria saber porque você chegou cedo em casa, aconteceu alguma coisa?— Eloy é pequeno demais para lidar com isso — Não, está tudo bem! Amanhã eu vou procurar um emprego e vou conseguir algo melhor, vou poder comprar uma calça e uma blusa pra você com o novo p*******o — não fazia ideia do que eu estava falando, mas queria que ele achasse que tudo estava bem — Você promete? — Sim, só me dê duas semanas. — Eu te amo Emma!— colei seu rosto perto do meu seio com o meu abraço — Eu também amo você! Dia seguinte Não podia mais esperar os dias passarem, apenas comprei uma roupa no brechó ontem e hoje bem cedo eu segui até a empresa do senhor William, ele me prometeu um emprego! — Olá bom dia, em que posso ajudar?— uma atendente super educada pergunta, todo mundo aqui se veste bem, estou até envergonhada com a minha roupa. — Oi, eu me chamo Emma! O senhor William pediu para que eu viesse aqui para saber em que função eu trabalharia — Só um momento— ela disse e começou a procurar algo no computador— Não estou vendo entrevista pra hoje. — Ele pediu para eu vir e mostrar esse cartão— apresento um cartão dourado para ela — Tudo bem, você vai subir para o andar cinquenta e explicar a senhora Sônia o que ele disse para você, apresente esse cartão. Ele só dá esse cartão para pessoas importantes— me senti privilegiada, mas isso logo vai acabar quando ela me ver andando com carrinhos de limpeza. Subi e fiquei aguardando um tempo, até que uma senhora muito elegante apareceu — Com o que eu posso te ajudar?— ela perguntou — O senhor William disse que tinha um emprego pra mim aqui. — Acho que você está enganada! Não temos vaga para nenhum cargo. Aqui é um lugar muito requisitado, não temos vaga para nada — Moça ele pediu para que eu viesse, deixe com que eu ao menos fale com ele, tenho certeza que vai lembrar quem eu sou — Ele não vem essa semana e acredito que venha ficar fora por muitos dias, a senhora Lara acabou de ganhar o seu primeiro filho. — Por favor moça, eu preciso muito desse emprego, pode ser em qualquer lugar, não posso sair daqui sem esse emprego— ela me olhava com pena e parecia não saber o que fazendo.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD