Luana narrando
Hoje é um dia muito triste pra mim, pois Hoje faz 8 anos que a minha mãe morreu, eu tinha 17 anos e estava na escola quando recebi a notícia que minha mãe tinha sofrido um acidente, ela estava dentro de um ônibus a caminho do seu trabalho e o ônibus caiu de uma ponte que desabou, graças a Deus ela resistiu a essa desgraça que levou muitas vidas, mais pra minha mãe foi bem difícil, ela ficou arrasada quando o médico disse que ela não poderia mais andar, ela ficou muito preocupada em como iríamos nos virar, eu estava com uma entrevista de emprego marcada, e mesmo não querendo deixar ela naquele momento foi preciso, pois não iríamos ter como nos virar, ela não trabalhava registrado, então não poderia receber ajuda do governo. Ela sempre fez tudo o que pode pra cuidar de mim, e havia chegado a minha vez de cuidar dela, fui pra entrevista, consegui o emprego, mudei o horário da minha escola que era o último ano e assim eu fiz, comecei trabalhar durante o dia, estudar a noite pra poder nos manter, eu não ganhava muito, mais dava pra pagar o aluguel e poder comer, não tínhamos luxo nenhum, mais sobrava muito amor, eu estava disposta a fazer o que fosse preciso pra ajudar ela, e assim fomos vivendo.
Ela reclama muito de dor aonde teve que ser substituído por próteses, eu fazia massagens pra aliviar a dor dela assim como fisioterapeuta dela havia me ensinado, ela disse que um dia talvez a minha mãe poderia voltar a andar e eu acreditei nisso. De manhã eu acordava as 5 da manhã pra poder deixar almoço pra ela pronto, já aproveitava e fazia um café pra ela tomar, levava na cama pra ela e ia tomar o meu banho, quando terminava de me arrumar eu ia até o quarto dela e pegava as louças, levava pra cozinha e já lavava pra não ficar louças na pia, tentava sempre manter a casa e final de semana ou nas minhas folgas, eu faxinava a casa. Assim levamos por muito tempo, até descobrir que as próteses que colocaram na minha mãe, estava liberando um tipo de alumínio e foi se espalhando sem perceberam, primeiro começou com a anemia, o médico passou o remédio e disse que ela não estava se alimentando direito , depois começou afetar seus osso e depois sua memória, quando descobriram já era tarde demais e ela não resistiu, foi bem difícil pra mim, já que eu não tinha mais ninguém nesse mundo.
Continuei trabalhando, conclui os meus estudos e quando terminei a escola fiz a prova do Enem, consegui tirar nota máxima e ganhei uma bolsa na área que eu escolhi, eu ia ser fisioterapeuta, eu ia salvar vidas pra que o que aconteceu com a minha mãe, não acontecesse com mais ninguém. Estudei como ninguém, trabalhei duro por tudo o que consegui, e quando me formei eu já era uma das melhores na minha área, larguei o emprego que eu tinha e hoje sigo somente na área da fisioterapia. Ontem recebi uma proposta dr emprego muito boa, aonde eu trabalho eu ganho muito bem, mais recebi praticamente o dobro da oferta pra aceita o emprego, o único problema é que o serviço é no morro do Alemão, nunca se quer entrei em um morro, ouvia muito o pessoal da faculdade falando sobre os bailes de lá, mais isso nunca foi pra mim, estudei muito, trabalhei muito e hoje tenho 24 anos, tenho meu próprio carro, e minha casa.
Eu tinha um namorado que peguei me traindo com a enfermeira daqui do hospital, então terminei com ele faz algumas semanas, ele é médico cirurgião, e vive me cercando pelos corredores, já disse pra ele ficar longe de mim, mais não está resolvendo, então eu já decidi que vou aceitar o emprego no alemão, assim mudo um pouco meu ambiente, conheço novas pessoas, novos ares e continuo fazendo o que eu amo e jurei.
Acordei de manhã com meu celular despertando e desliguei ele, a enfermeira chefe do posto está me esperando as oito, então comecei a me arrumar, tomei um banho, fiz minhas higiene pessoal, coloquei uma calça jeans de lycra, uma camiseta gola V, meu tênis confortável, peguei meu jaleco, arrumei a bolsa e sai de casa, coloquei no GPS o endereço do morro e fui seguindo meu caminho, sei que tem seus riscos trabalhar lá,
já estou indo informada sobre tudo o que acontece aqui no morro, sei que vai ter seus dias difíceis, mais eu sempre fui boa em superar dias difíceis.
Luana: oi tudo bem? Eu sou a nova médica do posto.
Xxx: jae, o patrão passou a visão que tu viria hoje.- ele fala
Luana: será que se não for muito incômodo, você poderia pedir pra alguém me levar até lá, porque nunca estive aqui antes, então não conheço ainda o caminho.
Xxx: eu levo ela lá menor.- um rapaz que estava chegando de moto fala.
Menor: jae patrão.
Xxx: so me seguir jae.- eu confirmo com a cabeça e ele sobe o morro e eu vou atrás, aqui é muito bonito, tinha muitas motos e algumas crianças na rua, então não dá pra andar rápido, subi bem de vagar o morro e quando chegamos no posto, o rapaz desceu da moto e veio na minha direção.- e aqui, quando sair pede pra alguém te levar até a barreira, ainda vai levar um tempo até tu decorar o caminho.- ele fala
Luana: tudo bem, muito obrigado por me guiar até aqui.
Xxx: e nois.- ele fala subindo na moto e sai andando morro a cima.
Estacionei o carro aonde tinha uma vaga, desci, tranquei meu carro e fui em direção ao posto, assim que cheguei na entrada uma menina morena veio na minha direção.
Xxx: oi, você deve ser a Luana não é mesmo ? Eu sou a mariáh
Luana: oi Mariah, isso sou a fisioterapeuta.- eu falo pra ela que sorri pra mim.
Mariah: bom, não sei se você sabe o motivo de ter vindo trabalhar aqui, mais isso depois eu te explico melhor, agora vou te mostrar a sua sala e aonde você vai fazer as sessões de fisioterapia.
Luana: tá bom.- eu falo e saímos pelo postinho com ela me mostrando tudo, aqui parece o hospital que eu trabalhava, apesar de ser no meio da comunidade parece um hospital de rico, tudo de primeira qualidade.
Mariah me mostrou todo o local e quando chegou na parte que me interessava eu fiquei muito encantada, tem vários equipamentos de exercícios, tem uma piscina aquecida, não é muito grande, mais é muito útil no tratamento, fiquei muito feliz com isso e foi a melhor decisão que eu poderia tomar.