A guerra não para

2170 Words

Dill teve três paradas cardíacas. E estava em coma desde o dia que levou o tiro. Eu não parava de pensar que era para ser eu. Era para eu estar ali. Ou para eu estar morto. Ela salvou a minha vida, mesmo sabendo que o preço podia ser alto demais. O bebê estava bem, iriam tentar manter Dill viva até que ele nascesse. Meu filho. Só o que restaria da mulher que eu amava. Mas a guerra não parou. Eu nomeei outro para ir em meu lugar. Eu seria apenas um atraso para os pelotões. Já era antes, agora com o pensamento no corpo inerte de Dill, seria ainda pior. Os médicos diziam que não havia esperança para ela. Dill morreria. O tiro havia acertado uma artéria importante e ela perdeu muito sangue. Foram feitas algumas transfusões após a cirurgia de reparação da artéria atingida, a bala foi retirada

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