Capítulo II - O Passar do Tempo

1722 Words
Passado 1 ano, Mariana tornou-se numa mulher ainda mais linda, forte e determinada. Já formada em Direito, e tinha o seu emprego na maior firma da cidade a 'Alexanders Lawyer Firm'. Ainda assim, sempre conseguia um tempo para ajudar a tia e contava sempre com Elsa. Lúcia também era linda, mas continuava fútil, vulgar e invejosa. Formada em economia, sonhava apenas com um homem milionário, e estava disposta a tudo para o conseguir, mesmo que para isso fosse necessário destruir a carreira de Mariana. Foi numa manhã de sábado que Mariana decidiu dar a boa notícia para a Tia . Mariana lembrou com alegria o momento em que partilhou uma notícia feliz com a Tia. Tinha sido um ano antes, e foi muito gratificante. *****Um ano antes******** Carla sorriu ao ver a sobrinha entrar na cozinha com a mesma boa disposição de sempre. - Bom dia filha. Que alegria é essa? - Bom dia Tia Carla. Estou feliz por ter recebido uma excelente notícia. - Conte querida. Não deixe a sua Tia curiosa. - Tudo bem. Eu consegui um emprego na firma Alexander's. - A sério filha? - Sim. Acabaram de me mandar um email. Vou até lá na segunda-feira para uma entrevista formal e assinar alguns documentos também. - Que boa notícia querida. Parabéns. Estou muito orgulhosa de você.  - Obrigada Tia. E a Lúcia? - Sinceramente eu não sei. Ela não passou a noite em casa. - Tia! A senhora devia ser mais firme com ela. A Lúcia é caprichosa demais. - Sim eu sei. Mas agora é tarde. Sendo adulta ela acha que se livrou da minha autoridade. - Eu sinto muito Tia. De verdade. - Obrigada querida. Podes me ajudar hoje no restaurante? Temos reserva para uma festa de 30 pessoas. - Claro que ajudo e levarei a Elsa comigo. - Obrigada minha filha. Eu tenho que sair agora. Espero vocês as 15 horas está bem? - Sim senhora. Até logo. Eu cuido de tudo aqui. Carla foi embora e pensou nas palavras de Mariana. Realmente tinha mimado demais a sua filha, e agora a mesma estava transformada numa jovem mimada e egoísta. Lúcia não respeitava a mãe e se a mesma falasse alguma coisa, ela respondia com arrogância sem se importar por estar a ferir o sentimentos de sua mãe. Arrependida por ter mimado demais a filha, Carla esperava que um dia ela pudesse mudar, ou então teria que tomar a atitude mais difícil da sua vida, e dar a Lúcia uma verdadeira lição. Talvez desta forma ela se redimisse e pudesse se tornar uma mulher diferente. Mas será que isso seria realmente possível de acontecer? Poderia Lúcia se tornar uma pessoa melhor do que sempre foi? Ou estava realmente perdida para sempre nas suas atitudes egoístas e imaturas ? Às 15 horas em ponto Mariana e Elsa entraram no restaurante de Carla que ficou muito feliz quando as viu. - Meninas que pontualidade. Temos muito trabalho hoje. - Não se preocupe Tia Carla. A senhora sabe que trabalhar não é um problema para nós....- Elsa disse sorrindo e bem disposta como sempre. O trabalho correu melhor que o esperado. A família que reservou o espaço para o jantar apareceu na hora combinada, e o número de pessoas foi reduzido de 30 para 25. Apesar desta alteração de última hora,  Carla fez um óptimo trabalho, e o p*******o que recebeu foi bastante generoso. ********Actualmente*********** Mariana adorava o seu trabalho na Firma de Alexandre, mas mantinha pouco contacto com Bruno. Na verdade ela m*l o via, pois na maior parte das vezes ele ia directo para o tribunal. Mas foi em uma sexta-feira que ele estava na sua sala que tudo começou, e Bruno então notou de verdade a presença de Mariana na sua empresa. Ele a tinha visto algumas vezes, mas não a tinha olhado com atenção. Ele ouviu a voz de uma mulher no corredor e saiu para saber o que se passava. Mariana consolava uma mulher que estava mergulhada em lágrimas. As duas não perceberam a presença dele. - Senhora por favor se acalme está bem? Só a posso ajudar se me contar o que aconteceu? Porque chora tanto? A mulher então se acalmou. Aceitou a água que Mariana lhe ofereceu. - Está bem. Peço desculpas querida. Eu estou pronta para falar. -  E eu estou ouvindo. A mulher contou que estava divorciada à poucas semamas, e também que o seu ex - marido ficou com a custodia temporária da sua filha de 3 anos de idade. - Como ele conseguiu? - Ele alegou em tribunal que eu não sou uma boa mãe. Perdi o meu emprego por causa disso e estou morando com uma prima. - Entendo. A senhora precisa de provar ao juiz que tem capacidade e estabilidade para criar e educar a sua filha. - Sim. Eu sei disso. Mas, eu sei também que preciso de uma casa e um emprego. Caso contrário como a vou sustentar? Mariana sentou ao lado da mulher e disse com muita firmeza: - Não se preocupe Senhora Lídia. Em breve terá emprego, casa e ainda a custódia da sua filha. - Como assim? - Vou fazer algumas ligações e resolverei o assunto. Agora quero que a senhora volte para a casa de sua prima e espere a minha ligação. Lídia já mais calma levantou-se e agradeceu Mariana. Ela voltou à sua sala e ligou para a Tia. - Alô Mariana. - Olá Tia.  A senhora está ocupada? - Por enquanto não. O que houve filha? - Eu preciso de um favor. A vaga para de Pastelaria já foi preenchida? - Ainda não. Está difícil achar alguém com experiência na área. - Pois saiba que já encontrei alguém Tia. Eu venho falar pessoalmente com a senhora sobre isso. Por favor me espere ainda hoje. - Está bem querida. Até logo. Bruno estava impressionado. Ele voltou à sua sala e pensou pensando em como aquela mulher tão jovem daria solução a um caso que parecia tão complicado por envolver nele uma criança. Apesar de estar curioso.para saber mais, Bruno decidiu não interferir. Mariana foi contrata por possuir os requisitos necessários para a sua firma. Agora que lá estava, devia mostrar que realmente era capaz de fazer o seu trabalho, e provar que a sua contratação tinha sido uma decisão muito bem analisada. Ainda pensava nisso, quando alguém entrou em sua sala e viu Cora uma de suas colegas. - Olá Bruno. - Olá Cora. O que aconteceu? - Eu vim chamar você para o nosso almoço.  Estás pronto? - Lamento mas não irei hoje. Estou à espera de uma ligação particular do fórum. - Tudo bem. Eu tenho que ir agora. Até mais. Cora era apaixonada por Bruno desde que o viu em tribunal pela primeira vez. Mas ele nunca a olhou como mulher. Estava sempre ocupado demais para sair com ela, e em alguns momentos até deixava claro que era o seu Chefe e nunca passaria disso. Ainda assim, ela preferiu não desistir, mas de nada adiantou. Bruno rejeitava todas as mulheres que dele se aproximavam, e Cora percebeu que a única maneira de o manter por perto era como colega de trabalho e amigo. Afinal, o coração dele estava fechado por dentro, e apenas ele poderia voltar a abrir. Por outro lado, Mariana também saiu para o seu almoço. Encontrou Carla na cozinha dando orientações. - Olá Tia. - Mariana. Meu amor eu achei que vinhas apenas à noite. - Eu também. Mas o assunto é muito urgente. Foram ao escritório e Mariana contou tudo à sua Tia, ocultando detalhes por razões de ética profissional. - Meu amor. Sabes que sempre dei apoio às tuas decisões. É claro que darei o emprego a esta mulher. - Obrigada Tia. Mas por favor. No caso de alguém curioso perguntar, não digas que a recomendei. - Sabes que não faria isso. Queres almoçar? - Quero sim. Ainda preciso de ir ao fórum para tratar de alguns assuntos. Mariana estava mesmo diferente. Quem a via vestida de forma tão elegante, não podia imaginar que era tão jovem,excepto que já sabia quem ela era. Mariana mudou a sua forma de vestir, e percebeu que a sua profissão era realmente muito exigente em vários aspectos. Quando regressou do fórum para pegar alguns documentos no escritório, Mariana percebeu que havia mais alguém. Sem querer incomodar, foi até à sua sala, e quase desmaiou de susto ao ver um homem de costas olhando pela janela. Ela manteve a calma antes de falar. - Olá! Posso ajudar o Senhor? Bruno virou ao ouvir aquela voz doce e meiga. - Doutora Mariana? - Sim. Eu mesma. - Bem! Eu sou Bruno Alexandre. - Senhor Alexandre? Por favor me perdoe. Eu não o reconheci e.... - Não se preocupe. Sei que a senborita trabalha aqui a um ano, mas nunca tivemos uma conversa. - É verdade Senhor. Há algum problema com o meu trabalho? - Não. Pelo contrário. Até agora apenas ouvi boas coisas sobre si. Tem algum caso novo? - Tenho sim senhor. Estou vindo do fórum por causa dele. - Há dificuldades? Precisa de ajuda? - Por enquanto não Senhor. Mas agradeço a sua oferta. - Óptimo. Mas saiba desde já se precisar de ajuda, não hesite emme procurar. - Muito Obrigada Senhor Alexandre. Assim será....- Mariana sorriu de forma educada e o coração de Bruno acelerou. Já fazia muito tempo desde a última vez que sentiu seu coração acelerar por uma mulher. Mas Mariana não era uma mulher para ele. Ela era sua funcionária e colega de profissão. Controlando os seus pensamentos ele disse: - Lhe desejo uma boa tarde. Até amanhã Mariana. - Até amanhã Doutor. Alexandre. Quando Bruno saiu da sua sala, Mariana pegou água e bebeu de uma só vez. Rezou para que ele não tivesse percebido o quanto estava nervosa. Àquele homem além de lindo e atraente, tinha uma postura séria  e um olhar triste. Mariana percebeu de início que Bruno Alexandre não era tão mau comp diziam. Ele só tinha que ser compreendido e aceito de verdade. O que será que causou a tristeza presente no seu olhar? E porque será que ele não usava uma aliança, sendo um homem tão poderoso e atraente? Mariana decidiu que iria conhecer melhor o seu Chefe, mas faria tudo de forma subtil.
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