Introdução
VENENO- vai vagabunda entra logo -ele me empurra pela porta e caio no chão
Gabriela- para com isso por favor -falo chorando
VENENO- cala a p***a dessa boca você é meu p*******o e eu faço o que eu quiser -ele gritava enquanto me chutava
Gabriela- por favor, eu não posso pagar pela divida do meu irmão -falo com dificuldade
VENENO- vai pagar com a vida desgraçada, vocês acham que isso aqui é patifaria mas eu vou mostrar que eu não aceito que brinquem com a minha cara -fala furioso enquanto anda de um lado para o outro e eu apenas permaneço no chão sentindo uma dor forte sobre todo meu corpo
Meu irmão mais novo é um viciado, depois da morte da nossa mãe ele e meu pai se afundaram nas drogas, eu apenas sofri calada e continuei seguindo minha vida, meu pai desapareceu, ninguém sabe o que aconteceu com ele e eu tive que ficar com meu irmão e aguentar tudo isso sozinha, ele ta cada dia pior, as vezes passo dias sem ver ele porque ele fica jogado com os outros viciados pelos becos da comunidade se drogando, ontem ele chegou em casa desesperado, falando varias coisas sem nexo e eu sem entender nada tentei acalmá-lo
Gabriela- calma, fala devagar -seguro em seus braços fazendo ele prestar atenção em mim
Vagner- eu fiz uma merda muito grande -meu coração acelera -eu tinha uma divida enorme com o dono do morro e ele ameaçou me matar se eu não pagasse e como eu não tinha dinheiro eu ofereci você -sinto meu corpo gelar com aquelas palavras
Gabriela- você fez o que ? -pergunto incrédula
Vagner- me desculpa, eu falei na hora sem pensar e ele não respondeu nada, só disse que ia pensar e me mandou vir pra casa, eu sinto muito não foi minha intenção, eu falei da boca pra fora
Gabriela- da boca pra fora ? -dou uma risada -você me entregou pro pior homem do mundo como p*******o pelas suas drogas e me pede desculpas ? ta de brincadeira né Vagner, eu sou a unica pessoa que ainda se importa com você seu drogado i****a -grito com ele que apenas fica parado chorando, ando de um lado pro outro sem saber o que fazer -você vai resolver isso, vai voltar atras e vai dar seu jeito pra pagar essa divida -falo apontando o dedo pra ele que apenas concorda com a cabeça, subo pro meu quarto furiosa e decepcionada com meu irmão, como ele pode fazer isso comigo, deito na minha cama e choro igual uma criança, sinto tanta falta da minha mãe queria ela qui agora pra cuidar de mim, não sei como vou conseguir suportar essa vida sem ela, jogada chorando abraçada ao meu travesseiro pego no sono sem perceber em meio as lagrimas.
Acordo e já é de madrugada, escuto batidas na minha porta e vejo meu irmão passar por ela com uma cara nada boa, respiro fundo já imaginando o que vem pela frente, quando penso em perguntar o que aconteceu pra ele vejo uma sombra enorme surgir atras dele e caminhar na minha direção, era ele, o VENENO, dono do morro, ele é alto e muito musculoso, tem a pele bronzeada mas seu semblante é muito frio, não tem expressão apenas uma cara fechada que causa medo em todos, ele me olha serio sem dizer uma palavra e sinto meu corpo todo se arrepiar, parado na minha frente olhando fixamente nos meus olhos ele diz
VENENO- eu aceito -meu corpo treme, isso significa que ele me aceita como p*******o, então é isso, minha vida acabou eu vou morrer nas mãos desse homem, imediatamente lagrimas rolam pelo meu rosto, e ele continuar parado com os braços cruzados na sua postura de machão, ele me olha mais alguns segundo e vira saindo do meu quarto, meu irmão me olha com o semblante triste e apenas sai sem dizer uma palavra, como alguém pode ser tão r**m pra chegar a esse ponto, me cubro e abraço meu travesseiro, choro como se não houvesse amanha porque na verdade eu não sei se vai ter, entra o dia e eu permaneço deitada em minha cama imaginando tudo que aquele homem c***l pode fazer comigo, eu só queria arrumar um jeito de fugir disso tudo e ir pra bem longe e me salvar dessa enrascada que meu irmão, meu próprio sangue a unica família que me restou me enfiou, olho pra janela e vejo o sol nascendo, fico imaginando o que vai acontecer agora e resolvo me levantar, caminho ate o banheiro e faço minhas higienes, saio e vou ate a cozinha hidratar porque sequei toda água do meu corpo chorando essa madrugada
Vagner- Bi -Vagner me chama pelo apelido que ele botou em mim quando era bem pequenininho, sinto meus olhos encerem de lagrimas novamente e me viro encarando ele
Gabriela- oi -respondo seca
Vagner- me desculpa, de verdade -fala com a cabeça baixa
Gabriela- eu nunca vou te perdoar por isso, nunca -passo por ele na intenção de ir pro meu quarto
Vagner- ele falou que em meia hora vai passar pra te buscar -paro de andar e sinto minhas pernas amolecerem, meu coração errar as batidas e minha respiração ficar descompassada, não respondo nada, apenas sigo pro meu quarto pra esperar o meu novo dono chegar, não consigo segurar e volto a chorar igual uma criança.