TERROR NARRANDO
Vivo em uma comunidade na qual eu sou dono, “Complexo do Alemão” localizado aqui no Rio de Janeiro. Assumir o comando quando tinha 16 anos, sim eu assumir porque o antigo dono foi assassinado em um dos confrontos com a polícia que teve aqui na comunidade. Lutei muito para ganhar o respeito de cada família que mora nessa comunidade, antes aqui era um caos, parecia que nunca teriam paz ou felicidade, as escola da comunidade estava caindo aos pedaços, e o dono nunca ligou para arrumar tudo, e da seguranças a criançada que aqui vive, como também o postinho daqui não tinha médicos, m*l tinha enfermeiros, maqueiros e etc… hoje olhando por cima, tudo hoje está prosperando, hoje temos conforto em nossas escolas, postinho, temos até mais seguranças do que no passado, os valores antigos estavam caindo fora, porque o dono não dava assistência alguma e ainda tocava o terrorismo aqui dentro. Hoje em dia em cada beco da comunidade temos mais seguranças, antes os becos não tinham seguranças e muitas das mulheres que vivem aqui e outras que se foram, ou foi mor’ta ou estu’pradas. E se tem uma coisa que eu sinto asco, é esses caras que bancam de estu’pradores, e se acho o macho alfa, mas aqui na minha quebrada sou eu que digo as regras, e se isso acontecer ele vai morrer da pior forma possível, darei o melhor estu’pro para ele, ele sentirá na pele o que é passar o que as mulheres passam.
Não digo que sou santo, porque eu garanto que santo eu não sou nem um pouco, se mulher querer se crescer pra cima de mim, ou até mesmo levantar a voz para mim, eu vou bater nela, independente se é ou não mulher. Elas se envolvem comigo sabendo do perigo, não sou obrigado a baixar a cabeça para mulher, elas que tem que baixar pra mim. Eu sou o Homem, então sim elas tem que me respeitar. A única que ainda poderia fazer eu baixar a cabeça era a minha mãe, mas ela morreu, então não tem essa de querer que eu baixe a cabeça para qualquer uma, tiro a excessão da minha irmã, a minha pequena, eu a protejo de tudo e de todos, se ela me grita eu a grito de volta, ela só nunca chegou a querer me enfrentar, mas se esse dia chegar, eu vou ensinar ela a como se fala comigo!
Bom agora vou falar um pouco sobre a minha pequena, eu morava com minha avó aqui mesmo na comunidade, quando a minha mãe sumiu no mundo, como já era de costume, ela sempre ia embora e voltava anos depois, e foi exatamente isso que aconteceu, aos meus 8 anos, minha mãe apareceu com minha irmã, ela tinha apenas 1 aninho de idade, e quando eu vi ela, fiquei completamente encantado com aquela gorducha que ela era, tão branquinha dos cabelos loiros e as esmeraldas em formato de olho, minha mãe trouxe para que minha avó pudesse cuidar dela também, assim como ela cuidava de mim, só que minha avó já estava em idade avançada e não podia fazer muito, então eu me responsabilizei em tomar conta dela junto com minha avó, mas quem diria né, uma criança de 8 anos criando uma outra criança de 1 ano, mas as coisas são feitas e decididas por Deus. Assim que minha mãe viu que estávamos em segurança e com conforto da minha avó, ela resolveu ir embora, mas antes que ela pudesse ir embora novamente, o meu pai apareceu na porta da minha avó, e deu um tiro na cabeça da minha mãe, e um tiro na dele, até hoje nunca entende bem o que aconteceu, mas eu acho que algo muito grave deve ter acontecido para ele ter agido dessa maneira. Minha pequena não lembra nada do que aconteceu, e isso é um alívio, pois eu contei para ela, que eles morreram em um acidente de carro. E isso é até bom, porque pelo menos ela não tentaria recordar da tragédia ocorrida na minha frente e da minha avó. Depois que enterramos a nossa mãe, minha avó ficou muito m*l, porque ela era a única filha que ela tinha, e 3 anos depois ela veio a falecer, e eu tive que me virar para conseguir me alimentar e alimentar a minha irmã, então comecei por aqui mesmo na comunidade, como um simples aviãozinho, e fui subindo de cargo, 4 anos depois eu já era subdono do morro, sim um adolescente era quase dono do morro. Dois anos depois a polícia invadiu a comunidade, e em uma dessas batidas o Espingarda morreu, sim esse era seu Vulgo. E sim, aos meus 16 anos, eu já era o dono disso tudo aqui.
Estou aqui perdidos em meus pensamentos enquanto vou organizando toda a papelada aqui na boca, todos estão trabalhando, e estamos lucrando muito, sei que se um dia eu for abatido, minha irmã ficará bem estruturado, pois todo dinheiro que sobra, jogo tudo na sua conta, como ela não tem envolvimento com o crime, então ela passa batida, e ninguém desconfiaria. Sem contar que depois que eu acabar tudo aqui, irei para casa e conversarei com ela, sobre os preparativos do Baile, sim ela que organiza essas coisas, no começo eu não queria muito, mas depois que ela organizou o primeiro e ficou fo’da pra cara’lho, não quis mais organizar e deixei tudo com ela, pelo menos essa parte. Quando tô quase acabando de deixar tudo organizado, o Menor e Grego adentram minha sala, sem bater, e se jogam no sofá.
Terror: Enfiaram a mão na casa do cara’lho foi? - digo irritado.
Menor: Cara, tá muito estressado, vai comer uma buce’ta, isso é falta? - diz rindo.
Grego: É cara, tá muito estressado.
Terror: Estressado vou ficar se não aprenderem a bater nessa por’ra. - encaro eles, enquanto eles riem.
Grego: Que m’al humor meu Deus. - fala ainda rindo.
Menor: Aí cara, você sabe que acabei de fazer os corres, e vim aqui te avisar. - diz sério.
Terror: Não estou de m’al humor Grego, vocês sabem que odeio que entrem sem bater. E menor, ficou algum playboy devendo? - pergunto o encarando.
Menor: Cara, ficou uns devendo, disse que não tinha e ia arrumar o mais rápido possível. Apesar que são dívidas grandes. - diz desconfiado.
Grego: Essas dívidas já tem umas semanas que só crescem e não fazem nada para isso parar. - alerta-o.
Menor: Mas cara que culpa tenho se esses caras do asfalto vem comprar em vários lugar diferente? Eu vou e cobro, agora se não quer pagar, cabe ao dono ir lá e resolver da melhor forma. - fala irritado.
Terror: Hoje não vou poder ir resolver esses b.o, estou já acabando aqui e vou subir para minha goma, tô na larica já. E vou aproveitar que minha irmã já deve tá em casa, e comer a deliciosa comida que ela sabe fazer.
Menor: Saudades da comida daquela guria, só tem 16 anos, e já faz uma comida que da surra em muitos restaurantes por aí viu. - fala sorrindo.
Grego: Verdade pow, sua irmã cozinha demais. - afirma passando a mão na barriga.
Terror: Vocês amam encher a barriga nas casas alheias hein, nunca vi. - digo irritado.
Menor: Bom, tô indo nessa, vou ali no bar da Dona Marlene, comer porque já vi que não vai me convidar. - diz rindo e logo vai se saindo.
Grego: É também vou partindo, tô brocado de fome. Valeu ai irmão. - faz toque comigo e logo se sai.
Acabo de organizar a papelada, guardo tudo no cofre, pego minha arma encima da mesa coloco na cintura, pego meu celular e coloco no bolso e vou saindo da minha sala, tranco a mesma e vou caminhando para fora da boca, assim que saiu, os vapor tudo me cumprimentam, aceno com a cabeça e caminho até minha moto, Kawasaki ZX10 branca, subo em cima da mesma, dou partida e saiu dirigindo a mesma em alta velocidade até chegar a minha casa. Assim que já estou perto de chegar, um dos vapor abre o portão e eu entro diretamente para a garagem, quando já estou dentro, desligo a moto e saiu de cima, vou caminhando até a porta que dá acesso dentro de casa, abro a mesma e adentro, e como esperado, sinto o aroma da comida por toda a casa, caminho mais um pouco e como previsto, vejo-a jogada sobre o sofá da sala, assistindo filme. Vou caminhando na ponta dos pés, e sem que ela perceba, me abaixo e deposito um beijo na sua testa, e ela olha pra cima e ver que sou eu, ela abre um enorme sorriso e se levanta do sofá e me abraça forte, e deposita um beijo na minha bochecha, sorrio com o seu gesto e logo ela se afasta e ouço-a falar com aquela voz doce dela.
Nadie: Oi maninho, como foi seu dia? - ela sorri enquanto me analisa.
Terror: Foi bem cansativo e estressando minha pequena, mas já está tudo nos conforme, vim comer e passar um pouco de tempo com você. - sorrio enquanto falo.
Nadie: Que bom que já está tudo bem de novo. Mas as vezes os dias estressante podem nos fazer chegar em casa mais cedo, como foi seu caso. - ela sorrir enquanto fala. - Mas vamos comer, que eu estava te esperando, estou morrendo de fome.
Ela segura em minha mão e sai me arrastando para a cozinha, assim que chegamos na cozinha, ela solta minha mão, e vou até a ilha que tem no meio da cozinha e me sento em uma cadeira, esperando que ela me sirva. Como já esperado, ela sai montando meu prato, e depois que já coloca tudo, ela traz pra mim, e volta a se servir, ela montou meu prato com: Strogonoff de frango, purê de batata, batata palha, arroz, vinagrete e um pedaço de panqueca de frango. Percebo que ela já tinha se servido, e voltou para geladeira e foi buscar o suco de laranja para gente, ela bem com a jarra de suco e dois copos, assim que ela chega na ilha ela coloca os copos na mesma e serve nosso suco, começamos a comer em silêncio, não um silêncio desconfortável, mas um silêncio legal, vez ou outra a gente trocava algumas ideias sobre o baile. E assim foi o nosso jantar, quando acabamos ajudei ela a lavar os pratos sujos e formos assistir “Velozes e Furiosos 9,” ficamos ali assistindo até que ela pega no sono. Assim que percebo que ela tá dormindo, pego ela com cuidado no colo, e a levo para o seu quarto, colocando-a deitada na sua cama, cubro ela, apago as luzes, ligo o ar e saiu do seu quarto, vou até o meu quarto e já caminho diretamente para o banheiro. Assim que adentro no mesmo, tiro minha roupa colocando no cesto de roupas sujas, e entro no box, ligo a ducha e começo a tomar meu banho, se passa alguns minutos e acabo o mesmo. Saiu do box, pego a toalha, me enrolo na mesma e vou até a pia, faço minhas higienes, e depois que termino saiu do banheiro e vou até o closet, pego uma cueca box preta e a visto, me jogo na cama, ligo o ar fico alguns minutos pensando em várias coisas, e assim acabo dormindo.