A partida de Toty

1469 Words
Pov. Narrador De dentro da jaula de madeira o lobo que havia sido preso pelo clã de Dyra observava em todas as direções a procura de uma saída ,mesmo estando cercado de raposas que o vigiavam o lobo não se dava por vencido e tentava encontrar maneiras de sair dali pois sabia que se continuasse ali poderia ter o mesmo destino do lince e do raposo que haviam sido sacrificados para os deuses da tribo. O mesmo lobo estava enjaulado com um raposo preto de sete anos de idade e a jaula ficava em frente aos dois altares do sacrifício e os dois assistiram tudo O raposo estava traumatizado e não reagia quando o lobo lhe dirigia a palavra O raposo só ascenava com a cabeça um sim ou um não quando o lobo lhe dizia algo - Escuta garoto ,a gente não pode continuar aqui ,temos que trabalhar juntos para sairmos daqui - disse o lobo para o raposo - Garoto ! - disse o lobo susurrando um pouco alto - Sim ! - disse o raposo todo se tremendo tendo flashbacks do raposo sendo estripado - Você tá mijando ? - Perguntou o lobo vendo o raposo se mijar de medo de novo. - Não ! - disse o raposo em choque negando tudo O lobo olhou em volta e a festa estava rolando com algumas raposas enxendo a cara com bebidas ou fumando ervas e cogumelos. - Quando eles baixarem a guarda a gente foge daqui - disse o lobo. - Eu não quero morrer ! - disse o raposo com os olhos arregalados enquanto via em direção aos altares do sacrifício O raposo não sabia se sentia mais medo de ficar ali e ser sacrificado ou estar preso em uma jaula com um lobo sendo que raposas e lobos eram rivais. - Você não vai morrer ! Nós vamos escapar daqui ! - disse o lobo Na mesma hora que o lobo pronunciou aquelas palavras uma trombeta tocou e a segunda etapa do ritual ia começar com a raposa feiticeira pronunciando algumas palavras inteligíveis. - Ah não ! - Pensou o lobo percebendo o que ia acontecer a seguir Quatro raposas com armaduras enfeitadas de esqueleto se aproximaram dos altares com os corpos mortos levando consigo lâminas de pedras afiadas. A raposa feiticeira invocava os deuses e levantava as mãos para cima enquanto pronunciava palavras inteligíveis e o grupo das raposas armadas com facas afiadas começavam a esfaquear os corpos lhe arrancando o coro O lobo sentiu seu sangue gelar e o raposo ficou ainda mais em choque enquanto via o lince morto ter a sua pele tirada - Pena que a cabeça foi cortada - Dará um lindo cobertor - Tão bom quanto pele de lobo - dizia algumas vozes susurrando no meio da multidão. - Eu não quero morrer ! - disse o raposo preto com os olhos arregalados - Não ! Eu não quero ! - Gritou o raposo pegando nas grades de madeira - Socorro ! - gritou o raposo bem alto enquanto começava a chorar. Enquanto o raposo gritava algumas raposas como o raposo que levava um porrete na mão começavam a sorrir. - Calma vai ficar tudo bem - dizia o lobo tentando acalmar o raposo mesmo estando desesperado - Eu não quero morrer ! - gritava o raposo dando murros nas grades de madeira. - Você tá chamando a atenção deles disse o lobo pegando o raposo pelo pescoço - Eu não quero morrer , quero sair daqui ! - gritava o raposo vendo o coro dos dois prisioneiros serem retirados. - Me escuta - gritou o lobo balançando o raposo - Se você continuar gritando você vai chamar a atenção deles e nós não vamos sair daqui ! - disse o lobo bravo e susurrando baixinho. O lobo tentava acalmar o raposo e como não estava funcionando ele deu dois cascudos no raposo para ver se ele se acalmava. - Agora aja naturalmente e finja que está dormindo - disse o lobo - Mas como a gente vai sair daqui ? - Perguntou o raposo - Só segue o plano - disse o lobo um tanto sério - Vou tentar - disse o raposo olhando para a direção dos altares - Não olhe para lá ! - disse o lobo lhe dando um t**a no rosto do raposo - Credo ! - disse o lobo virando a cara e começando a vomitar depois de ter visto toda a pele do raposo sacrificado até a cintura ser retirado e ficar só a carne viva O lobo vomitou tudo e mesmo depois ainda teve ânsia de vômito. - Não olhe para lá ! - disse o lobo para o raposo. - Eu disse para você não olhar ! - disse o lobo mas era tarde demais e o raposo havia olhado o corpo só a carne viva O raposo sentiu suas pernas ficarem bambas e acabou desmaiando. - Raposo ! Raposo ! - disse o lobo tentando o acordar o lobo pós a cabeça do raposo sobre as pernas e deu alguns tapas no rosto do rapaz para ver se ele ia acordar. O raposo sonolento começou a acordar e o lobo apenas disse - Continue dormindo e não abra os olhos. Enquanto o lobo enjaulado junto com o raposo pensava em uma maneira de escapar dali o Clã de toty estava prestando homenagens aos lobos mortos há 17 anos no passado Os lobos estavam levando oferendas para um altar era pouco mas aquilo era uma forma de agradecer seus ancestrais por eles haverem sobrevivido e por o clã está crescendo de novo. O altar era uma pedra reta em cima e ficava em uma parede de pedra cheio de desenhos pintados a mão Era uma honra levar as oferendas até o altar e rezar para os deuses mas os dois lobos que faziam tais oferendas era os dois mesmos lobos que haviam conseguido escapar com vida da aldeia de Atora  As oferendas estavam sendo feitas por uma loba cinzenta uma das que nasceram depois que o grupo começou a se recuperar. O lobo preto sentiu um pouco de ciúmes por aquela tarefa está sendo feita por uma mulher já que os rituais eram feitos por homens. Os sacrifícios foram postos sobre o altar e depois foram incendiados enquanto a loba agradecia aos deuses de seus ancestrais e o fogo consumia tudo não sobrando nada a não ser cinzas - Juro por todos os que morreram que Atora nós pagará muito caro - disse o tio de Toty enquanto o lobo preto o escutava. - Esse dia vai chegar - disse o lobo preto. Toty havia saído do rio todo molhado toty então começou a balançar o pelo fazendo toda a água acumulada sair do seu corpo e no proscesso jogou água para todos os lados Taboo que estava escondida atrás de uma árvore se molhou um pouco com a água. Toty voltou para a aldeia e viu todos com suas famílias e unidos e se sentiu um pouco triste por não ter ninguém, ele vinha tendo esses sentimentos de tristeza há vários anos e uma ideia ficava tocando na sua cabeça a de ir embora dali. Toty foi para a montanha e lá de cima ficava observando tudo sem saber o que fazer com a tristeza que o consumia por dentro enquanto Taboo o observava sem ele saber Toty pensou em partir sem olhar para trás pois sabia que seria dolorido se despedir de sua mãe , ele pensou em ir embora sem que ninguém visse No dia seguinte toty falava com Tora que teria que partir porque seu lugar não era mais ali Taboo observava os dois ao longe eles estavam conversando mas a conversa estáva estranha. - Diga para minha mãe que amo muito ela e vou sentir muito a falta dela - disse Toty a Tora. - De isso a ela - disse toty entregando um colar para Tora entregar para sua mãe para servir como lembrança Taboo esperou que Toty se afastasse mais um pouco para ir até Tora - O que ele está fazendo? - Perguntou Taboo vendo que Toty estava indo embora - Eu tentei fazer ele ficar mas ele não quis ele disse que tem que ir embora porque o lugar dele não e mais aqui ? - Ele não pode sair por aí sozinho - disse Taboo. - Eu não consegui convencer ele , não há nada que possamos fazer - ele e um lobo e ele só quer ter a família dele - vou sentir muito a falta dele como um irmão - disse Tora Taboo observava Toty ir lentamente desaparecendo no horizonte ficando só um pontinho cinza e na mesma hora pensou em ir atrás do lobo.
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