Era tarde da noite quando batidas fortes ecoaram na pequena casa de Sasha, a fiel empregada da família Salermo. O silêncio da noite fria foi rompido pelo som inesperado, e ela, sem hesitar, levantou-se, apertando o xale em torno de seus ombros para se proteger do vento gelado que se insinuava pela porta. Ao abrir a porta, o choque fez suas pernas tremerem. Diante dela, estava Naila, sua filha. A mulher que há muitos anos havia abandonado não só o marido, Remo, mas também sua pequena filha, Melinda. Sasha, uma mulher forte, sentiu o peito apertar. Aquela era a mesma Naila, mas ao mesmo tempo, não era. O tempo havia mudado sua filha, e não de uma forma boa. — O que está fazendo aqui? — perguntou Sasha, com a voz firme, mas carregada de uma raiva contida. — Você não deveria estar aqui. Nai