Agnes segurava as páginas amareladas nas mãos, o papel desgastado e frágil sob seus dedos, como se aquele pedaço de história guardasse mais do que apenas nomes e datas. As letras desbotadas formavam uma linha tênue de esperança e dor, revelando um caminho que ela jamais imaginara percorrer. O endereço do orfanato era claro, mesmo que o tempo houvesse apagado muito da tinta. Com um olhar sofrido, ela se virou para Remo. — Você me leva até lá, querido? — perguntou Agnes, a voz trêmula, mas o olhar firme. Remo concordou. Ele sabia o quanto aquilo significava para a avó, e sem perder tempo, os dois partiram. O caminho foi silencioso, uma tensão familiar preenchendo o ar. Quando chegaram ao local, no entanto, Agnes ficou parada em choque. O que antes fora o orfanato estava agora substituído p