Rômulo estava parado, os braços cruzados, observando Antony balançar na corda sobre o fosso de cobras. A cena era quase absurda: um homem que já tinha causado tanto sofrimento agora pendia como um pêndulo sobre as cobras, acordando e desmaiando repetidas vezes. De tempos em tempos, ele abria os olhos, via as cobras se movendo abaixo e soltava um grito desesperado, para logo depois perder a consciência novamente. – Eu me pergunto – comentou Rômulo com um meio sorriso – por que homens como ele, tão violentos, tão valentes contra mulheres e crianças, são sempre os primeiros a desmoronar diante de uma cobra? Uma simples cobrinha? Laurence e Laus estavam ao lado, rindo discretamente enquanto assistiam Antony tentar desesperadamente se afastar da visão das serpentes abaixo. Antony fez um esfor