Antony estava trancado em seu quarto do pânico, no prédio de suas empresas. A penumbra do ambiente refletia o caos que tomava conta de sua mente. A cada segundo que passava, o silêncio ameaçava sufocá-lo. Era ele, apenas ele, rodeado por pilhas de mantimentos, caixas de água, e monitores que exibiam todas as câmeras ao redor da propriedade. A segurança de um esconderijo planejado para ser inviolável não o tranquilizava; pelo contrário, alimentava suas paranoias. As vozes em sua mente começaram como um sussurro, mas agora tornavam-se gritos acusadores que reverberavam em seus ouvidos. Ele olhava para os monitores e, a cada tela vazia, uma onda de raiva e desespero o invadia. Sua mente era um campo de batalha, onde memórias, promessas e ódio se misturavam, formando um vendaval de pensamento