Fauna encostou-se à porta da estufa, o coração ainda acelerado pelo susto de ver o homem acordado. Ela o observava, deitado em suas cobertas improvisadas, o rosto suado e pálido, mas seus olhos agora brilhavam com mais vida. A noite estava silenciosa, e a única luz vinha do pequeno lampião que Fauna havia trazido. — Eu trouxe comida — ela disse, tentando manter a calma. — É só um caldo, mas vai ajudar a recuperar suas forças. Ela se aproximou devagar, ajoelhando-se ao lado dele. Com cuidado, ajudou o homem a se sentar um pouco, apoiando suas costas em algumas almofadas. Ele estava fraco, mas cooperou, seus olhos não desviando dos dela. — Você vai me envenenar também? — ele perguntou, a voz rouca e cheia de desconfiança, mas com uma pitada de ironia. Fauna deu um pequeno sorriso, tentan