Naila, sentada em um quarto barato de hotel, olhava fixamente para o telefone em suas mãos, hesitando por um momento antes de discar o número. Seus dedos tremiam levemente, enquanto o som dos toques ecoava no pequeno cômodo. Ela sabia que a conversa não seria agradável, mas não tinha outra escolha.
A voz do outro lado da linha atendeu fria e impessoal.
— O que foi agora, Naila? — o homem perguntou com desdém.
— Eu... eu fui expulsa da fazenda Salermo — ela gaguejou, tentando manter a compostura.
— Claro que foi — a voz respondeu com um sarcasmo cortante. — Você realmente achou que eles iriam te receber de braços abertos depois de tudo o que fez?
Naila sentiu o peito apertar, as palavras dele perfurando como facas. Ela fechou os olhos, tentando segurar as lágrimas. O sentimento de humi
