Capítulo 1
O livro contém alguns gatilhos como: violência, assédio s****l, crise de identidade, humilhação pública, entre outros. Romance gay 18+ com cenas explícitas de s*xo entre homens. Se não gosta, não leia!
Capítulo sem correção e sujeito à modificações e substituições das palavras censuradas.
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Cavaleiro de Dragão...
Era o sonho de todo garoto entrar para o exército ou para a guarda real. E era motivo de orgulho para todos os pais quando seus filhos e filhas passavam no exame.
Todos os anos, meninos e meninas de todos os vilarejos e cidades iam até a capital prestar um exame no coliseu real. Mostrar seu valor diante dos dragões e ser escolhido por um, era a maior realização possível e dependendo do seu desempenho, você era escolhido a dedo pelo príncipe guerreiro.
Victor não era diferente de nenhum desses garotos. Orfão e morador de um pequeno vilarejo sobre os cuidados de um padre, o pequeno garoto tivera poucos contatos com aquelas feras enormes, mas mesmo assim, seu sonho era montar num dragão e ser chamado de cavaleiro ao usar uma bela armadura reluzente.
Alguns anos se passaram e Victor via vários de seus amigos indo até a capital e voltando sem obter sucesso no exame e isso o desmotivou um pouco. Foi aí que um cavaleiro de dragão caiu perto do riacho na qual ele estava se banhando.
O homem estava bastante ferido e o seu dragão descontrolado. Rugia ferozmente, batia as asas com certa brutalidade e tentava de todas as formas atacar o seu cavaleiro.
Mesmo temeroso, Victor correu até onde eles estavam e se pôs diante do dragão. Ele começou a falar com ele e depois de alguns minutos de diálogo, o dragão bufou e virou-se de costas para o seu cavaleiro em uma forma infantil de pedir desculpas.
O homem ferido chamava-se Desmond e ele encorajou o garoto dizendo que o mesmo tinha muito potencial, e que se um dia ele fosse fazer o exame na capital, perguntasse por ele para os guardas pois gostaria de se encontrar com ele de novo.
Victor correu até o seu vilarejo e contou para seus amigos o que tinha acontecido, mas tudo que eles fizeram foi rir e zombar dele por mentir daquela forma.
Mas Victor não ia desistir, não depois do que Desmond falou. Se ele tinha uma chance, iria agarrá-la com todas as forças e faria o exame independente de quantas vezes fossem necessárias para ele passar no teste.
...
Agora com dezessete anos, Lucas se dirigia a capital com seus amigos do vilarejo, todos em busca de seus sonhos.
Foram com ele a Júlia, Mateus, James, Karol e Karl. E como responsável pelas crianças, foi a freira Emilly.
Como a aparência de Victor era um tanto quanto peculiar, o padre insistiu que ele pintasse o cabelo e vestisse roupas mais largas e assim o garoto o fez.
Ao chegarem na capital, eles ficaram hospedados em um hotel próprio para os viajantes que iriam prestar o exame. Victor encontrou diversos tipos de pessoas por lá.
Muitos eram nobres e a minoria era de pessoas vindas dos vilarejos. Eles teriam que descansar da viajem para no dia seguinte estarem prontos para o teste e assim eles fizeram.
No dia seguinte, todos partiram e deixaram Victor para trás. A verdade é que ninguém se importava com ele, nem mesmo a freira que fora instruída pelo padre a tomar conta do garoto da melhor forma possível.
O garoto acabou ficando dormindo e foi despertado por uma empregada que iria limpar o quarto. Victor levantou nas pressas e vestiu-se rapidamente.
Como não sabia o caminho, tudo ficou ainda mais complicado, mas por sorte, ele conseguiu chegar a tempo e entregar a sua fixa de inscrição.
Havia uma enorme quantidade de pessoas dentro do coliseu e isso deixou Victor sufocado por não ter costume de estar em meio a tanta gente.
Ele avistou Karl paquerando uma garota e foi até ele para não se perder, mas foi simplesmente ignorado pelo outro e deixado para trás.
Uma garota de cabelos loiros se aproximou dele e ambos começaram a conversar. Ela também era de um vilarejo e havia se perdido de seus companheiros.
-Façam silêncio! _um guarda gritou anunciando a chegada do príncipe.
Um homem de vinte anos entrou com uma coroa e uma linda armadura prateada. Seus cabelos eram negros e seus olhos extremamente azuis. Por um breve segundo, os olhos de Victor e os dele se encontraram, mas a conexão foi quebrada quando um grito no meio da multidão foi ouvido.
-Você não pode ficar aqui! _um guarda gritou puxando uma garota pelo braço.
-Me solta seu troglodita! _a menina começou a espernear e todos já podiam ver uma veia saltando na testa do príncipe.
-Mas princesa, esse lugar não é para você! Vamos, saia! _implorou com medo de ser repreendido.
-Eu não vim fazer o exame, só quero ver meus amigos de perto! _gritou puxando o braço da mão do homem.
-Você pode ver lá da área real, assim como seu primo! _propôs, mas a garota era muito teimosa.
Victor ficou olhando para ela e percebeu que ela era a garota com quem Karl estava conversando. Ela olhou para ele e correu se jogando em seus braços.
Karl ficou envergonhado com a enorme atenção que recebia, mas ele não iria fazer papel de bobo na frente dos outros.
Ele se pôs diante do guarda e ameaçou matar ele caso chegasse perto da garota, mas foi chutado para longe pelo homem brutamontes.
-Merda! _a garota olhou para Victor e correu até ele. O garoto até tentou desviar, mas se fizesse isso, a garota iria cair de cara no chão.
-Solte a princesa, seu imundo! _o guarda rosnou.
-Primeiramente, não é só porque você é um guarda que tem o direito de me chamar de imundo e segundo, é ela quem está me agarrando e não eu. _falou levantando os braços e mostrando que a garota é quem estava abraçando-o.
-Princesa! Solte já esse lixo e volte para a área real! _implorou.
-Você não manda em mi-.. _a garota foi interrompida pela mão de Victor em seus braços.
-Você é uma princesa e deveria se portar como uma. Esse homem está fazendo o trabalho dele e você deveria fazer o seu, não sair por aí fazendo birra e se agarrando a pessoas desconhecidas. _falou com uma voz branda.
A princesa bufou e assentiu. Ela sabia que o garoto estava certo, mas ela não gostava de ter que ser colocada como superior aos outros.
Depois que a confusão se acalmou, o príncipe respirou fundo e anunciou o início dos exames.
-Eu sou o príncipe Matteu e irei julgar os seus potenciais. _falou enquanto os outros guardas liberavam os dragões.
-Que comece o show! _um guarda gritou eufórico vendo algumas garotas correndo com medo dos enormes animais.
...
Um a um foi entrando no centro do coliseu para tentar fazer um contrato com os dragões.
O teste consistia em chamar os dragões e ver qual deles iria responder ao seu chamado. Tinha algumas pessoas que conseguiam mais do que um, outras conseguiam os dragões de alto nível e assim por diante.
Karl havia conseguido um dragão branco. Eles eram dragões de alto nível e por causa disso, Karl foi escolhido pelo príncipe para fazer parte da guarda real.
Depois dele era a vez de Victor, e por causa disso, ele zombou do garoto órfão enquanto ele ia para o local dos testes. Uma enorme onda de vaias se fez presente no local.
Victor estava com cabelos castanhos e roupas simples e rasgadas, sendo assim, não passava de um inútil na visão dos outros; mas ele não iria se deixar abalar por isso.
Ele respirou fundo e chamou os dragões ao recitar o mantra necessário. Nenhum dragão se moveu. Na verdade, nenhum dragão havia prestado atenção nele e isso fez com que o público risse.
Cinco minutos se passaram e nenhum dragão se aproximou. Victor suava frio ao pensar em voltar para o vilarejo derrotado.
-Próximo! _um guarda gritou tentando retirar o garoto do coliseu.
Foi então que da enorme montanha de dragões, um filhotinho vermelho saiu de lá. Ele correu até Victor e lançou-se sobre ele abraçando-o e lambendo o seu rosto.
Todos acharam a cena um tanto quanto fofa, mas infelizmente, aquilo não iria resultar em nada, pois dragões vermelhos eram os mais comuns e um filhote não era algo digno para entrar no exército.
Pelo menos Victor ia poder ficar com ele e treiná-lo para se tornar um grande e forte dragão. Quando ele virou-se para ir embora, um grito feminino ecoou pelo coliseu, juntamente com um rugido.
Todos os presentes olharam na direção e se espantaram ao ver uma das primeiras concorrentes tendo dificuldades em se manter sentada no dragão que a escolhera.
Ele estava agitado e furioso. Sacudia-se intensamente tentando derrubar a garota.
Em uma dessas tentativas, ele jogou-a no ar a uma altura absurda que causaria a morte quando atingisse o chão.
Victor largou o dragão que segurava e correu em direção a um dragão dourado que estava separado dos demais. Ele subiu em cima dele correndo por suas longas escamas.
Assim que chegou na cabeça dele, arremessou-se no ar e pegou a garota em seus braços. A plateia não emitia nenhum som e mantinha a respiração presa ao ver o garoto indo ao chão junto a menina.
Os dois rolaram e foram socorridos por magos de cura que estavam de plantão. A menina apenas estava assustada e com alguns arranhões, já Victor tinha alguns cortes causados pelo impacto contra o chão e suas roupas estavam meladas de sangue.
Depois de ser tratado, ele foi até seu dragãozinho e o pegou no colo saindo do coliseu. Antes de chegar no portão, ouviu a voz do príncipe chamando-o.
-Você pode não ter sido escolhido por um grande dragão, mas se mostrou um garoto ágil, forte e prestativo. Quero que você entre para o meu esquadrão pessoal, mas... como o carregador de armas. _explicou.
Todos começaram a rir do garoto. Ser um carregador de armas era a mesma coisa de ser um escravo pessoal do príncipe.
Karl sentia seu estômago contrair com o que ouvira. O garoto era tão inútil que iria ser um cachorro do príncipe correndo para onde ele for e levando suas bagagens.
-Eu aceito! _falou mesmo tendo total conhecimento sobre o que iria ser obrigado a fazer, mas ele se recusava a voltar para o vilarejo de mãos abanando.
Ele iria tentar mostrar seu valor de todas as formas, até ser reconhecido e se tornar um cavaleiro de dragão, afinal, Desmond havia dito que ele tinha potencial.
-Qual o seu nome, garoto? _o príncipe questionou.
-Me chamo Victor, senhor! É um prazer servi-lo. _fez referência.
-Me chame de Arthur. _propôs. _Agora, venha para a área real comigo. Você vai ser o meu braço direito. _saiu de lá arrastando o garoto pelo braço deixando todos ali presentes de queixo caído. Inclusive Karl que ao ver a cena, se calou com inveja.
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