02 ANA JULIA

1548 Words
ANA JULIA NARRANDO Eu não sei o quanto um ser humano pode sofrer sem desmoronar. Sem tentar acabar com a própria vida, ou pedir pra que alguém faça isso. Eu me chamo Ana Julia e, a um mês eu completei 20 anos. Sou branquinha do cabelo castanho médio e ele vai até a metade das minhas cotas. Sou magrinha, mais não tenho o corpo malhado ou perfeito de panicat não. Tenho pernas, b***a e s***s médios e minha barriga não é chapada não. Quando eu sento tem uns pneus de bicicleta. Kkk. Quem me vê rindo assim não pensa que nesse momento estou enterrando a minha mãe. Deixa eu começar do inicio pra que vocês possam etender. Meus pais sempre foram pessoas simples. Sempre trabalharam pra termos uma casa pra morar e, comida pra comer. Nunca tivemos luxo, mas nunca vivemos no lixo. Tínhamos o necessário e o suficiente pra sobreviver e vivermos bem e, felizes. Nasci e fui criada em são Paulo. Morávamos em um bairro simples na cidade de Osasco. La eu cresci e fiz amizades. Foi aonde eu descobrir o que é ter amigos, descobri meu primeiro amor. foi aonde dei meu primeiro beijo e quase perdi a minha virgindade. Nesse estado, nessa cidade no bairro jardim das bandeira, foi aonde eu conheci o que é a vida e o como é viver com pouco, mas feliz. Quando eu completei 14 anos meu pai perdeu o emprego. Na verdade a empresa o mandou embora porque ele a colocou na justiça. Meu pai trabalhava com produtos químico em uma empresa que fazia produtos de limpeza. A empresa não fornecia os equipamentos certos de trabalho para os seu funcionários e meu pai acabou que adoecendo por inalar os produtos com frequência. Quando completei 15 anos duas noticias ruins de uma vez. Minha vó faleceu e a doença do meu pai evoluiu de uma infecção na garganta e nos pulmões pra um câncer severo e não tratável. Com meu pai sem emprego e minha mãe ganhando pouco eles tomaram a decisão de vir para o rio de janeiro. Minha vó deixou a casa e o seguro de vida pra o meu pai e, isso nos ajudou a viver no inicio aqui no morro do vidgal. Para mim foi difícil dizer adeus pra minha melhor amigo e meu melhor amigo que um dia foi o meu namoradinho. Mas nada é maior que o amor que eu tinha e, tenho pelos meus pais. Quando chegamos aqui o dono do morro fez um zilhão de perguntas aos meus pais que tiveram que ir na boca pra conversar com ele. Eu fique na casa que era da minha avó. Quando meus pais voltaram para casa disseram que nós podíamos ficar e me contaram todas as regras e, eu como uma boa medrosa que eu era me mantia longe de todos os olhares. Principalmente dos caras que eram envolvidos. Eu nunca fui de baixar a cabeça para ninguém. Em são Paulo se vinham pra cima de mim, era no grito ou no tapa eu resolvia. Mas aqui não. Aqui eu sempre me mantive as escondidas. Mesmo quando eu comecei a trabalhar no bar central eu fiquei as escondidas. Eu trabalhava só na cozinha, pra não ter contato com ninguém. Comecei a trabalhar no bar central com 17 anos. Era ajudante de cozinha. o dono de la era e é um chato até hoje. Mas eu precisa ajuda a minha mãe a cuida da casa e do meu pai, que ficava pior a cada dia. Meu pai passou por diversos tratamentos e, tomou não sei quantas medicações que infelizmente só retardaram o fato final. A sete meses meu pai faleceu. Teve uma parada em casa. Quem nos ajudou a socorrer ele, foram os vapores do morro. Quando chegamos nos hospital não conseguiram reanima-lo e ali eu perdi um dos grandes amores da minha vida. O meu herói, meu melhor amigo meu pai. Se enterrar meu pai foi difícil, ver a minha mãe entrar numa grande e forte depressão foi ainda pior. Ver ela se acabando não querendo viver doía em mim. Eu não sabia o que podia fazer. Eu pedia todos os dias pra que ela tentasse se reergue por mim, por ela mas de nada adiantava. Todos os dias eu saia pra trabalhar com medo de volta pra casa e não ver ela mais viva. Agradecia todos os dias a deus quando eu chegava em casa e via ela viva. Mas ontem quando eu cheguei do serviço a visão que eu tive foi outra e, nada boa. A sete meses atrás eu enterrei meu pai que perdeu a vida para o câncer, hoje eu enterro a minha mãe que perdeu a vida pra tristeza de viver sem meu pai. Eu não seu o quanto o ser humana é capaz de amar outro ao ponto de ficar assim. Eu nunca amei uma pessoa como a minha mãe e meu pai demostravam amar um ao outro. Eu tive um namoradinho em são Paulo o hugo e, agora eu namoro o otavio a 2 anos. Mas nenhum dos dois eu sinto que amei ou amo ao ponto de me perder dentro de mim, ou me entregar a morte por esse amor. Choro ao ver o caixão da minha descendo a cova e me sinto mais sozinha do que nunca. Literalmente. Perdi meu herói, perdi a minha rainha e as duas pessoas que eu tenho de mais próximos, que eu possa considerara a minha família, não puderam estar aqui comigo hoje. Otavio meu namorado trabalho no asfalto. Ele é vender. Lais é minha melhor amiga aqui no rio. Conheci ela no bar, ela é garçonete. Desde que nos vimos se tornamos próximas e hoje somos inseparáveis. Ela não pode vim para o enterro. Como eu já disse o dono do bar é um p**a chato e não liberou ela. e otavio não pode faltar no emprego. Choro um choro agonizante por não saber o que fazer pra onde ir e como recomeçar de novo. quando meu pai faleceu eu tive que juntar todas as minhas forças pra seguir com a minha mãe. Mas e, agora que sou só eu? Da onde tirar forças pra continuar? Lembro de quando meu pai descobriu a doença, ele me disso. LEMBRANÇAS ON PEDRO- minha pequena você sabe o que se faz quando a vida te da uma rasteira?_ ele me perguntou e eu neguei.- você levanta e segue em frente._ ele fala e eu sorri pra ele.- um dia de cada vez. Um passo por vez. Assim você vai conseguir se reerguer, se reconstruir e continuar._ ele falou e eu sorri ainda mais- me prometa que mesmo quando vocês acha que não tem saída, você vai continuar andando, um passo por vez. Viver um dia de cada vez e sempre esperar que o melhor aconteça. Me prometa?_ ele me pediu e eu prometi, que enquanto vida eu tivesse, eu nunca ia desistir. LEMBRAÇAS OFF Depois de receber os pêsames de poucas pessoas que veio no enterro da minha mãe. Eu junto os meus caquinhos e vou saindo do cemitério. paro em um ponto de ônibus e fico ali com o pensamento longe e só percebo o ônibus quando ele para na minha frente porque alguém deus sinal e, agradeço por isso. já são oito da noite e aqui é deserto essas horas. Pego o ônibus e me sento em uma banco que eu vi vazio. 20 minutos depois eu dou sinal pra descer no ponto que fica a uns 5 minutos a pé da barreira do vigal. Chegando próximo a barreira eu vejo os meninos que ficam ali fazendo a contenção e decido subir de moto taxi. Subo o morro vendo o movimento pelo baile que ta tendo hoje já que é sexta e eu não consigo ver animo em nada. Quando o moto taxi para no portão da minha casa vejo otavio ali parado, todo arrumado parecendo que vai ir ao baile. OTAVIO- que demora da porra._ ela fala e eu não o reconheço. ANA- vai a alguma lugar?_ pergunto e ele sorri de lado. OTAVIO- o que acha?_ ele pergunta e eu n**o. ANA- se vai devia ir. Eu quero entra na minha casa tomar banho e ficar quieta._ eu falo sabendo que dormir vai ser difícil. Já que moro perto da quadra aonde fazem os bailes. OTAVIO- quero fala com você antes._ ele fala e eu n**o. ANA- hoje não. Eu quero ficar sozinha._ eu falo e vejo a raiva nos olhos dele. OTAVIO- espero que amanhã quando eu te ver, você esteja ao menos 90% menos insuportável_ olhei pra ele indignado e não disse nada. Só mesmo entrei. Achei que podia encontra nele uma apoio, um ombro pra chorar, mas acho que me enganei. Entro na minha casa e sinto o meu peito esmagar pelas lembranças que vem a minha mente. Corro para o meu quarto que fica mais ao fundo e entro direto pra o banheiro pra tomar banho e tentar fazer a minha mente entender que daqui pra frente sou eu e, eu. AMORES BOA NOITE DESCULPA A DEMORA PELO SEGUNDO CAPITULO. AMANHÃ ESPERO ESTA MELHOR POIS HOJE TIVE MUITA ENXAQUECA. ESCREVI AOS TRANCOS E BARRANCOS. COMENTEM VOTEM E AMANHA ESTOU DE VOLTA COM MAIS.
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