Capitulo 7

1256 Words
Eu preciso confessar que ter o Christian por perto era uma tentação, eu o odiava e sabia disso, mas ele estava sendo tão legal comigo que era fácil me confundir, mesmo assim me mantive firme afinal foi por causa dele que eu não consegui terminar a faculdade. O Christian era o novo administrador geral do hotel, por isso ele passava muito tempo lá, na verdade, desde que chegou ele morava no hotel. _Ouvi dizer que o bonitão vai embora hoje_ Luana disse enquanto esperava ansiosa pela hora do almoço _Já estava na hora, ele está aqui a quase um mês, é desconfortável trabalhar com ele perambulando por ai toda hora _ reviro os olhos _Você só pode estar brincando, esse homem é um colírio para os meus olhos_ respondeu se apoiando no balcão_ e falando nele... Ele quase sempre estava de terno e com os cabelos alinhados, fazia parte de ser um executivo, as vezes eu até me esquecia daquele cara que alguns anos atrás estava se agarrando com uma mulher casada na biblioteca da faculdade. Ele parecia diferente, mas o ar arrogante ainda estava ali, e parecia estar pior. _Bom dia meninas!_ sorriu simpático como sempre _Bom dia!_ respondemos em coro _Qual de vocês é responsável pela listagem dos hóspedes vip? _Eu. _ respondo _Ótimo! Venha comigo. Eu teria recusado, mas era meu ambiente de trabalho e eu precisava ser profissional. Em parte eu já sabia do porque ele ter me chamado, em época de eventos nós costumávamos receber clientes vip, cantores famosos, atrizes e etc.. com isso era necessário ter certeza de que todos os pedidos foram atendidos com excelência, por isso íamos de quarto em quarto averiguando o serviço e anotando caso faltasse algo. Entramos no elevador em silêncio e ficamos nesse silêncio constrangedor até o último andar. Tudo ocorreu tranquilamente, não tínhamos nenhum astro egocêntrico dessa vez, e eu agradeci por ter terminado rápido. Entramos novamente no elevador, e o que parecia estar perfeito começou a dar errado. As luzes caíram e voltaram duas vezes enquanto descíamos, mas assim que chegamos no oitavo andar as luzes se apagaram e o elevador parou. _ O que está acontecendo?_ pergunto _Parece que a luz acabou. _E o gerador? _Está em manutenção. _E a luz acaba logo hoje_ me sento no chão _ O que está fazendo?_ me perguntou _Você nunca viu nos filmes?_ respondo_ isso pode ser demorado. _Não pode, eu tenho uma reunião em vinte minutos_ pegou o celular _Não costuma ter área nesse elevador_respondo _Porque está tão tranquila? _Por que eu estaria nervosa? _Hum..._ soltou uma risadinha_ Você realmente mudou, nem parece a menina que saiu correndo da biblioteca com medo de mim _Eu não estava com medo de você. _Então por que correu? _Por que eu me assustei ao ver um aluno e uma professora casada se pegando na biblioteca tarde da noite_ respondo seca Ele soltou um sorriso e me olhou como se eu tivesse dito uma piada, talvez pra ele fosse mesmo, já que não houve nenhuma consequência. _Você me odeia mesmo não é?_ perguntou se sentando ao meu lado _Você me prejudicou muito, perder aquela bolsa de estudos foi terrível para mim. _Eu não queria te prejudicar, na verdade, eu não pedi pra tirarem a sua bolsa de estudos. Ele me olhou de forma tão suave que eu quase amoleci, era esse tipo de poder que aqueles olhos tinham, mesmo assim eu não ia cair naquele papo furado de "a culpa não foi minha". _Isso... não importa mais, até porque não ia adiantar nada. _E você continua me odiando._ sorriu _Eu não te odeio, só te acho um i****a. _Isso foi meio...inesperado _ sorriu _Porque você está acostumado a todo mundo te babando? _Não são todas as mulheres que gostam de mim, só as que não me conhecem. _Minha colega de trabalho é louca pra te conhecer_ brinco _E o que você disse pra ela?_ perguntou _Que nem tudo que reluz é ouro. _Eu posso te fazer uma pergunta?_ me olhou com um leve sorriso no rosto _Acho que a gente tem tempo_ respondo olhando para a porta do elevador _Você sempre meodiou assim ou foi só depois de tudo que aconteceu? Me lembro de como eu era apaixonada por ele na faculdade, e ele tinha razão porque assim que eu soube o tipo de i****a que ele era eu deixei aquela ilusão pra trás, mesmo assim era inegável o charme dele. _Eu não te achava um b****a_ respondo medindo bem as palavras_ na verdade eu pensava até que você era um cara legal. _Hum... e se eu disser que o amor me fez b****a? _Você tinha namorada, estava ficando com uma mulher casada e... _E depois descobri que estava sendo manipulado por ela_ era um sorriso triste_ ela não gostava de mim, mas eu era o passaporte pra se livrar de um casamento infeliz e ficar rica. _Então era o bom e velho truque da gravidez? _Meu pai não aceitaria nosso namoro, mas também não iria ignorar um neto_ parecia meio sem graça _Hum.._ tento não chutar cachorro morto _Eu sou um i****a não é?_ sorriu _É, ninguém é perfeito._ brinco Estávamos sentados no chão do elevador sorrindo quando a porta se abriu e algumas pessoas que estavam do lado de fora nos encararam tentando entender do porque o filho do dono do hotel e uma funcionárias estavam sentados no chao em um clima meio duvidoso. Saimos do elevador e andamos pelo corredor em silêncio como se tivessemos sidos pegos fazendo algo errado, era só a sensação, mesmo assim ficamos em silêncio. Luana estava na recepção com um sorrisinho malicioso, e assim que me aproximei ele ficou ainda mais evidente, ela era o tipo de pessoa que inventava fanfic, então já era de se esperar. _Então vocês estvam sentadinhos no chão do elevador é?_ brincou _Não faz nem cinco minutos que isso aconteceu, as fofocas correm rápido por aqui._ falo tentando arrumar as fichas no balcão _Sabe a Cíntia do Rh? Ela estava bem na porta do elevador quando ele se abriu. _Ótimo a pesssoa mais fofoqueira do hotel estava lá_ reviro os olhos_ espero que ela não tenha aumentado o que viu. _Ela disse que vocês estavam se olhando de forma estranha quando a porta se abriu. _Ah claro!_ falo rindo _ a gente tem um romance de trabalho _ cochicho de forma ironica _Olha se por acaso você estivesse pegando aquele deus grego não estaria tão m*l humorada _ brincou _Chega de papo e vamos trabalhar_ sorri Christian Eu não me lembrava muito de como Bianca era na faculdade, na verdade eu nunca prestei atenção nela até aquele momento na biblioteca. Mesmo assim eu sabia que ela estava diferente, madura e decidida, não parecia mais a menia assustada que correu da biblioteca sem olhar para trás. _Quantos anos você tem?!_ meu pai grita no telefone enquanto eu olho a bela vista do meu quarto _Pai nós só estavámos conversando no chão do elevador. _Christian você está ai pra supervisionar o hotel, não para fazer amizade com as funcionárias. _Pai, a gente só estava conversando._ respiro fundo _Olha eu não vou lidar com outra aproveitadora. Eu sabia sobre o que meu pai estava falando, mas ele realmente achava que eu conseguia seduzir qualquer mulher? A Bianca me achava um i****a, e eu achava isso legal afinal ela não parecia nada interessada em mim, nem no dinheiro da minha família. _Pai nós não estamos namorando, nós só nos sentamos no chão porque estavámos cansados, foi só isso.
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