Capitulo 11

1150 Words
_Onde estamos indo?_ pergunto novamente quando ele me pede pra colocar o sinto de segurança _Você está achando que vou te s********r?_ perguntou rindo_ Nós vamos encontrar um amigo meu, ele é um potencial sócio, eu não disse lá dentro porque as paredes tem ouvidos nesse hotel. Ele não estava errado, a fofoca rolava solta, todo mundo sabia de tudo nada naquele hotel era segredo.O unico misterio que as pessoas ainda queriam desvendar era o real motivo de o pai dele ter mandado ele pra lá, já que Paulo trabalhava a anos como gerente. Eu entendi que eles desconfiavam que talvez Paulo estivesse roubando dinheiro do hotel, a pergunta era como, como um simples gerente poderia roubar tanto dinheiro por tantos anos sem ser descoberto. O carro estava silencioso, nenuma música, nenhuma conversa, nada, e isso me incomodava um pouco. Eu não era a pessoa mais comunicativa do mundo, mas estar dentro de um carro com uma pessoa e ir o caminho todo em silêncio era constrangedor pra mim. _Posso ligar o rádio?_ pergunto _Fique a vontade_ repondeu apontando o botão de ligar Liguei o rádio e pra minha sorte uma das minhas músicas favoritas estava tocando, comecei a bater com as mãos na coxa levemente imitando uma bateria, enquanto olhava pra fora. _Essa música é boa_ ele disse _Você conhece?_ pergunto animada _Eu ouvi algumas vezes, na verdade era a música favorita do meu irmão. Eu queria ter disfarçado a minha cara, mas fui pega de surpresa, até onde eu sabia ele não tinha um irmão. _Eu não sabia que você tem um irmão_ respondo curiosa _Eu tinha, ele morreu já faz alguns anos_ a voz dele ficou mais baixa _Sinto muito _Tudo bem, já faz muito tempo_ deu um leve sorriso _A julgar pelo gosto musical, ele devia ser mais legal que você_ falo rindo _Você não me acha legal?_ me encarou com aqueles olhos claros e aquele sorriso, quase fraquejei novamente _Eu não disse isso_ desvio o olhar com um sorriso sem graça _Meu irmão era realmente mais legal que eu_ disse_ ele costumava ser mais simpático também, me lembro dele estar sempre bagunçando meu cabelo_ sorriu _Ele devia mesmo ser muito legal. _É ele era, mas meu pai abafou tudo sobre ele depois que morreu, foi como se ele nunca tivesse existido, por isso as pessoas não sabem que eu tinha um irmão. _Por que ele fez isso? _Eu não sei, talvez foi a forma que eles encontraram pra passar por isso mas... _Não foi a melhor pra você_ completo _É. _Bem, acho que seu irmão ia gostar de saber que você continuou apesar de tudo. Ele me olhou como se quisesse me agradecer, mas ao invés disso apenas sorriu e eu etendi, não havia muito o que dizer mesmo. Quando chegamos no restaurante eu sai do carro me perguntando se a minha roupa estava boa o suficiente pra aquele ambiente, ajeitei a blusa, passei a mão no cabelo. _Você está bem_ ele disse |_Esse lugar parece chique demais, por que eu tinha que vir com você? _Porque esse cliente gosta de mulheres inteligentes, essa conversa vai ser mais fácil com você aqui. _Eu deveria me preocupar com isso? _Não_ ele sorriu_ eu só preciso que você me ajude lá. _Ok. Entramos no restaurante e eu não estava muito a vontade, era um ambiente muito chique e eu não estava acostumada. Andei atrás do Christian como se estivesse confiante, mas eu não estava. De repente Christian andou mais devagar e parou do meu lado.. _ Só me segue _ cochichou Andamos mais um pouco e paramos em frente a uma mesa e lá estava ele, o cara mais estranho que já vi na vida. um homem de meia idade, com uma roupa extremamente colorida e óculos escuros. Assim que nos viu ele abriu os braços sorrindo... _Pequeno Chris_ ele gritou sorrindo _Olá Estevão_ Christian sorriu O homem que tinha um sotaque meio mexicano era um investidor, um cara muito rico amigo da familia do Christian _E quem é essa moça linda?_ o homem perguntou ja pegando minha mão e a beijando _Essa é a Bia, ela trabalha comigo no hotel. Nos sentamos e o homem não parava de falar o quanto a comida daquele restaurante era boa, e eu não conseguia entender o que estavamos fazendo ali, pra mim parecia apenas um almoço entre amigos. _Então, Bia _ Estevão olhou pra mim_ o que acha da idéia de abrir um La'Strada no méxico? _Parece uma boa idéia. _A minha idéia é espalhar os hotéis pelo mundo, fazer uma marca._ Christian disse Então era sobre isso, Estevão tinha o terreno e os contatos no méxico e era essa a negociação, eu só não etendia o porque de eu estar ali. _Seu pai não se cansa de ser rico não é_ Estevão sorriu_ ele já tem as lojas de jóia, agora os hoteis. _Bem.. os hoteis são pra mim_ Christian respondeu _O que acha Bia? Devo arriscar alguns milhões nisso?, na verdade a pergunta é, você acha que vale a pena? Só então eu percebi o que Christian queria, ele queria que eu convencesse Estevão de que o hotel era um ótimo investimento, e foi isso que eu fiz. No final da nossa conversa Estevão parecia mais empolgado com a idéia. _Por que me trouxe?_ pergunto assim que entramos no carro pra voltar ao hotel _O Estevão não nasceu em familia rica, ele trabalho muito pra conseguir tudo que tem, então ele não costuma confiar nos ricos embora ele seja um. _Você me trouxe porque eu sou pobre?_ acho graça _Não, eu te trouxe porque você é uma das melhores funcionárias, e eu sabia que ele te escutaria. _Isso não faz nenhum sentido, eu poderia só mentir na sua frente_ falo _Ele tem algum tipo de sentido, ele sabe quando alguém está mentindo pra ele, ele não aceitaria nem mostrar o terreno se você não tivesse passado verdade. _Ok então_ sorri orgulhosa de mim, pela primeira vez em anos senti que tinha feito algo grande. Nlo caminho de volta Christian foi me contando dos seus planos para a rede de hoteis que o pai havia lhe dado, ele tina grandes idéias, e se ele conseguisse concretiza-las, seria além de um hotel cinco estrelas na beira da praia, seria um hotel onde todo mundo gostaria de se hospedar e pagaria o valor que fosse pra isso um novo hotel Ritz talvez. Enquanto ele falava com um brilho no olhar, eu me lembrava de quando eu o olhava de longe , apaixonada apenas pela beleza que vi por fora, tudo bem que eu por um tempo até o odiei, mas ali naquele momento de confusão eu fiz uma coisa que saiu tão sem querer que sequer acreditei ter dito em voz alta. _Tão lindo_ eu disse meio que anestesiada e sorrindo _O que?_ ele olhou pra mim sem entender nada,
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