cap.2

2224 Words
Cap.2 após 3 anos um amigo que a conhecia da faculdade o Dhario e descobriu que ela estava no mesmo hospital psiquiátrico que agora ele era médico e ele a ajudou a se recuperar e sair daquele lugar, porém sua memória não voltou, ela nem mesmo se lembrava que ele era um dos seus melhores amigos da faculdade. Ele conhecia a sua avó, então seguiu para a cidade vizinha, um vilarejo simples e bem humilde onde a senhora vivia de maneira bem limitada. Mesmo com sua condição simples aceitou lúcia em sua casa, dhario deixava algumas quantias em dinheiro todos os meses para ajudar lúcia nas despesas até a menina encontrar emprego em um armarinho ali mesmo pertinho de casa, mesmo não ganhando muito ela pode tirar essa responsabilidade de dhario como sempre desejou. Ela conseguiu viver dois anos de paz com sua avó, mas com o tempo ela adoeceu e Lúcia se viu na obrigação de encontrar um emprego melhor para conseguir arcar com as despesas de comprar seus remédios. Então ela se muda com sua avó para a cidade e com o dinheiro que economizou alugou uma casa para que as duas pudessem viver em um apartamento simples e compartilhado com uma menina nerd, que acabou se tornando sua amiga, a Fernanda que a ajuda a cuidar de sua avó enquanto procura trabalho. Sua avó conta a ela sobre seu pai e onde ele está naquela cidade, mas pede que Lúcia não vá encontrá-lo, porque o mesmo havia a jogado em um hospício mesmo sem ser louca. Até ver um anúncio no jornal de assistente de uma grande empresa de perfumaria, pensou que talvez por ter estudado administração seria útil. Entre tantas candidatas elegantes e com bons currículos ela decidiu tentar a experiência. — ouvi dizer que o próprio presidente das empresas Gincol vai nos entrevistar -comenta uma das moças, todas elas se vestem elegantemente com seus terninhos caros e sapatos impecáveis. Lúcia estava vestida modestamente, seu sapato estava em ótimo estado, mas usava calça azul e camisa branca de botão com listras vermelhas. — você é a próxima, senhorita lúcia… Montreal — a secretaria diminuiu os olhos para ler o nome, assim que entra se depara com uma sala enorme e um homem elegante sentado sentado em sua cadeira de costas para ela, ele parecia está focado na vista panorâmica de sua grande parede de vidro do último andar de seu prédio. — bom dia, senhor Gincoln — diz timidamente se aproximando, então ele se vira para a encarar, rapidamente se recorda de ter visto aquela menina, porém ela não se lembrava dele. — sente-se — diz de forma seca já desaprovando o seu visual, então lúcia se encolhe na cadeira acolchoada. — vejamos bem… — murmura estendendo a mão e ela lhe entrega o currículo. — estudou administração, sem nenhuma experiência, estudou em uma faculdade simples da cidade,nem mesmo tem a experiência requisitada para ser assistente — fez franzindo o cenho ao encará-la. — o que faz aqui, senhorita lucia? — pergunta prestando atenção nela. — preciso do emprego — precisa do emprego? Muitas precisam do emprego e ainda mais um bando de aproveitadora que finge vir procurar emprego só para flertar. — não é o meu caso senhor — protesta se levantando envergonhada. — preciso do emprego porque a minha avó está acamada e precisa de remédios para seu tratamento e o que eu ganhava já não está mais sendo suficiente. — você não tem experiência, preciso de alguém especialista, além disso que tenha estudado no exterior e você só estudou isso e pelo visto nem completou, por mais que sua história seja comovente, não é o suficiente, obrigada senhorita lúcia — diz rudemente lhe apontando a porta. Assim que ela se levanta, uma mulher quase enlouquecida com os cabelos desgrenhados entra na sala sem nem mesmo bater. — senhor Alessandro! Eu me demito! — brada mexendo no cabelo tirando alguns bichos estranhos de brinquedo. — senhora rubi, vamos conversar, você disse isso antes, mas acredito que dessa vez você consiga — Diz ele enquanto Lúcia observa os dois, mas ele a encara duramente e ela entende que deve ir embora. Assim que sai tomba com as duas crianças, aparentemente tem cinco anos, ambas iguais, com os braços cruzados se mantêm emburradas. Quando seus olhares se encontram eles sorriem encantados — A nossa mãe nos sonhos? — perguntou o menino hipnotizado. — sim! — grita a menina abraçando lúcia que sentiu como se tivesse levado um choque na cabeça, e piorou quando o menino também a abraçou, sem coração acelerou de uma tal forma que pensou que passaria m*l, e todos os funcionários a encarava em alerta indicando que ela saísse dali, mas ela não conseguia se livrar das crianças. Quando Alessandro saiu e viu a cena ficou enfurecido. — como pode agarrar estranhos por aí? — briga. — não é estranha, é a nossa mãe! — protesta a menina. — kayla! — brada aborrecida, mas os meninos se prendem com força a Lúcia que permanece imoveu olhando as duas crianças. — mamãe, diga a ele que você é nossa mãe… — Resmunga a menina. — Não se preocupe, nosso pai vai entender quando eu negociar — Leandro… — resmunga. — Eu e kay aceitamos ela como nossa mãe, babá, governanta, como você quiser, se contratar ela, nós paramos de fazer birra — disse o menino deixando seu pai pensativo encarando Lúcia, sério, ainda tendo a impressão de já tê-la visto. — Vou pensar sobre isso — diz serio. — aceite senhor, desde que você se divorciou tem sido babás atrás de babás e ninguém consegue ficar com essa… bênçãos — diz sorrindo sem graça. — Então vocês querem ela como a mãe de vocês? — Sim! — Concorda as duas crianças. — entre senhorita, vamos conversar — diz a Lucia que até então se mantinha calada. — mas eu nunca trabalhei de babá, não sei cuidar de crianças — avisa insegura. — você não vai ser a babá, você terá pessoas para a auxiliar — diz seguindo para dentro do escritório e puxa a cadeira para lúcia se sentar. — vou ser breve na explicação, recentemente eu me divorciei e meus filhos não se davam bem nem mesmo com a mãe, nunca conseguir encontrar nenhuma mulher que fizesse eles aceitar cuidados além de mim, mas estranhamente eles estão querendo você — diz mexendo na gaveta pegando algumas folhas. — quero que leia essas condições e decida que vai assinar, — Uau, o salário é tão alto? — disse animada. — mas… um contrato de dez anos? Isso é muito tempo, quantas pessoas já assinaram esse contrato? — nenhuma, como ver é um contrato maternal, você ao assinar estará se responsabilizando em cuidar deles como a verdadeira mãe… como uma verdadeira mãe, mas por hora só quero que você leia e você passará por alguns treinamentos — ok… aqui diz que eu tenho que ir nos eventos das crianças? — tudo! — tenho que… acompanhar o pai junto, fingir ser uma família… isso está começando a parecer um contrato de propriedade — comenta desconfiada e alessandro sorri de soslaio. — pode ser o que você quiser, portanto que cuide deles, eu sou um homem muito ocupado e eles são muito novos, a faz alguns… quase dois anos que eles estão sem a presença da mãe e eu não consigo desempenhar esse papel, porque tenho muitas empresas para administrar e eles acabam ficando abandonados, vejo que eles gostaram de você, então você ficará alguns dias com eles, na presença de uma profissional, e se eles gostarem de você… — desculpa a pergunta… isso… esse contrato envolve alguma coisa entre os adultos? — pergunta envergonhada. — Você é uma moça jovem, muito bonita, Não fica restrito, apenas se quiser… — Não! Nunca, isso é algo que pode ficar excluído — Não há problema, não vou te tocar, trate apenas de cuidar deles neste período de teste e verei como você se sai. — disse e ela continuou a ler. — quero que mude essa cláusula e aqui diz que pode haver contato íntimo, mas a parte A não pode se apaixonar — O que quer que mude? — o que eu já disse sem contato íntimo e bom… eu não vou me apaixonar, nunca — ok, se você diz, o que acha do valor p**o? Algo a acrescentar? — pergunta a encarando com as mãos apoiando o queixo. — Eu recebo isso tudo mesmo? — Se assinar, sim, mas antes vai passar um tempo com eles como teste e a ruby vai lhe auxiliar — avisa. Quando Lúcia sai, ela não encontra as crianças, rubi já tinha levado os dois. “ bom… não deve ser tão difícil cuidar de crianças” pensa ao entrar no elevador Assim que chegou em casa sua amiga a esperava ansiosa por boas notícias. — então? — perguntou ansiosa. — Amanhã vou levar minha avó para ser internada e começar os tratamentos, eu consegui o emprego — disse animada, então foi um dia de comemoração. No dia seguinte pela manhã bem cedo sua avó foi internada para tratamento, Lúcia teria apenas que ir visitá-la, para que não se sentisse abandonada. — Bom... Ela vai receber um tratamento melhor — Disse a amiga que estava ao seu lado enquanto seguiam para fora do hospital. — Você vai ganhar o suficiente para cobrir os gastos? — perguntou preocupada. — Sim, ah! E avisando que hoje eu não volto para casa, vou ficar na casa de um amigo, mais perto do trabalho, quero ter o mínimo de despesa possível para que possa cuidar dela — Um amigo? Que amigo? — O médico que me ajudou a sair do hospital psiquiátrico é de confiança — Entendo, então... Ele é de confiança, mas não dê confiança demais aos homens, ok? — Tudo bem, não vai acontecer nada — murmura engolindo em seco. Ela segue para a mansão, ela não quis contar a verdade para a sua amiga, afinal como ela iria reagir quando soubesse que ela assinou um contrato em que ela se tornava mãe de dois meninos, cujo quais sentia algo tão família e bom. Seguiu para a mansão onde encontrou as duas crianças já a esperando. Passaram a tarde juntos e pareciam que já se conheciam a muito tempo, eles realmente estavam felizes com a sua nova babá e Lúcia mesmo sem saber como cuidar eles tinha a ajuda de rubi, a antiga governanta da casa que era responsável por tudo, mas que realmente havia pedido demissão, a sua idade já avançada, queria aproveitar alguma coisa de sua velhice. A noite Alessandro chegou em casa e procurou as crianças, sempre que ele chegava era de lei as crianças pedirem para ler história na cama dele até dormir, todos os dias eram assim, e às vezes ele dormia ao lado das crianças enquanto rubi, contava história para eles. Mas hoje ele seguiu para o quarto das crianças e as crianças já tinham dado um pijama rosa de cetim para Lúcia e estavam vestidas para dormir, pensou que talvez pela primeira vez eles estariam começando a desapegar, mas isso era rápido demais para ser verdade. Ainda assim decidiu seguir para o quarto sem falar com as crianças. Tomou banho, vestiu uma calça de linho e seguiu para o escritório para fazer algumas ligações e pegar a cópia do contrato para Lúcia assinar. — posso contar a história aqui no quarto de vocês — pede Lúcia receosa. — mas sempre ouvimos histórias no quarto de nosso pai, além disso ele chega super tarde, por favor, fique com a gente hoje... — Insiste o menino Leandro. — Por favor, por favor — pede Kayla inúmeras vezes até Lúcia decidir ir para o quarto de Alessandro. Fica deslumbrada com o local, o quarto é enorme e a cama king size macia e enorme, as crianças pularam na cama se deitando no centro e Lúcia se sentou no na ponta e começou a ler a história para eles. Mas o dia havia sido tão exaustivo que acabou pegando no sono ao lado das crianças. Alessandro ficou quase uma hora no escritório e quando voltou se deparou com a cena, Lúcia deitada desengonçada na ponta da cama dormindo e as duas crianças ao seu lado, ele ajeitou Lúcia Gentilmente na cama e se deitou do outro lado ao lado dos filhos. — Agora eu tenho que lidar com três? É isso? — Murmura dando um beijo na bochecha de seus filhos em seguida se deitando e dormindo rapidamente. Pela manhã as crianças acordaram surpresas, Lúcia dormia pesadamente, assim como Alessandro, os meninos se levantam sorrateiramente e seguem lentamente para fora do quarto. Lúcia está para acordar, tateou a cama procurando os menores e acaba tocando no peito de Alessandro e ele a envolve seus braços em seu corpo e ao sentir algo diferente Lúcia abre os olhos assustada e encontra o rosto de Alessandro serenamente dormindo. Se afasta rapidamente sem se importar se o acordaria ou não e sai do quarto assustada, enquanto ele abre os olhos indiferente demonstrando que já estava acordada, porém fica indiferente com toda aquela situação. Lúcia seguiu para a cozinha preparar o café da manhã das crianças que esperavam segurando o riso ao perceber a face da menina corada de vergonha.
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