Surpresa

1295 Words
Janine Garcia Sigo Breno pelos corredores até encontrá-la parado no meio de outra sala, ele me olhou de cima a baixo mais uma vez, respirou fundo, deu um passo à frente e parou, eu me encontro paralisada diante do seu olhar, não sei o que dizer, a coragem sumiu novamente, mas não posso me acovardar, essa não seria eu. - É você mesma? Só pode ser você, os seus olhos nunca saíram da minha mente, essa sua boca é ainda mais linda de como eu me lembrava. _ diz ele, andando lentamente na minha direção, lágrimas rolam no meu rosto, me preparando para ouvir a palavra de rejeição que tantos tem me falado durante esses cinco anos. - Sim, sou eu. _ digo praticamente sussurrando, ele levantou as mãos enxugando as minhas lágrimas, o seu dedo passou na minha boca carinhosamente. - Porque você chora, não quer se casar-se com um aleijado? Eu disse a meu pai que mulher nenhuma gostaria disse, não se preocupe darei um jeito de anular esse contrato. _ diz de repente voltando a se afastar, peguei nas suas mãos antes que fosse longe. - Não, se você me quiser, eu quero você, apenas pensei que não me queria, não espera te encontrar depois de tantos anos, mas depois daquele dia na rua, tudo que penso é em como faria para te encontrar e triste por já estar noiva. _ digo chegando ainda mais perto. - Eu quero você. _ diz ele, me agarrando pela cintura, os nossos lábios se encontram num desejo desenfreado e saudoso, a nossa respiração torna se escassa, terminamos por fim nos abraçando, matando uma saudade praticamente dez anos, sinto o seu cheiro forte me arrebatar é como se o meu coração encontrasse o seu lugar. - O que aconteceu, porque você não me quer, Breno, não me rejeite também? _ perguntei me sentando ao seu lado assim que ele se senta e me puxa para me sentar ao seu lado. - Não queria falar disso agora, mas é bom que saiba antes do casamento, dá tempo de desistir, p***a isso não devia acontecer com a gente. _ diz me olhando profundamente, vejo tanta tristeza no seu olhar. - Eu não vou desistir Breno, quantas vezes rezei para te reencontrar e temos uma chance. _ digo animada. - Mas não rezou para ter um homem pela metade, Janine, não rezou para ter um aleijado e com os membros deformados. _ diz irritado se levantando e se afastando de mim, vejo que tem dificuldades para andar, mas não me importo. - Por favor, não faça isso, desde que você esteja ao meu lado podemos superar isso. _ digo pegando na sua mão, trazendo o novamente para mim. - Você não tem noção do me tornei por debaixo dessas calças Janine, aquele desgraçado mandou me queimar vivo, é sorte, milagre sei lá o quê, chame do que quiser, eu estou vivo hoje. _ diz com indignação, mas não direcionada a mim, ele passa as mãos no rosto nervoso. - Breno, olhe para mim, por mais que eu tentasse todos esses anos nunca te tirei do meu pensamento, mesmo quando meu pai arranjava um casamento, o meu pensamento era que se você aparecesse não teríamos mais chance, sei que éramos novos, mas você marcou em mim. _ digo me levantando indo na sua direção olhando nos seus olhos para que ele veja que o que sinto é real, foram mais de dez anos eu nunca o esqueci. - Eu também nunca te esqueci, o meu pai por vezes insistiu num casamento, mas mantive a esperança de que um dia te encontraria, até agora que não pude negar esse contrato, ele insiste que eu me case, já tenho trinta e três anos até pensei que você estaria casada, desistir. _ diz ele cabisbaixo fazendo carinho no meu rosto. Então não desista de mim. _ digo beijando a sua mão. - Não quero que tenha nojo de mim, Janine. _ diz me abraçando novamente. - Todos temos cicatrizes Breno, por dentro ou por fora, não sou nenhuma mulher afetada que rejeitaria o que temos por causa delas, se você sentir por mim o mesmo que sinto serei a mais sortuda de todas. - Tudo bem, vamos continuar esse noivado, mas não vou te obrigar a nada. _ diz me beijando. - Heheheheheheh. _ Laura, Beatrice, Leia e Edgar entram na sala gritando e batendo palmas, festejei pulando com a minha irmã, sei que não sou mais uma adolescente, mas não é todos os dias que se reencontra o seu amor da adolescência. - Meu cunhado, você tomou a melhor decisão. _ diz Laura abraçando Breno que não reage tão rápido. - Obrigado, eu acho rsrs, vocês estavam nos ouvindo esse tempo todo. _ perguntou ele sem graça. - Elas até queriam ter vindo atrás de vocês há algum tempo, mas com o meu charme irresistível, eu impedi-as, de nada. _ diz Edgar cheio de si e agradecendo por agradecimento que ainda não veio. - Certo, obrigada cara, eu sei que posso contar com você. _ Agradece a Breno. - Ficamos preocupados, você olhou-a com uma expressão feroz, mas é bom saber que o noivado não vai terminar. _ diz Beatrice carinhosamente. - Cara essa cidade só tem mulher bonita, acho que vou abrir o meu consultório por aqui. _ diz Edgar olhando para minha irmã, que abre um sorriso malicioso. - Laura se comporte, você ouviu o nosso pai, ele já está procurando outro casamento para você. _ digo alertando a minha irmã, esse Edgar não inspira confiança, a minha irmã olha-me irritada, mas não diz nada. - Não se preocupe cunhada, sou um bom partido, não é Laurinha? _ diz piscando o olho para ela, safado! - Edgar, ela é minha cunhada, ela não é parte das suas conquistas. _ diz Breno sério e ele faz uma expressão de coitado. - Também acho, já temos moças com o coração partido demais nessa casa, não quero morrer afogada em lágrimas. _ diz Léia levantando uma das sobrancelhas para Edgar que fica sem graça. - Eu não prometi nada a ninguém, prima. _ diz ele fazendo carinha de anjo. - Boa noite, é bom ver que estão se divertindo, Edgar não cause problemas com as moças daqui, para você se divertir sabe muito bem aonde ir. _ diz Pedro sentando-se junto a Leia no sofá. - Cara, vocês me subestimam, sei até onde posso ir, mas tudo bem ficarei na minha. _ diz se afastando de Laura, que faz uma carinha de triste. - Alguma notícia sobre a saúde do chefe? _ perguntou Breno curioso. - Ele está tetraplégico, foi levado para se recuperar em casa, Hernandez já está em posse do comando do cartel, tudo dentro dos conformes, estou tomando providências para cerimônia de posse. _ diz parecendo cansado, Breno abre um sorriso fechou rapidamente a sua expressão, mas percebi. - Venha, vou te preparar um banho. _ diz Léia se levantando pegando o pela mão. - Tchau gente depois nos falamos. _ diz ela afastando-se segurando na mão do seu marido. - Laura, o meu celular está cheio de mensagem de mamãe, para irmos para casa. _ digo me levantando. - Depois nós nos falamos, o jantar de noivado está perto daqui uns dias a minha família chega, aí marcamos. _ diz Breno sorrindo pegando o meu celular e anotando o seu número. - Tudo bem. _ digo o beijando. - Vou morrer solteira. _ diz Laura saindo batendo o pé e eu vou logo atrás rindo com Beatrice. - Eu me caso com você. _ grita Edgar. - Vou pensar. _ respondeu ela rindo, rimos nos afastando, essa tarde foi uma surpresa, nos divertimos que nem vimos a noite chegar.
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