A ordem

1013 Words
Pedro Morales Tenho trabalhado muito para deixar algumas coisas em ordem aqui no cartel de Nova Iorque, o que aconteceu com Breno deixou algumas baixas a serem feitas, Basílio tem passado por dificuldades não apenas com a gangue que risquei do mapa, mas a de Weston do motoclube, que está querendo tocar onde o braço não alcança. Voltei para casa pensativo, recebi uma mensagem de um número não identificado, pela forma que escreveu sei muito bem que se trata do maldito. “ Rapazito Morales, devolva a minha garota, essa pombinha tola, me pertence, já arranjei um lugar para ela, é uma ordem.” O maldito quer fazê-la de amante oficial, só pode e me transformar no pior corno de toda Felicidia, não basta a humilhação que é todos saberem que ela foi dispensada pelo príncipe do cartel, o que faço agora? Tenho que voltar para casa, as minhas férias acabaram o que faço agora, meu telefone toca, ao ver o nome de Hernandez um alívio surge em meu coração. - Diz ai cara, como estão as coisas? _ Perguntei ao atender a chamada, cauteloso, não sei se Hernández o que fazer. - Nada boas, Martin está ainda mais insuportável que nunca, preciso de você aqui cara, a família Escobar está nos trazendo problemas, depois de amanhã é o casamento de Andrés, precisamos de todos por perto, entraremos em guerra. _ diz sério e isso não me preocupa. - Por que você não me contou que Léia deu para o Martin? Pensei que poderia contar com você cara. _ digo cabisbaixo, passamos por muitos momentos em que as nossas vidas estiveram por um fio e dependendo um do outro. - Se eu te contasse você não se casaria, o maldito teria mandado te matar por desobedecê-lo, até tentei te livrar na hora que Andrés lançou o seu nome, mas Martin aceitou a provocação e deu a ordem. _ diz daquele jeito turrão dele, sei que ele fala a verdade, o desgraçado não suportaria ser humilhado dessa maneira. - Então terá que me matar da mesma maneira, ele me deu a uma ordem, daquelas filhas da puuta, que só ele dá. _ digo irritado. - Ele a quer, não é mesmo? _ pela raiva que está esses dias só pode estar planejando fazer merda. - Sim, ele a quer, disse que a “pombinha tola é dele”, ordenou-me que entregasse e que já tem um lugar preparado para ela, a mensagem não deixou dúvida sobre as suas intenções. - c*****o, o desgraçado não se cansa de nos atormentar, aqui em casa está na obsessão que eu engravide Cecilia depressa, com você quer a sua mulher, volte estou com um bom pressentimento que logo nos livraremos dele, troque o número que darei um jeito de despistá –ló por enquanto. _ diz com uma solução temporária - Claro estarei aí em breve, conto com você. _ digo me despedindo. - Também conto com você irmão. _ diz ele em seguida desliga, apesar de me chamar assim às vezes, ele não sabe de toda a verdade, mas o que passamos nos uniu a esse ponto. Decidir voltar para casa da minha mãe, dá a notícia para ela, afinal as férias acabaram. - Filho que bom que chegou, quero falar com você, sei que há anos você e Neuza cuidam de Charlotte, mas acredito que chegou a hora dela ficar comigo. _ diz mamãe me puxando para sentar-se no sofá e larga essa bomba. - Mamãe, não invente coisas, aquela menina não me perdoará se souber que eu a impedir de ficar nos seus braços, sabe muito bem que Charlotte estará mais segura comigo e sabe bem por qual motivo. _ digo massageando a minha testa que já começou a doer. - Sei, sim, querido, mas já faz muito tempo, Martín não tem mais interesse na minha vida, com certeza, por um bom tempo Charlotte vai passar despercebida, ela precisa de amigas da sua idade, estudar com outras crianças, Pedro, ela precisa ser criança independente das suas dificuldades, aqui ela tem os irmãos pequenos. _ diz entusiasmada, tentando me convencer e me lembrei do que Hernandez disse, quem sabe estaremos perto de nos livrar daquele maldito. - Tudo bem, mãe, ela pode ficar, por um tempo, voltarei amanhã para Felicidia e as coisas lá não estão como eu deixei, acredito que seja mais seguro ela ficar, no entanto, faremos um teste, se não dê certo ela volta. _ digo triste, amo muito a minha irmã, mas sei que ela precisa da mãe e tudo mais que ela falou, me acostumei com ela em casa e agora será difícil não tê-la por perto, ela fica animada e me abraça agradecendo e sai correndo para cozinha. Subi as escadas em busca da minha esposa e a encontro conversando com uma amiga que está tão distraída que não percebe a minha presença. O que ouvi foi o necessário para querer matá-la, o meu sangue ferveu, já me perdi dentro delas várias vezes e ela ainda pensa no meu irmão, então decidi falar algumas verdades para essa mulher, posso até ter exagerado, mas que se dane, não tenho sangue de baratas. Bati a porta na força do ódio, a descarada, ficou indignada por a irmã ter um casamento com o Andrés, melhor que o dela comigo, ver se posso, ainda diz que ele é o sonho para todas, fui para o quarto determinado a corrigir a minha atitude com ela, afinal apesar de ter errado, não posso ficar a vida toda a tratando m*l, a sua entrega a mim a cada noite, os seus beijos, sinto que é verdadeiro, me irrita em pensar que o meu pai biológico meteu o p*u naquela b****a que devia pertencer apenas a mim, se ele pensa que ainda sou aquele menino, que ele destruiu por dentro, ele estar muito enganado, ele marcou o meu corpo e alma com sangue, se antes resistir a presença dela, hoje faço questão, ela é minha, ele a colocou na minha cama, agora não vai tira-lá das minhas mãos.
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