Damon estava feliz. Tinha recebido uma ligação da designer de Interiores avisando que a sua casa estava finalmente pronta para o receber.
Foi com muita relutância que ele aceitou ficar por duas semanas em casa dos pais, sabendo que teria a mãe o pressionando por causa de Maria Paula.
Mas ele já tinha decidido terminar a relação, e a sua mãe falava em festa de noivado.
Ele desceu e a mesa para o pequeno-almoço já estava posta.
Ermelinda a governanta dava orientações as empregadas e sorriu quando o viu.
- Bom dia Linda.
- Bom dia Damon. Dormiu bem?
- Muito bem. E esta foi a minha última noite aqui.
- Oh é mesmo?
- Sim. A minha casa está pronta.
Hoje mesmo eu vou para lá.
- Eu entendo. Precisas que te ajude com alguma coisa?
- Sim por favor. Podes fazer lista de pessoas que possam trbaalhar lá. Quero apenas 4 funcionários para o interior da casa.
- Está bem querido. E preferes mordomo ou governanta?
- Mordomo por favor.
- Tudo bem. Ainda hoje eu passo a lista para você com todos os detalhes.
- Obrigado Linda. E agora onde estão todos? O Dean não vem?
- Ele já saiu. Disse ter alguns assuntos para tratar e vai tomar o pequeno-almoço na empresa. Mas pediu - me parante dizer que precisam falar na hora do almoço.
- Obrigado. Eu vou começar a comer porque ainda passo na empresa.
- Bom dia filho...- Sónia Salvatore surgiu elegante como sempre.
- Bom dia Mamãe. Eu sei que é cedo, mas tenho que contar uma coisa. Onde está o Papai?
- Ainda deitado. Sente - se m*l e o deixei dormir mais um pouco.
Linda por favor mande preparar uma mesa para ele no terraço está bem?
- Sim Senhora. Licença.
- Ele está doente?
- Não exactamente. Mas esse cansaço já vem acontecendo a algum tempo. Marquei uma consulta para amanhã mesmo.
- Ainda bem. Eu lamento que o momento não seja adequado mamãe, mas eu vou me mudar daqui ainda hoje.
- O quê!? Mas filho.
- Nem comece Mamãe. Sou um homem adulto e a senhora sabia que a minha estadia aqui era temporária.
- Está bem. Tens razão. A tua casa está mesmo terminada?
- Sim. A Designer já ligou e enviou- me fotos. Posso entrar hoje mesmo. Além disso, já fiz as malas e mando alguém vir pegar.
- Está bem querido. A verdade é que me acostumei a ter vocês aqui de novo. Mas entendo.
- Obrigado Mamãe. Eu vou trabalhar e aviso quem vem pegar as minhas malas.
- Está bem querido. Bom trabalho.
- Obrigado Mamãe. E não se preocupe. Eu venho para me despedir como deve ser.
Damon pegou algumas coisas e saiu. Não deixaria que a mãe o tentasse manipular.
Sónia Salvatore não era a Santa que todos achavam. Ela era extremamente rigorosa, exigente e nunca foi uma mãe muito carinhosa. Não estava acostumada a ser contrariada, mas Damon fazia isso desde muito novo.
Dean apesar de ser um pouco mais calmo que o seu irmão, também não se deixava manipular pela mãe. Ele também vivia sozinho desde que terminou a Universidade, e quando passava em casa dos pais era mais para ver Ermelinda que esteve mais presente na vida dos dois do que a própria mãe.
Dean sendo um excelente Arquiteto, foi homenageado várias vezes, e em sua casa tinha um armário cheio de prêmios.
Assim como o irmão, tinha apenas 4 funcionários internos, e o líder era Paulo o seu leal mordomo.
Ana Rita a sua assistente pessoal o admirava e percebeu que apenas Dean poderia ser a ajuda que a sua melhor amiga Zilena estava a precisar.
Damon chegou na empresa e ao emtrar na sua sala lá estavam Ruca e Dean o esperando.
- Nossa! Tudo isso é saudade de mim?
- Nada disso irmão. Temos apenas boas notícias para te dar.
- Óptimo. Estou mesmo a precisar de ouvir alguma coisa boa.
Do que se trata?
- Bem! Nós conseguimos irmão.
O Projecto da Universidade e do Centro Comercial Irmãos Salvatore foi aprovado.
Está tudo pronto e podemos começar.
- Não acredito. A sério? Mas que óptima notícia. As maquetas estão prontas?
- Claro que sim...- Dean respondeu. Amanhã mesmo vou ao terreno. O pessoal só está a espera do sinal para começar a trabalhar.
- Isso é muito bom mesmo.
Significa que teremos trabalho dobrado.
- Isso mesmo...- Foi a vez de Ruca falar. Cada um de nós vai ter que ir ao terreno pessoal pelo menos duas vezes por semana.
- Verdade Ruca. Já pedi para a Ana Rita que se preparasse para trabalhar ao ar livre. Afinal, ela também é parte da equipe.
- Isso mesmo...- Damon concordou. Estive a pensar na tua proposta Ruca. E vou aceitar. Peça para a Ana Rita encontrar alguém.
Com tanto trabalho não poderei sobrecarregar a Senhora Márcia.
- Pode deixar.
- Obrigado. E tem mais uma coisa.
A minha casa está pronta. Hoje mesmo vou me mudar e conto com vocês para a inauguração.
- Claro que sim amigo.
Agora vamos nos dividir para conquistar. Há muita coisa para ser feita. Até logo meninos....- Ruca saiu e Dean aproveitou para perguntar ao irmão como a mãe tinha reagido.
- Ela tentou disfarçar mas ficou aborrecida.
- É mesmo?
- Sim. Mas deixei claro que nada que ela dissesse me faria mudar de ideia. Não somos mais meninos para ficarmos presos à saia dela.
- Isso nunca aconteceu.
- Eu sei. A mamãe nunca foi muito presente. E agora se acha com o direito de fazer exigências. Isso não vou permitir.
- Eu sei mano. E podes sempre contar comigo. Temos um almoço com o pessoal do Banco. Parece que o Rodrigo já tem uma resposta para nós.
- Tudo bem. Veremos o que ele vai dizer desta vez.
Dean saiu e Damon começou a trabalhar. Havia muita coisa para fazer. Ter uma assistente ajudaria a diminuir a sua carga de trabalho.
E ele ainda tinha mais um assunto para resolver: Terminar a sua relação com Maria Paula e deixar claro que não casaria com ela em hipótese alguma.
Não se deixaria pressionar ou apanhar por chantagem emocional. Conhecia bem Maria Paula e as lágrimas dela eram falsas demais para o comover.
Damon desejava ser um homem literalmente livre. Mas não o seria por muito tempo.