Capítulo 6

1294 Words
Valentina Eu sempre evitei chorar na frente dele, me mostrar fraca, pois é isso que ele espera que aconteça. Mas dessa vez eu fracassei no teatro de líder forte e inabalável. – Eu não posso Valentina! – Por que não? Já conseguiu seu propósito é só virar as costas e me deixar seguir. Entenda a minha dor, me deixa viver! – Está enganada, eu também não posso te deixar ir. Por que você entrou dentro de mim e fincou raízes no meu coração ainda que eu tenha lutado contra com toda a força que eu pude. Benício Eu não deveria ter dito o que eu disse a ela, acreditando ou não. Valentina chorava, mas me olhou secando as lágrimas... – Certo Benício, apenas me leve de volta. – Me dê ao menos um beijo, você não sabe como foi longa a noite em claro que tive pensando em você. – Ele disse ao passar o rosto delicadamente no rosto dela. – Foi a sua consciência que não te deixou dormir e não eu! Benício pega mão dela e a puxa até o carro, mas não tenta se aproximar de novo. Eles chegam juntos e muitos os viram e aquilo sem dúvidas, seria motivo de muita conversa. – Quer ajuda com as sacolas? – Não! – Diz ela, pegando tudo e indo bem rápido para dentro. Benício vai para sua tenda e já encontra Adriana. – Por que chegou com aquela v***a? – O carro de Genival quebrou e eu a trouxe. – Responde ele sem se abalar. – Tem certeza de que foi apenas uma carona Benício? – Não comece com seu ciúme. – Ele responde indo para o quarto e deixando-a com suas dúvidas. Benício Valentina nunca vai aceitar ser minha, enquanto Adriana estiver em minha vida. Essa ferida que eu causei a ela pode ter tornado meu sentimento por ela impossível de se realizar, mas eu não consigo convencer o meu coração de que não posso tê-la. Mas não seria uma boa ideia se desfazer de Adriana assim, ela esteve ao meu lado a muito tempo e até me apoiou nessa vingança. Se eu a mandar embora ficarei sozinho, Valentina não ficaria comigo nem morta. Valentina chegou em casa e colocou as compras sobre a mesa. – Filha! eu te vi chegar com ele. – Vó por favor não me recrimine. O carro de Genival quebrou e era ele, ou vir a pé com tantas sacolas. – Eu não ia brigar contigo. Só quero saber o que aconteceu entre vocês no caminho, se é que possa me falar. – Claro que posso falar, ele veio de novo jogando charme me pedindo beijos e dizendo mil e uma mentiras, mas eu não fiz nada do que ele queria. – De agora em diante não vai mais sair sozinha Valentina! – Não vou me tornar prisioneira por causa dele. – Ela responde com raiva da situação que estava sendo provocada pelo assédio dele. – É para o seu próprio bem e se prepare para o humor de Salazar quando souber que chegou com seu marido da cidade. – Ele é outro que vive na minha aba o tempo todo. Salazar precisa de uma namorada, assim ia me deixar sossegada. – Ele faz isso, por que se preocupa com você assim como eu também Valentina. – Mas ele não precisa ser tão exagerado, é apenas um amigo e um dia estivemos noivos, mas tudo acabou e ele vai ter que aceitar. Ela fez o almoço, tomou um banho para pegar o ônibus e ir para faculdade. Lá conversou com Sofia sobre tudo o que havia acontecido e seu casamento fracassado graças aquela mentira. – Meu Deus e o que pensa em fazer? – Sobreviver a tudo e me manter longe dele Sofia. – Mas de verdade, você não gosta dele nem um pouco? – Como pode me perguntar isso? Claro que não, ele me enganou e tem outra em sua vida, outra que ele se atreveu a levar para lá também. É humilhante que todos saibam que estamos casados e ele tem outra mulher. – Mas nada disso consegue apagar um sentimento se ele for verdadeiro Valentina. – Sofia por favor não coloque minhocas na minha cabeça. Já estou pagando caro pela escolha que fiz. Era fim do dia Valentina voltou, sorriu para umas crianças que jogavam bola, chegou em seu quarto e foi logo tirando o vestido por cima. Estava sem sutiã, Benício chega e a surpreende assim, fica em transe olhando pra ela. Até que a moça se dá conta da presença dele e se assusta. – e******o! o que faz aqui? Por que entrou desse jeito? – Ela diz se cobrindo rápido com os braços. – Esqueceu essa sacola no meu carro. E não precisa me agradecer, essa visão incrível que tive paga qualquer favor! – Benício sorri deixando a sacola sobre uma cômoda. Ele dá mais uma olhada lamentando não ver mais uma vez o que tinha adorado e sai. Benício Cheguei em êxtase, que delícia de mulher ela é. Sempre idealizei seu corpo o tamanho e os detalhes de seus s***s, mas ela me surpreendeu ainda mais. Se pudesse estaria com ela naquele mesmo instante, mas eu não posso e esse NÃO me deixa ainda mais afim. Me toquei pensando nela e em tudo o que minha mente fértil, quente e máscula queria realizar com aquela garota inocente e ao mesmo tempo tão sexy. Tarde da noite já estava cansado e tinha se satisfeito sozinho pensando em sua esposa segundo as leis ciganas, a muito tempo ele não recusava s**o. Aquela era a primeira vez que Adriana passava por isso, ele não a quis...e ela só pensava em uma razão para isso: Valentina. Amanhece e Adriana resolve fazer o que sua intuição feminina mandava. Foi até ela para ter uma conversa de mulher para mulher. – Valentina, quero lhe falar um instante. – Entre. – Ela responde conduzindo sua rival até a mesa, sabia que os ânimos se exaltariam em poucos segundos de conversa. – Somos adultas e não sou de rodeios. – Eu também não sou Adriana! – Quero que fique longe de Benício. Sei que se casaram, mas você sabe bem o motivo e não quero te ver perto dele! – Eu sei sim, mas deve dizer a ele tudo isso e não a mim! – Eu vi os dois chegando da cidade, não venha agora bancar a puritana. – Foi apenas uma carona e ele insistiu para que eu aceitasse. – Não importa, onde está sua dignidade? Vai dar para o homem que te enganou para se casar? – Com quem eu me deito ou não, diz respeito a mim. Mande seu macho ficar longe, que lhe agradeço o favor! Agora trate de sair daqui eu já gastei demais o meu tempo com você! – Certo Valentina, mas ainda não acabamos essa discussão. Se eu te pegar perto dele eu sou capaz de tudo. – Diga para Benício para ficar bem longe de mim!!!! Adriana sai e Valentina suspira de raiva. Valentina Além de todo o sofrimento que me dá ter que conviver com eles aqui, ainda tenho que lidar com o ciúme dessa mulher maluca. Carmem chega e vê Adriana sair. – O que ela queria Valentina? – Me ameaçar para ficar longe do homem dela!!! – Então ele realmente está dando motivos a ela para fazer uma cena assim. – Uma simples carona, como ela é estúpida! – Valentina diz constatando a insegurança da rival. – Não, se ela veio aqui é por que tem percebido ele diferente. Ela não me parece uma mulher tola a ponto de enxergar algo que não exista. – Pois ela que dê conta dele e me deixe fora disso!
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