Prólogo
1864
Era tarde da noite quando ouço pedrinhas serem jogadas na minha janela, levanto me apressada da cama e me deparo com meu meio irmão Stefan. Ele estava com um sorriso bobo no rosto acenando para eu ir lá com ele.
Eu neguei pensando que aquilo era uma loucura, mas ele insistiu. Acabei não resistindo e desci.
- Stef, o que pensa que está fazendo? Se o papai nós pega aqui, estamos ferrados. - Digo chamando Giussepe de pai, mesmo ele não sendo o biológico. Minha mãe teve um caso com um homem desconhecido, um pouco depois de Stefan nascer, mas mesmo assim ele cuida de mim como um pai.
- Vamos nós divertir um pouco, você nunca recusa uma aventura. - Ele diz e eu sorrio assentindo.
Fomos para trás da casa, e conseguimos subir no telhado, depois de muito esforço do Stef. Porque pra mim foi facinho.
Se sentamos de frente para vista, um ao lado do outro e ficamos observando as estrelas.
- Amanhã uma moça órfão virá se hospedar na nossa casa. - Ele disse quebrando o silêncio e eu me virei para encara-ló. - Poderia tentar ser Gentil, soube que ela perdeu os pais em um incêndio.
- Quando eu não sou? - Pergunto me fingindo de ofendida e ele da uma curta risada nasalada. - Todos perdemos Alguém Stef, a diferença, é que uns sabem lidar melhor com a perda do que outros.
- Está pensando na mamãe, não é? - Ele pergunta e eu me viro pra frente. - Foi uma tuberculose, não tivemos culpa.
- Eu sei que não tivemos culpa Stefan, e sei que você vem se dizendo isso a muito tempo. E aquele remédio que fomos buscar, não a ajudaria. Pois ela não morreu de tuberculose. - Digo e Stefan se vira para mim.
- Já conversarsamos Sobre isso Claire, pare de inventar teorias e aceite que ela se foi. - Stefan diz.
- Não faz sentido Stefan, logo após a morte da mamãe, eu a vi em um sonho. - Digo e Stefan parece ter ficado interessado. - Não parecia um sonho pra ser exata, era Real. Eu sei que ela não morreu, só fugiu do nosso pai e está em algum lugar do mundo agora.
- Eu também a vi. - Stefan disse. - Ela era um anjo, e era um sonho Claire. A mamãe está morta, e não vai voltar.
Ele volta a encarar a vista que logo iria começar a nascer o sol, então me levanto e olho tudo por uma última vez antes de descer.
- Não se preocupe, serei gentil com a nossa convidada. - Digo e desço de lá o deixando pensativo.
(...)
Pela manhã, acordei e fiz todas as minhas higienes e vesti um vestido rosa claro, para poder receber nossa convidada.
Ao chegar lá, me posiciono ao lado do meu irmão, atrás do meu pai e dou um curto sorriso para ele. Garantindo que nossa conversa de madrugada não me deixou abalada.
Foi então que uma bela moça desceu de uma carroagem, os olhos de Stefan estavam fixo nela. Ela mantinha um porte de extrema classe, seus cabelos eram castanhos como seus olhos, sua pele clara e com a delicadeza de uma flor. Ela nós comprimentou adequadamente, e meu pai decidiu nós apresentar.
- Senhorita Pierce, esses são meus filhos mais novos. Stefan e Clarissa Salvatore. - Ele disse e a moça passou seu olhar pelo Stefan e então olhou pra mim dando um curto Sorriso no final.
- Claire para os mais próximos. - Digo e meu pai me reprende com o olhar, por eu não ter pedido permissão para falar e eu apenas revirei os olhos com essas regras estúpidas.
- Mostrem os aposentos da Senhorita Pierce, e tentem não a deixar entediada. - Meu pai disse e nós assentimos.
- Só Katherine por favor. - Ela pede olhando para o meu pai e depois volta o olhar para mim e Stefan. - E Acredite, entediada é o que eu não vou ficar.
(...)
- Katherine o que está fazendo? - Pergunto Quando ele me puxa da sala de jantar e me leva para o quarto.
- Aquilo está um tédio, vamos se divertir um pouco. - Ela diz trancando a porta e me empurrando para parede, onde sinto ela gelada nas minhas costas.
Ela me beija e vai tirando o meu vestido, faço o mesmo que ela e os beijos vão descendo até o meu pescoço.
- Você quer? - Pergunto me referindo ao meu sangue, descobri o que Katherine era a alguns dias atrás e não tenho medo.
Ela volta a me beijar e então leva as suas presas para o meu pescoço, aquilo doía um pouco mas vale a pena.
(...)
- Ah não Kat, isso é trapaça. - Stefan disse quando ela roubou a bola dele.
- Eu só estou ganhando. - Ela se defendeu nós fazendo rir, e confesso que tive um pouco de ciúmes quando ela se aproximou dele segurando seu rosto.
Eu sei que ela não é só minha, e eu tenho que dividir. Mas eu odeio dividir.
- Se olhares matassem. - Ouço um Sussuro no meu ouvido e me viro me deparando com meu irmão mais velho.
- Damon? Quando você voltou. - Pergunto abraçando ele e chamando atenção dos dois.
- Hoje mesmo, estava ansioso pra ver minha loirinha. - Ele disse e se separamos do abraço.
- Damon. - Stefan disse e veio abraçar nosso irmão, e assim que se separaram seu olhar foi diretamente para Katherine. A beleza dela encanta qualquer um.
- E essa Senhorita seria? - Ele pergunta segurando a mão dela e depositando um beijo.
- Senhorita Pierce, mas pode me chamar de Katherine. - Ela diz com aquele sorriso único dela que conquista qualquer um.
(...)
- Pai, o que pensa que está fazendo? - Pergunto tentando para-lo mas é envão porque ele continuava agitato e juntando todas as armas possíveis.
- São eles ou nós querida, ou você está do nosso lado ou está do lado daqueles vermes. Não existe outra opção. - Ele disse carregando sua arma e saindo para fora de casa.
- Stefan, Damon. Temos que fazer algo, eles levaram a Katherine. - Digo e eles se olham e assentem.
- É minha culpa, eu vou. - Stefan disse e eu neguei.
- Somos irmãos, iremos todos juntos salvar o nosso amor. - Digo e eles assentem.
Saímos juntos de lá, e conseguimos distrair os outros para se aproximarmos da carroagem que a levava aprisionada.
Ela estava acorrentada como se fosse um mostro, e doeu ver ela daquele jeito.
Damon abriu a carroagem e Stefan começou a liberta-la, e então ouvimos um tiro. Olhei para os lados e meu irmão Damon tinha caído no chão, o mesmo aconteceu com Stefan e depois comigo.
Vi Katherine se ajoelhar perto de mim e depositar um beijo da minha testa.
- Não deveria ter vindo, você é muito louca Claire. Por isso que eu te amo. - Ela acariciava o meu rosto enquanto falava. - Nós veremos novamente.
Uma lágrima escorreu dos meus olhos quando alguém a tirou de cima de mim a prendendo novamente na carroagem, vi ela partindo antes de fechar os olhos e me entregar a morte.