Maria foi dormir pensando no que suas amigas disseram. Realmente seria uma pessoa horrível se flertasse com um padre por mero desejo, luxúria. Mas aí é que está, ela não sabia o que era aquilo dentro dela. Como o próprio Vitor dizia, ela estava como quando viu Jhonny, e se tem uma coisa que é certa é de que amou Jhonny um dia. Mas seria possível? Em apenas uma semana estar apaixonada por Damon? Mesmo sem que ele tivesse a tomado para apenas um beijo ?
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Se remexeu na cama a noite inteira, com sonhos para lá de provocantes, estes envolvendo tanto Damon quanto Jhonny. Em um momento ela via Jhonny, ela saia correndo para abraçá-lo, mas quando chegava aos braços dele quem via era Damon sorrindo para ela e aquecendo seu coração.
Acordou um pouco mais tarde na segunda 11h. Ficou cansada devido a noite m*l dormida.
- Bom dia, querida. – disse Vitor sentando ao lado dela na cama com uma xícara de chá
- Bom dia Vitor.- Exclamou ao se espreguiçar
- Credo, que cara é essa? Parece que comeu e não gostou.
- Não é nada, só estou com dor de cabeça. - Reclamou
- Bebeu muito ontem, né?
- Um pouco.
- Aprontou alguma?
- Sabe, nos últimos dias...não. – E realmente, havia se aquietado... Como nos velhos tempos.
- É o padre, não é?
- Ai padre...padre, padre, padre, padre! Não sei Vitor! Sinceramente não sei! – Falou nervosa.
- Hum... Tudo bem recupere-se logo dessa dor de cabeça, hoje temos que visitar o hospital para crianças com câncer, depois tem ensaio fotográfico para a revista Nova, anda, anda, anda! Não podemos perder tempo.
- Ai...Eu ainda tenho que te agradecer por não marcar nada de manhã pra mim...
- De nada. Ah! E sobre o leilão, que dia você vai falar com Criseida?
- Eu estava pensando, demora-se para organizar um leilão, então acho melhor organizar tudo primeiro e fazer uma pequena surpresa a Criseida. Até lá eu vou apenas visitar a chácara e também quero pagar a reforma do parquinho eu mesma.
- Tudo bem, agora sacode esse esqueleto!
Maria levantou-se correndo para se arrumar, tinha muito a fazer.
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Os dias passavam-se rápido feito um flash, Maria organizava todos os possíveis preparativos para o leilão, fazia a lista dos seus amigos, ricos, para comparecerem e tornarem o pequeno evento um grande sucesso. Enquanto isso frequentava a chácara cada vez mais, encantava-se vendo Damon brincar com as crianças, ensinando as histórias da bíblia, voltou a frequentar a missa, de Damon claro, a primeira vez que compareceu foi até engraçado.
- Samara, vamos a missa? - a convidou.
- O que? Você na missa?
- Sim, qual o problema?
Samara riu, estava claro o objetivo da amiga: Claro, vamos.
Chegaram um pouco atrasadas porque haviam ido buscar seu catálogo VIVARA, quando chegou na chácara e seus olhos encontraram o par de olhos azuis, Damon viu sua garganta secou, o que ela fazia ali? Iria inferniza-lo até mesmo na missa? Amara virou-se assustada para Maria e Samara, quando Vitor a viu apenas riu.
Damon perdeu totalmente a concentração, ali estava ela bela. Os últimos dias foram suficientes para ele se encantar mais ainda, errou uma parte da missa, talvez por pensar demais nela. Pediu desculpas e um pouco depois deu a missa por encerrada. Estava suando frio. Saiu do altar irritado, retirou as vestimentas do padre e as jogou com força no armário, queria gritar, Criseida entrou no aposento.
- Que isso Damon! Por Deus! Não precisa ficar assim só porque errou, todo padre já fez isso alguma vez na vida.
- É CULPA DELA! – alterou um pouco a voz.
- Ela quem meu filho?
Foi então que se deu conta do que disse.
- Ninguém, ninguém. Perdoe-me, não queria ter errado, estou nervoso apenas por isso. Vamos.
Saíram e se depararam com Maria, Samara, Vitor e Amara conversando na porta da igreja.
- Eu realmente assustei quando a vi aqui. – Sorriu Amara para a sobrinha.
- Você também sabe a razão não é mãe?- Indagou a loira
- Oh! Simplesmente não posso acreditar! Maria está metendo-se em uma enrascada!
Maria riu.
- Não, não creio que seja bem isso. De maneira alguma!
- Bom, temos que ir para a escola né filha? – sorriu para a perolada de forma familiar.
Amara era a dona de uma grande escola do Rio.
- Vitor prometeu que hoje após a missa iria comigo ver como as coisas andam por lá! Se ela quiser assumir meu lugar é isso que deve fazer! – Amara falou entusiasmada com as meninas.
- Mãe já disse que não tenho certeza de nada. – Aquilo não era o que Vitor realmente queria, ela gostava mais de fotografia e não de ser uma diretora de escola.
- Ta certo, ta certo, então vamos! Tchau garotas! Juízo em.
- Pode deixar! – Exclamou a Lancaster
Vitor e Amara se despediram e iniciaram a partida.
- Maria, Samara, que prazer você aqui na missa da tarde.
A Spencer sorriu educada.
- Pois é resolvi vir aqui, ver como estão as coisas. – Maria sibilou
- Ah vai tudo bem!
Maria olhou para Damon que até aquele momento ficou a encarando.
- Boa tarde, padre.
A forma que ela quase sussurrava lhe arrepiava por inteiro.
- Boa tarde Srta. Maria, Srta. Samara. – E ele quase lhe sussurrou em resposta.
- Opa! Tudo bom padre? – saudou de forma divertida A Elinois
- O que é isso em suas mãos Maria? – Indagou a diretora
- Ah, são apenas algumas fotos que fiz para uma marca, VIVARA.
- Meu Deus, se importaria de eu dar uma olhada?
- Claro que não! – Maria estendeu a pasta com as fotos que estava em suas mãos.
Criseida abriu e começou a ver as fotos.
- Que lindas Maria! – Criseida parou em uma foto que Maria usava um anel de diamante e brincos e pulseiras, as mãos próximas ao rosto, sua face tinha a boca entreaberta de modo sensual. Os diamantes reluziam assim como seus olhos, era uma das mais bonitas, Criseida não pôde deixar de comentar. – Deuzinho! Damon, veja essa que linda, não está linda? – Damon olhou para a foto, maravilhosa. Uma deusa ou algo do tipo.
Raios por que ficou ali? Poderia muito bem ter ido embora e deixado a tia ali sozinha, mas não. Seu corpo queria ficar na presença da Lancaster.
- ... – Não respondeu nada, apenas ficou chocado como ela podia conseguir ficar mais bonita?
Damon ainda olhava a foto e Maria o olhava com um sorriso sensual no rosto. Ele gostou da foto. Ele tirou os olhos da foto e a viu fita-lo com sorriso de vitória ao ver como havia deixado ele.
- Tenho que ir, se vocês me dão licença. – Falou nervoso, tinha que fugir e rápido.
- Credo o que deu nele? – Estranhou a atitude do sobrinho.
- Quer que eu vá ver se ele está bem? – Queria ficar a sós com ele, mesmo sabendo que não deveria. Não sabe do que seria capaz.
- Por favor Maria!
Maria foi correndo atrás de Damon. O encontrou encostado na parede de trás da casa de Criseida.
- Padre! O senhor está bem? – Ela sabia que ele não estava.
Damon arfava, tinha corrido até ali, abriu os primeiros botões da camisa, ele ainda suava frio, a olhou assustado.
- Estou bem Srta. Maria. – Falou tentando se recompor.
Ela se aproximou mais.
- Tem certeza padre? Porque o senhor não parece nada bem.
E realmente não se sentia bem. Seu corpo queimava como se estivesse com febre e aquilo tudo apenas pela presença de Maria. Com o tempo que passavam juntos adquiriu um sentimento muito grande pela Lancaster que ele não conseguia entender, gostava da presença dela, gostava de conversar com ela, gostava de estar com ela, mas sempre que a via de modo sensual, o mínimo que fosse, seu corpo queimava ele tinha vontade de fazer coisas não permitidas para um padre e sempre acabava fugindo, mas naquele dia ela o seguiu, queria levá-lo a loucura?
- Parece com febre. – Tocou o rosto de Damon. - Sua frio. – Está...está parecendo comigo quando penso no senhor, padre. – Ela escorregou a mão pelo pescoço dele.- O que nos faz sentir assim padre? – Ela falou sussurrando encarando os azuis a sua frente, ele estava prestes a pegar seus dois braços com força quando ela calmamente deslizou a mão pelo braço dele, pegou sua mão e a beijou, um beijo quente, casto. – Eu tenho que ir padre. Até mais.
E então saiu andando o deixando sozinho com seus pensamentos. Ele pegou a mão que ela beijou e apertou com sua outra mão. Seu corpo estava mais quente,em chamas
E assim os dias foram se passando. Maria estava cada vez mais descontrolada, aquele sentimento dentro de seu coração a estava matando, céus!Estava amando um padre! Como se meteu nisso?! Não sabia, mas sabia que não iria desistir sem tentar, afinal, ela acreditava no amor sobre todas as coisas. Se ela o amava, por que ele não podia corresponder? Ainda mais quando dava sinais tão evidentes.
Seus sonhos estavam cada vez mais sendo habitados por Damon e cada vez mais eram sonhos mais quentes, em que ele beijava seu corpo inteiro, suas mãos quentes passeavam por toda sua pele e ela se derretia por ele. Madrugava todos os dias e não se aguentava. Acordava suando, sentindo vivas as sensações do toque dele em seu corpo. Seu coração despertava acelerado dificultando para que ela pudesse dormir em paz.
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Certo dia, o dia que o sonho foi mais forte resolveu levantar e ir até a chácara, não podia mais guardar aquilo para si. 6h da manhã ela estava em frente a chácara, ficou tão surpresa ao vê-lo ali fora alimentando algumas galinhas que nem ao menos se pronunciou, ele que caminhou até ela.
- Senhorita Maria – Ele estava surpreso.
- Pa-dre...- E ela envergonhada por ve-lo tão a vontade.
Ele vestia uma calça de moletom com uma camiseta, enquanto ela estava apenas com uma blusa vermelha fininha de alcinha e uma calça jeans.
- O que aconteceu Srta. Maria? Por que está aqui tão cedo?
Ele abriu o portão e ela entrou. Seu coração disparava, não parava de bater por um minuto sequer.
- Eu precisava falar com o senhor padre. – Ela o encarou seriamente e com a garganta seca. É isso, estava na hora. - padre!
- Pode falar Srta. Maria.- Ele indagou temendo a resposta.
- Padre, eu estou tendo sonhos inquietos, não consigo dormir direito há dias... Estou prestes a enlouquecer
- Calma, diga do que se tratam esses sonhos?
Maria aproximou-se perigosamente de Damon - Do senhor padre... – Ela tocou o peitoral de Damon e sentiu que ele tremeu. – Eu sonho com você Damon. – A respiração de ambos estava alterada, Damon respirava com dificuldade, mais uma vez sentia-se com aquela febre alucinante, não conseguia falar uma palavra que preste. - Eu sonho com suas mãos me tocando Damon, por todo o meu corpo. – Ela sussurrou no ouvido de Damon, pegou a mão dele e depositou em sua cintura. – Elas passeavam por todo canto. – Enquanto falava seus lábios roçaram a pele do homem loiro, viril, forte e saliente que se arrepiou, ela foi coordenando a mão de Damon até seu seio. – Sinta, sinta meu coração, Damon... Estou perdidamente apaixonada por você...
Maria voltou-se para trás o suficiente para ver o rosto de Damon e a mão dele continuava em seu seio esquerdo. Ele suava, ela o olhou séria. Ele olhava aquele belo rosto, os lábios, queria, queria tomá-los para si! E há tempos queria isso! Apenas não conseguia admitir! Aproximava-se perigosamente.
- Damon! Maria? – Era Criseida se aproximando do casal.
Rapidamente ele tirou a mão do seio de Maria e virou-se para tia.
- O que faz aqui há essa hora Maria?
- Era sobre isso mesmo que eu conversava com Damon, Criseida. Que eu estou tendo sonhos perturbadores que não me deixam dormir por isso acabo madrugando. – Enquanto falava não tirava os olhos da face de Damon.
- Nossa verdade? Ele também, nos últimos dias tem acordado no meio da noite, sai andando por aí a madrugada inteira! Não sei o que tanto preocupa esse homem. – A senhora falou inocentemente.
Um sorriso brotou nos lábios de Maria e ela olhou Damon, então ele...
- E é só isso que te trás aqui?
- Ah! Na verdade eu gostaria de conversar com a senhora!
- Oh sim! Entre! Damon você nos acompanha?
Damon estava suando frio ainda devido as últimas sensações, tocou os s***s de Maria. Os sonhos que tinha com ela eram tão fortes quanto os que ela tinha com ele. Em seus sonhos ele a beijava por todo canto e seu corpo se modulava ao dela, e os gemidos... ah os gemidos que ela soltava em seus braços.
- Damon! Vai ou não?
- N-não...Eu vou cuidar da horta. – Damon desviou os olhos de Maria para o chão.
- Tudo bem! Vamos Maria.
Maria sorriu ainda entorpecida pelas sensações da mão de Damon em seu corpo, mesmo que ela tenha percebido que ele se sentiu perturbado, ele nem ao menos retirou sua mão do corpo dela.
Ela entrou com Criseida em casa enquanto Damon ficou lá fora.
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- Está servida de café?
- Oh sim, por favor.
- E o que você quer falar comigo?
- Ah !Então Criseida, esses dias eu estive pensando em como ajudar a chácara e remexendo em meu guarda roupa percebi que tinha algumas roupas que eu não uso mais... Roupas de marca, caras, e estive secretamente organizando um leilão beneficente! Sabe, leiloar as roupas e o dinheiro que conseguir virá todo para a chácara!
- Oh Maria! Que ótima ideia! Você é como uma benção que foi enviada até nós.
Maria sorriu.
- Que isso Criseida!Eu fico muito feliz de ajudar!
- E o que falta para organizar para o desfile?
- Então...
Maria começou a explicar todos os detalhes para Criseida, que eram muitos.
- m*l vejo a hora de contar tudo para Damon!
- Não! Espere eu dar a certeza sim?Amanhã vou falar lá no hotel para ver que dia o Link Bar estará disponível, sabe, será onde vai ser o desfile, servirá os drinks, essas coisas... Aí sim você avisa Damon!
- Está feito! Obrigada Maria! Tem mais alguma coisa que podemos fazer por você?
Maria: Não, não...Na verdade, fiquei tempo demais!Vitor nem ao menos sabe que vim aqui, e hoje tenho alguns compromissos ele vai me matar! Obrigada pela receptividade Criseida!
- Oras! Que isso menina, não é nem um quarto do que você tem feito por nós! Vamos, te levo até a porta.
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Não ficou nem um segundo na horta, saiu correndo para a igreja. O que estava fazendo? Pediu tanto para Deus afastar de si qualquer coisa que o tentasse a sair do seu destino, mas esse mesmo Deus insistia em sempre colocar Maria em seu caminho. E agora ela ainda falava que estava perdidamente apaixonada! Como queria dizer: “Também estou Maria!” Mas ele não pode, ele é um padre e deve ficar longe de qualquer tentação da carne, que era o que Maria mais oferecia a ele. Lembrou-se dos últimos momentos... Ah... Ela possui s***s tão macios, vontade de afagá-los, apertá-los, chupá-los!
Ajoelhou-se sob o altar e rezou!Rezou mais!Rogando por ajuda, por uma luz! Estava cada vez mais se metendo no meio de todas aquelas sensações e acabava se perdendo do seu verdadeiro objetivo! Ser padre para cumprir a promessa da mãe.