Prólogo

3674 Words
Aurora 3 anos antes... Estou sozinha no quarto dando risada da cara de desespero que o filho da püta está vendo seu carro em chamas, mas meu sorriso some do meu rosto assim que vem as palavras dele em minha mente. "Se for tão boa de mira quanto é de audição, pode atirar " Aquilo sempre foi um grande problema para mim, mesmo ignorando me magoava de uma maneira imensurável. Eu escondia dos meus pais o quanto já fui zoada por diversas vezes em todos lugares que alguém que me conhecia ia, não deixava barato para eles também, só que não diminuía o que eu sentia. Já arranquei orelhas, matei e desmembrei algumas pessoas só por conta de piadinhas que faziam. Deixei de usar o aparelho auditivo ainda na infância e fiz uma cirurgia que ajudou um pouco, mas não 100%, eu escutava bem o suficiente para entender tudo em conversas ou escutar quando me chamavam. Lorenzo era realmente bonito e tinha uma energia pesada com o olhar carregado. Sempre fui uma garota normal como qualquer outra, perdi minha virgindade com um garoto que eu ficava antes de conhecer Salvatore e agora sentia que precisava ficar com outras pessoas para esquecer toda a dor de rejeição que senti. Falar coisas sem me conhecer foi o que me deixou extremamente irritada e percebi que ele iria tornar minha missão difícil. Lágrimas grossas desceram do meu rosto ao lembrar da sua fala e com ela veio todas as outras que eu escutava diversas vezes. Você parece surda. Tão linda, pena que não escuta direito. A gente pode falar dela já que é surda mesmo. Será que ela tá escutando? Fora as vezes que me chamavam rindo e eu ignorava para não ver a cara de deboche que faziam ao falar comigo. A porta do quarto foi aberta num estouro e não precisei me virar para saber que era ele, só pelo perfume marcante eu já sabia. Limpei as lágrimas do meu rosto tentando não fungar e torci para não perceber meu nariz avermelhado. — Que merdä você pensa que tá fazendo, queimando meu carro garota? — puxou meu braço fazendo minha raiva borbulhar dentro de mim. — Me solta — puxei com força sentindo doer onde ele apertou — Eu tô aqui no quarto desde que subi, como eu iria queimar alguma coisa lá em baixo seu doente? — peitei ele que deu uma risada sarcástica. — Eu sei que foi você! — apontou o dedo na minha cara — Isso não vai ficar assim. Como quer que seja nosso casamento dessa maneira? — eu neguei rindo. — Que casamento cara? Se liga Lorenzo, é só a merdä de um contrato que vamos cumprir até eu me tornar viúva — falei alto estalando os dedos no rosto dele. — A gente vai morar juntos! Vai ficar agindo igual uma criança birrenta o tempo todo? — meti um tapa no seu rosto e ele se afastou com os olhos cheios de ódio. — Sai, agora! — bradei e vi meu pai aparecer na porta do quarto. — O que tá acontecendo aqui? — ficou nos olhando com cuidado e apontei para o moreno que cobria o lado do rosto onde atingi. — Esse escrotø, acha que vai ficar me peitando e falando merdä sem eu revidar! — falei com raiva e meu pai ironicamente abriu um sorriso. — É melhor vocês conversarem até se entenderem — neguei na mesma hora e antes de correr até a porta ela se fechou com sem a chave por dentro. Bufei nervosa sentando na beirada da cama. Maldito dia para começar aqui no Brasil! — Tu nunca mais vai agir assim comigo, tá me entendendo? — escutei a voz rouca dele. — Cala essa tua boca — falei baixo já cansada. — Pørra Aurora! — grunhiu irritado e eu abri um sorriso satisfeito por estar irritando ele — A gente vai casar, vai morar junto e não quero passar os primeiros meses que preciso mostrar que posso gerenciar o vidigal desse jeito contigo... — levantei meu olhar pra ele. — Como assim tu precisa mostrar que pode gerenciar um morro? E eu? — ele engoliu em seco — Vão te dar um morro e eu tenho que ficar sendo a esposa perfeita, é isso? — ele sentou do meu lado e eu estava furiosa. Se ele podia cuidar de um morro, eu também poderia e não iria aceitar isso! — Na moral cara, no morro é assim mermo tá ligada?! Tem vários bagulho que tu vai poder fazer — olhei pra ele que não me encarava — Cuidar das ONGs, tem projetos e as escolas que dá pra fazer um trabalho maneiro lá — eu neguei sorrindo incrédula. Era a mesma coisa com as mulheres italianas, tinham que cuidar de eventos, ajudavam as crianças em orfanatos fazendo projetos e sempre foi isso, casa, filhos, maridos e eventos beneficentes. — Não quero! Eu quero comandar também a drogä do morro, porque não? — ele não falou nada. — Cara não é assim — falou depois de um tempo em silêncio — Esses bagulho vai ter que ser conversado com o chefe do comando, não é comigo — levantei indo ver a vista do morro. O carro já tinha apagado as chamas com extintores de incêndio e o espetáculo durou pouco. Meus pensamentos voaram no que eu precisava fazer para ser livre desse casamento i****a, só que ao mesmo tempo a ideia de ter uma vida tranquila e sem brigas mesmo casada com ele também soou boa também. Sou surpreendida com a aproximação repentina dele nas minhas costas. — A gente pode fazer isso da certo pow... — a voz sedutora dele me fez arrepiar — Não precisa ser tão r**m essa pørra — segura na minha cintura fazendo seu paü duro encostar nas minhas costas pela sua altura. — Pode se afastar... Por favor — minha voz saiu gaguejando e dei uma risadinha para disfarçar o quanto me afetou. Os batimentos cardíacos dispararam e senti uma leve excitação com sua voz no meu ouvido, eu não era santa, mas não queria ficar com ele sendo um i****a s*******o. Ele deu dois passos para trás e soltou o ar, me virei vendo passar a mão nos fios escuros. — Foi m*l — deu um sorriso malicioso que eu conhecia bem — O que tu acha de esse casamento ter regras e cada um viver a sua vida? — isso era interessante por isso assenti sentando novamente na cama. — Tem teu celular aí? — ele pegou o aparelho do bolso me mostrando — Vamos fazer as nossas regras de conveniência — ele abriu um sorriso e se sentou do meu lado. — Eu começo — disse ele — Quero poder pegar outras mina sem tu ficar no meu pé — dei risada. Sério que ele achava que eu ligaria para isso? — Tá, eu não ligo — ele me olhou atravessado, mas digitou nas notas do celular — Vamos ter direitos iguais quanto a isso. Quero ajudar nas coisas do morro e principalmente em execuções — ele começou a tossir igual um louco. — C-como assim? — franzi o cenho sem entender — Matar não é coisa pra tu fazer, tá doida? — dei uma risada amarga e ele engoliu em seco — Tu sabe que primeiro vamo ter que trocar uma ideia com o chefe antes de qualquer bagulho num é? — assenti. Eu sabia que o chefe do comando quem decidiria e até pensei na possibilidade de implorar para ele me deixar fora disso, sei lá, arrumar outra mulher para esse casamento ou cancelar tudo. — Tá tá, vamos colocar regras somente se o casamento acontecer — falei — Pode ficar com quem quiser, mas sem ser exposto porque nenhum dos dois quer sair com fama de cornø nessa história — acrescentei e ele bufou. — Não quero que pegue nenhum cara da favela, não importa se for daqui, do alemão ou no vidigal — neguei. — Se for assim, não é pra tu ficar com as meninas também ué — ele coçou a nuca e eu ri — Pode ser, ninguém fica com amigo de ninguém o que tu acha? — ele assentiu contrariado. — Beleza, não quero tu de papo com os cara da boca sozinha — eu dei uma risada ironica. — Aí já é demais né, tá com ciúme é? — ironizei — Ninguém manda nas minhas amizades não e posso falar com quem eu quiser, quando quiser — ele revirou os olhos e se jogou para trás na cama. — Que føda ficar nessa com tu, nada aceita nesse caralhø — peguei o celular da sua mão. — Vou deixar as regras aqui por escrito e depois a gente reformula junto — avisei excluindo tudo que ele havia colocado e comecei a escrever as regras: • Sem fidelidade, mas com sigilo. • Não ficar com amigos ou colegas um do outro. • Não precisa dar satisfação de onde, quando e com quem vai. • Nada de agressões física e verbal. Coloquei como regra para garantir a nossa segurança. Principalmente a dele. • Sem relação s****l. Deus me livre de ficar com ele. • Cada um no seu canto dentro de casa. Respeito mútuo de ambas as partes. • Fingir ser um casal perfeito em reuniões de família. Terminei de digitar no celular dele ao menos momento que chegou mensagem da Cintia do peitão, não consegui aguentar a risada e joguei o celular nele que parecia em outro mundo deitado na cama. — A Cintia do peitão te mandou mensagem — ele pegou o celular se sentando me acompanhando na risada. — Ela não é ninguém — se justificou e eu cessei a risada no mesmo momento — Não tenho nada com ela — completou e fiquei encarando ele. — Mas eu nem falei nada, pra que tá justificando? — ele percebeu o que fez e olhou para o chão rindo sem graça. — Foi m*l, é que eu lembrei de uma parada — disse baixo — Tu não deixou ninguém na Itália? Um namorado ou ficante? — neguei arranhando a garganta com sua pergunta. — Não, tá tudo certo e você? — ele só negou em um balançar de cabeça. — Só as mina que pego mermo, amor é mentira — assenti. — É mesmo... — ficamos em silêncio por um tempo até ele ficar de pé. — Vou ler as tuas regras pra modificar se não tiver maneiro — esperei ele ler tudo e quando me encarou com a cabeça tombada para o lado engoli em seco — Qual foi, tá achando que vou te bater, que papo é esse? — dei uma risada debochada. — É só uma garantia para que eu lembre que não posso te bater — ele riu achando graça. — Na moral, da onde que tu nesse tamanho vai ter porte pra me peitar? — balançou a cabeça rindo. — Não precisa de tamanho, e sim, saber o que fazer — pisquei pra ele que ficou com um sorriso no rosto. — Acho que concordo com tudo, qualquer bagulho a gente acerta depois se realmente tiver casamento — assenti vendo ele guardar o celular — Tá me devendo um carro — disse do nada e mordi o lábio querendo rir. — Não tô não, nem fiz nada — cruzei os braços e seus olhos vieram nos meus p****s — Eii para de olhar meus p****s — levantei tapando o devo da blusinha que eu usava. Ele parece ficar desconcertado e desvia o olhar rindo, quando retorna a me olhar é diferente como se quisesse dizer algo, mas nada diz enquanto se aproxima rápido demais. — Porque tá me olhando assim? — ele fica em silêncio com os olhos encarando minha boca — Lorenzo? — chamo tentando fazer sair do transe com meu coração acelerado. — Fica quieta só um pouco — pede colocando o indicador em sinal de silêncio nos meus lábios. Sem esperar sou surpreendida pelos seus lábios encostando no meu, pedindo passagem para a língua aveludada que invade minha boca num beijo gostoso e envolvente, meu coração bate acelerado no peito com a pegada firme que ele tem que só diminuiu quando nossos lábios se soltam com a falta de ar. Ele parece se dar conta no mesmo instante do que fez e da um passo para trás ainda me deixando desconcertada. — E-eu é... Anh... foi m*l — eu dou um riso sem graça — Tava viajando pensando em outra pessoa, não foi minha intenção — É o que? Ele tava pensando em outra para me beijar? — não penso duas vezes antes de erguer a perna acertando seu paü. Ele cai de joelhos no chão gemendo de dor no mesmo instante que a porta é aberta pelo meu pai com uma cara de o que tá acontecendo aqui, eu olho para PH e Lorenzo fingindo a plena, mas por dentro a raiva ferve em mim. — Vamos descer que o chefe chegou aí e quer falar com os dois — avisa e para fugir de indagações corro quarto afora. Lorenzo (Sinistro) O olhar de PH em mim é questionador, mas ignoro sentindo raiva pra caralhø daquela filha da püta que chutou meu paü que instantes atrás estava duro querendo comer ela. Nem sabia o que dizer quando ela me olhou meio desnorteada depois que me perdi em seus lábios e a beijei. A primeira vez que senti aquele bagulho de frio na barriga foi com Julieta e agora com ela, mas diferente do que senti pela minha única namorada, Aurora tinha alguma coisa que me puxava pra ela e a sua áurea pesada mesclada com a minha, deixava tudo mais envolvente, o desafio dos seus olhos eram explícitos para mim e eu não poderia me sentir mais satisfeito de fazer ela se derreter nos meus braços como minutos atrás. Saio do quarto sendo seguido pelo meu futuro sogro, com um sorriso debochado no rosto desço as escadas encontrando no meio da sala um velho quase vegetando pela idade avançada e todo mundo ali, meu pai, minha mãe, os pais de Aurora e ela. — Mandei todos embora — Beatriz é a primeira a falar — O Vicente quer conversar com vocês, sentem e escutem — disse intercalando o olhar entre Aurora e eu. Me sento num sofá e ela se acomoda ao meu lado, vejo suas mãos tremendo talvez por nervosismo ou, com raiva. — Talvez não me conheçam ainda, mas sou o chefe do comando vermelho, facção dos morros de ambos os pais e fui eu quem concordou com o acordo de casamento de vocês, anos atrás — se tivesse morrido, não teria a merdä de casamento — Se eu tivesse partido antes disso, ficaria outra pessoa encarregada disso — sorriu abertamente para mim e engoli em seco. O velho era vidente? — O casamento dos dois ocorrerá agora, já tenho tudo pronto aqui e é só assinar, mas antes disso vou explicar como tudo funcionará — arregalei meus olhos e Aurora levantou. — Agora não, eu nem me preparei — disse nervosa e o velho levantou com um sorriso acolhedor nos lábios. — Não precisa se preocupar jovem, vai dar certo — pegou no ombro dela, o que a deixou tensa na hora e pude sentir daqui — Senta, vou explicar como vai acontecer — pediu com uma ameaça velada na voz e ela se sentou bufando impaciente — Bom, o casamento de vocês será baseado no acordo que seus pais fizeram e durará 5 anos ou mais, depende de vocês. O Vidigal será comandado por Lorenzo durante 3 meses, como uma experiência e for bem, o comando é seu, caso contrário podem escolher viver na Rocinha ou no Alemão — Aurora levantou a mão como se estivesse na escola pedindo autorização para falar com uma professora — Fale — pediu rude. — Porque o comando seria dele sendo que eu também posso ser uma ótima patroa? — inquiriu séria e Vicente deu uma risada amarga. — Lorenzo é homem, não precisa nem de explicação — disse como se fosse óbvio e vi como ela trincou a mandíbula — Continuando... Nos encontros do comando, festas e bailes, precisam se portar como casal. Os dois podem fazer o que quiserem nesse período de tempo, menos dormirem em casa ou quarto separados — franzi o cenho, como ele saberia se iríamos dormir no mesmo quarto? — Suas carinhas já vem com duvida, mas explicando melhor, terá uma única câmera na casa que vão morar e será na porta do quarto. Tenho alguém encarregado de visualizar toda noite se entraram no mesmo quarto e passaram a noite ali ou não — finalizou me fazendo cerrar os punhos com raiva. — Só isso? — debochou Aurora. — Sim mocinha, hoje mesmo já serão enviados para o Vidigal com a casa de vocês pronta — olhei para meus pais que desviaram o olhar. Não era possível uma coisa dessas, como assim? — Não, é cedo demais e eu cheguei hoje de viagem praticamente, preciso descansar — ele semicerrou os olhos. — Então, assina aqui que o carro está esperando para te levar — negou nervosa e eu estava em choque. Sabia que não poderia enfrentar ele mesmo com ódio disso tudo. — Assinem agora! — decretou esticando uma folha. Aurora quem pegou o papel na mão e eu só olhei para todos ali vendo as mulheres com os olhos marejados, enquanto meu pai e PH faziam carinho nas esposas, as acolhendo. Senti como se a assinatura dela naquela folha fosse o próprio atestado de óbito que assinava com a mão firme segurando a caneta. Sem tirar os olhos do papel, ela me entregou para que eu fizesse o mesmo. Eu fiz. Eu estava casado. Nós casamos. Püta que pariu. Tudo se torna um borrão de quando o velho desgraçado se levanta conversando com nossos pais e vejo Aurora ser puxada pela mãe que abraça seu corpo pequeno com cuidado. Vejo o momento que sobem as escadas e sinto uma mão no meu ombro. — Filho? — minha mãe chama e não quero me mover — Vamos? A gente precisa fazer isso agora — diz visivelmente magoada ao olhar para meu pai — Vou te ajudar com as malas, até chegarmos em casa e terminar tudo vai demorar — assenti em silêncio. Não queria conversar com ninguém. Fui levado por dona Sabrina até a frente da casa onde meus olhos passearam no meu carro que eu gostava tanto, não aguentei olhar para ele só com a carcaça que sobrou das chamas e reprimi a raiva sentida pela garota raivosa que o queimou. Entrei no carro do meu pai e minha mãe ficou do meu lado acariciando meus cabelos como se eu tivesse cinco anos até Breno chegar ligando o carro descendo a Rocinha. Minha vida deu uma reviravolta enorme só de ter saído de casa hoje e eu não entendi nada dessa loucura que aconteceu. Esperava que a qualquer momento fosse acordar desse sonho r**m e tudo ficaria normal novamente. O lado bom de ir para o Vidigal era que meu melhor amigo morava lá, foi trabalhar lá para ajudar o gerente que tava cuidando do morro sozinho e por enquanto ninguém sabia disso, para não ter invasão. Felipe era mais velho que eu e me ensinou várias parada maneira, já tinha meu sub para o Vidigal. Era um alívio conhecer algumas pessoas de lá, a Cintia é uma piranhä que pego as vezes que vou nas resenhas que Talibã dá e hoje foi um erro de percurso ao me ligar. Nem percebo a hora que o carro para na frente da casa que moramos, sou chamado pelo meu pai que está sério e quando eu encaro seu rosto, vejo a confiança que ele me passa. — Tu foi criado para isso, sei que tu vai conseguir cuidar daquele morro sozinho — assinto e ele abre um sorriso discreto — Cuida daquela garota e tenta se aproximar, vocês podem se surpreender um com o outro — n**o sorrindo pensando na desgraça que ela é. — Ela é uma filha da püta e deve tá cheia de ódio — ele franze o cenho sem entender — Aurora queria comandar o morro, fora que é loucona e já veio com uns papo de se tornar viúva — ele dá uma gargalhada alta. — Caraca Lorenzo, tu tá fodidø — ri mais ainda e acabo rindo também — Tua mãe era uma desgraçada, mas nunca tentou me matar não — dou um sorriso de lado — Não custa tentar ter um relacionamento com ela ou se não esperam os 5 anos para terminar — assinto. Provavelmente é a ideia que ela tem e seria ótimo se não fosse minha atração por ela, mina não vai faltar para descontar a frustração de não comer ela. — Vamo ver depois isso aí. Ela em pouco tempo junto já me deu um tapa na cara e um chute no paü, não confio nela perto de mim e vou ter que dormir com um olho aberto — dou uma risadinha e abro a porta — Bora que não quero me atrasar para ver minha esposa saindo do banho — brinco para descontrair e saio do carro. Meu pai me acompanha e vejo que no carro minha mãe saiu que nem vi, a porta da casa já estava aberta e ela já tinha subido. — Quero ver Rio de Janeiro pegando fogo com vocês dois... Ouço meu pai falando quando começo subir as escadas sozinho e dou risada sabendo que era exatamente isso que iria acontecer se Aurora não soubesse lidar comigo. Nos dois iríamos viver em pé de guerra até ela ceder a mim, o que eu duvidava que faria tão cedo. Realmente, Vidigal iria ficar pequeno para nós dois, talvez até o Rio de Janeiro inteiro fosse pequeno demais para a destruição que nós faríamos.
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