cobrança
Jayson chegou a casa de Parker, era a segunda vez que ia ali em um mês, a dívida ainda não havia sido paga e ele não era um homem que gostava de sair no prejuízo. Jayson tocou a campainha e logo a porta foi aberta.
— jayson...
— achou mesmo que eu não viria mais te cobrar, sabe, estou me cansando disso.
— entre, temos que conversar.
— ok – jayson entrou e Parker o levou até uma pequena sala que parecia ser um escritório, mas decoração e o estado do ambiente não era bom.
– o que tem pra me dizer?
— eu não tenho o dinheiro...mas tenho uma filha.
— quer me dar sua filha como p*******o? – ele perguntou, aquilo era algo que acontecia com frequência na máfia, mas nunca havia passado com ele.
— sim.
— onde ela está?
— na escola.
— na escola? Quantos anos ela tem? – perguntou jayson levantando da cadeira a qual estava sentado.
— treze — balbuciou Parker em um som quase inaudível.
— seu filho da put@, eu não sou nenhum pedófil0 – disse Jayson o agarrando pela gola da camisa.
— se eu não aceitar vai dar ela a um dos muitos outros a quem deve, não vai? – o silêncio de Parker foi a resposta que ele precisava, é como dizia aquele ditado, “quem cala consente”.
— você é sujo, sabe tudo que vai acontecer com ela, é só uma criança, sua filha seu demôni0.
— eu não tenho escolha.
— teve sim, era só ter parado de se embebedar e fazer dívidas de jogo, eu vou levá-la, vou te dar escolhas agora, ou passa a guarda da menina legalmente para mim ou você morre, ou me paga meu dinheiro ou você morre.
— mas achei que ela seria o pagamento...
— o que está fazendo não justo com ela, e eu também não sou justo, mas vou te dar mais uns meses para conseguir o dinheiro – Parker assentiu com a cabeça então ambos viram a porta se abrir, era uma garota magricela, de cabelos a altura dos ombros e olhos cor de mel.
— é ela?
— sim.
— ok — Jayson a segurou pelo braço e saiu a puxando em direção a porta, Cristina sem entender começou a gritar.
— pra onde está me levando, me solta, pai, pai, me ajuda – Parker apenas olhava a cena, não fez questão nenhuma de fazer algo, nem sequer de dar um esclarecimento a filha.
Jayson a levou até o carro, abriu a porta e a empurrou para dentro do mesmo, a pobre garota chorava e gritava por seu pai.
— cale a boca — gritou Jayson ao entrar no carro.
— pra onde está me levando, o que vai fazer comigo? – ela perguntou assustada.
— eu não vou fazer nada, mas quero deixar bem claro o motivo disso, seu pai me deu você como p*******o de uma dívida – a pobre menina apenas colocou as mãos sob os lábios e chorou mais ainda.
— você já é bem grandinha, vai entender o que vou explicar agora, sabe o que acontece quando garotas como você são entregues aos homens da máfia?
— não — disse ela o olhando assustada.
— são estuprad@s, traficadas para fora do país, levadas para boates de prost¡tuição, ou tem seus órgãos vendidos no mercado n***o, eu não sou nenhum pedófil0 estuprador, então fique tranquila em relação a isso, mas o que escutou aqui nesse carro fica aqui, não me dê motivos para vender seus órgãos no mercado n***o.
- o que vai fazer comigo?
- vou te levar para minha casa e te dar uma vida decente, quando fizer dezoito anos pode procurar seu rumo, até lá você é minha responsabilidade e estará sob minha proteção, não se preocupe, eu nunca, jamais, vou encostar um dedo em você, posso ser sujo, mas pedofili@ e estupro e algo que condeno – Cristina permaneceu em silêncio, não havia parado de chorar, mas tinha se conformado com a ideia, ela era uma garota esperta e bater de frente com um mafioso não lhe parecia uma boa ideia.
Ao chegar na casa de jayson ele levou a garota para dentro, Madeleine amiga e governanta ao ver a menina perguntou de quem se tratava.
— quem é essa menina?
— recebi em uma dívida — Madeleine ficou assustada, sabia da vida dele e de como as coisas funcionavam na máfia.
— você vai...
—no meu escritório, preciso conversa com você – disse Jayson a interrompendo, ela o seguiu e Cristina ficou sentada no sofá da sala ainda muito triste com o rumo que sua vida havia tomado.
—vocês não está pensando em ...em.
— não, eu não seria capaz de tal disparate, você sabe o que aconteceu com minha irmã e o que quase aconteceu com você, assim como te ajudei vou ajudar essa garota, quando cheguei a casa do Parker para o cobrar a dívida, ele me fez a proposta, eu iria aceitar, não para fazer m*l algum a garota, apenas transaria com ela, a deixaria livre e depois mataria o infeliz, mas quando descobri a idade da menina, apenas treze anos... Ele iria a entregar a qualquer um dos muitos a quem deve, iria acontecer com ela o mesmo que aconteceu com Marina.
— entendo e apoio sua decisão, conte comigo para o que precisar.
— é sobre isso mesmo que precisamos conversar, sabe que vivo de um lugar ao outro, preciso que cuide dela e a ooriente, eu contei algumas coisas sobre a máfia, eu precisava, não podia simplesmente a trazer a força, uma hora ou outra ela iria se rebelar e isso poderia me trazer problemas, ela tem que está bem ciente de tudo.
— não se preocupe, vou tratar de esclarecer tudo.
— compre tudo que ela precisar e também procure uma boa escola, amanhã vou fazer o desgraçado do pai dela passar a guarda legalmente para mim.
— mas esse é um processo complicado, não é rápido assim.
— não existe complicações quando se tem muito dinheiro.
— eu vou falar com a menina, ela deve estar assustada com tudo isso.