A ansiedade corria nas veias de Erik como uma montanha russa. Subindo e descendo pela coluna dele.
O clube tinha um visual sombrio.
Quando ele parou na frente do predio de apartamentos, uma agitação mental começou. Ele ainda tinha festa particular para atender.
Uma vozinha na sua cabeça começou a falar ' ou entre no jogo e faça isso valer a pena ou invente outra estrategia'.
A festa de despedida deveria estar em andamento, mulheres felizes, bajuladoras, esbanjavam dinheiro, era sua hora de fazer valer.
Ele foi no banco de tras do carro e pegou sua pasta. A pessoa que o contratou queria um homem de negocios. Sorte a dele, aquilo seria o mais perto que ele havia chegado de misturar os dois trabalhos.
Aquilo o deixava um pouco desconfortavel.
Ele trabalhava com vendas, tanto de dia quanto de noite. A diferença era a mercadoria a ser oferecida.
O motorista olhou seu carro com desdém mas o deixou passar, quando Erik estava passando e percebeu a cara do manobrista, ele fechou a mão no volante
--algum problema?
--não.
O manobrista viu o terno bem desenhado de Erik e engoliu em seco.
--Senhor..
Erik jogou a chave para o cara e se afastou. Uma hora.. Tente ficar uma hora sem reclamar.
O saguao do prédio era impecavel, todo em marmore e tapetes felpudos.
Seguindo para os elevadores Erik foi prestando atenção em sua volta.
O elevador começou a subir devagar, quando parou e as portas se abriram Erik grudou um sorriso no rosto e ajeitou a gravata
Hora de descobir se a sorte é mesmo um substantivo feminino.
A batida na porta fez o coração de Cass parar na garganta.
Dro.ga dro.ga dro.ga
Não pode ser 22horas..
Isso significava que o entretenimento da noite havia chegado.
Geralmente, era de se elogiar um homem que respeitava a pontualidade, mas agora? nesse momento? Era a ultima coisa que Cass queria.
Sem duvidas as convidads iriam fazer perguntas e Cass ainda não tinha bebido o suficiete para responder a nenhuma.
Na verdade Cass ate achou que não existisse álcool suficiente que a impedisse de ficar vermelha de vergonha.
Agarrando a mão de Gwen, Cass a puxou entre as mulheres ate a porta
--O que esta acontecendo?
--Alguem bateu na porta
Cass arrumou a postura e abriu a porta, e quando viu o homem a sua frente ela parou de respirar.
O homem era alto, provavelmente entre 1,90 a 1,93 metros, ombros largos, cintura mais estreita. Ele usava um terno cinza escuro bem cortado, completo, com um colete mais escuro. Uma gravata roxa e um lenço da mesma cor na lapela completava o corte executivo. a mão grande dele alisou o paleto
--Gwen Sivern?
Nem a voz dele foi capaz de fazer ela voltar a respirar
Tudo que ela conseguiu fazer foi apontar pra sua amiga ao seu lado
--é ela..
Cass deu uma tossida e limpou a garganta antes de continuar
--eu.. eu sou Cass.. Cass Wheeler..
Um sorrisso sedutor mostrando as covinhas nas bochechas marcou o rosto do homem parado a sua frente
Cass nunca teve qualquer opiniao sobre covinhas, mas de repente passou a adorar.
Voltando seu olhar verde claro para Gwen, ele estendeu a mão
--Dalton Chase, estou aqui pra discutir seu acordo pré nupcial.
Gwen olhou pra Cass e depois para o homem a sua frente
--eu não tenho acordo pré nupcial
--isso é.. interessante..
Dalton abriu o botão do paleto, e colocou a mão no bolso. Olhou pra Cass
--eu posso entrar?
Cass deu um passo para o lado dando espaço para ele
Os olhos de Dalton pararam nos pulsos das duas, no que estavam unidos por uma algema.
Os lábios tremeram querendo dar um sorriso.
--estou vendo que cheguei bem a tempo para a diversão
Cass sentiu seu rosto esquentar
--Eu perdi as chaves..
Gwen começou a rir
--Não é o que parece juro..
Ele entrou, e fechou a porta sorrindo
--minha noite de sorte. Considerando que voce esta algemada a ela, eu vou encarar como um especial leve dois pague um.
Gwen se virou lentamente boquiaberta olhando entre Dalton e Cass
--Voce é um stri.pper..
Cass olhou pra Dalton, o sorriso dele não vacilou nem por um segundo.
--Cass.. me diz que você contratou um stri..per..
Gwen estava quase dando pulinhos de alegria enquanto falava
Dalton deu risada
--Bem Gwen, não estou aqui pra vender seguro de vida.
Dalton foi entrando passeando pelo apartamento
--bom, parece que a diversão esta por aqui.
A sala ficou em silencio quando Dalntou entrou. Todas as mulheres param de falar para olhar pra ele.
Cass e Gwen foram atras dele
Ele olhou pra trás procurando Cass
--me disseram que voce tinha um aparelho de som.
--ah,sim, hã, eu tenho..
Qual seu problema Cass, voce ja viu homens bonitos antes,
Cass apontou para a prateleira embaixo da TV onde ficava os aparelhos de som.
--Excelente..
Quando começou a caminhar ate o lugar que tinha oaparelho de som, ele deu um cumprimento geral para todas as mulheres presentes
Uma das primas de Gwen que Cass não se lembrava o nome perguntou se ele era mesmo Dalton Chasse..
Ele sorriu pra ela e confirmou que era ele mesmo
--Meu D.eus, me diz que ele vai tirrar a roupa, por favor, alguem me diz que ele vai tirar a roupa
Uma das madrinhas levantou pegando a bolsa
--Ah ele vai sim..
Cass tentou não rir, mas falhou quando todas as mulheres ali presentes começaram a procurar suas carteiras.
Cass haviia solicitado muita descrição para a boate ao contratar um stri..per.
A contratação em si não era grandes coisas, mas a dualidade nos padrões de comportamento entre homens e mulheres estava bem viva no mundo dos negocios, e ela teria que enfrentar o conselho da Soberana na semana seguinte, uma banca super conservadora.
E alem disso, Cass não duvidava que teria concorrentes dispostos a usar informações para descrever ela como jovem imatura, louca e irresponsavel e assim roubar o contrato dela.
Ela havia empenhado muito tempo nesse projeto para que fosse perdido por idi.otas misóginos e de mente estu.pi.da.
Apesar de tudo isso, ela ficou observando Dalton caçar em sua pasta procurando por algo. Ela não pode deixar de notar o terno muito bem cortado, a mandibula marcando, os ombros largos. Ela havia pedido o melhor stri..per e com certeza eles honraram com o pedido.
Daltou se abaixou na frente do aparelho de som e conectou um cabo ao celular e ao som, selecionamento uma playlist, antes do play ele arrumou o volume.
--Preciso de uma cadeira
Tres mulheres quase se machucaram para oferecer as suas.
Ele piscou para a mais timida do grupo e pegou a cadeira que ela ofereceu antes de acariciar o queixo da mulher com o dedo.
--Obrigado.
Ele se inclinou e deu um beijo na bochecha dela.
Todas prenderam o folego e varias se contorceram nos assentos em nome da mulher que cedeu a sua.