Capítulo 6

1091 Words
Na manhã seguinte, o Dimitri, mesmo sem querer ceder aos pedidos de Marisa, arranjou alguém para enviar um animal de estimação para ela. - Mandou me chamar alteza? - O súdito se curvou a ele, esperando as ordens. - Sim, preciso que consiga um desses cães de guarda do palácio, um que seja dócil, mas que saiba protegê-la se necessário. Leve-o para Marisa o mais rápido que puder! - Sim, vossa alteza, farei isso agora mesmo. Marisa Ainda estou me recuperando lentamente nesse lugar, me sentindo cada vez mais sozinha. Apesar de que ele tem vindo algumas vezes para me ver, com as visitas mais frequentes de Dimitri, até mesmo as criadas passaram a me tratar melhor e a me ver como alguém cuja vida importa. Ele mandou o cachorrinho que eu pedi e isso foi mais rápido do que eu esperava, com ele me sinto mais protegida e gosto de conversar mesmo sabendo que ele não me entende, por mais maluco que possa parecer isso. As súditas parecem ter percebido que, de alguma forma, o rei possa se preocupar comigo, mesmo que assim de longe. A maga Lucélia veio me ver naquele dia e ficou preocupada por que meu ferimento não parecia estar tão bem como deveria, ela entende de ervas e de curas e se estava preocupada é por que tinha razões para isso. - Deixe-me ver isso! - Ele se aproximou de mim e tocou perto do lugar do ferimento, abrindo os botões do meu vestido para verificar melhor. - Dói! - Reclamei ao sentir. - Isso não é nada bom alteza, já deveria estar bem melhor do que isso. - Eu vou morrer? - Perguntei a ela, mas não tive nenhuma resposta. Ela simplesmente saiu do quarto, parecia não estar gostando de como eu me cuidava. Aquela mulher era sempre enigmática e de poucas palavras, mas parecia ser uma boa pessoa apesar dos segredos que pudesse guardar. […] Lucélia foi imediatamente até sua cabana, procurou uma de suas pomadas especiais para tentar curar o ferimento de Marisa. - Ela é muito especial e precisa de um tratamento diferente! Ela montou em um cavalo e foi até o reino para conversar com o Rei Dimitri, logo após pegar o que precisava para tratar a jovem. Ela chegou ao castelo, muitos não gostavam de sua presença naquele lugar, sempre tentavam fazer com que ela desistisse de falar com o rei ou bloqueavam seu acesso a ele. - Preciso falar com vossa alteza. - Ela disse a um dos guardas do palácio. - O rei está reunido com seus súditos e pediu que ninguém o incomodasse e muito menos a senhora! - Diga a ele que é sobre Marisa, certamente o assunto que venho trazer interessa a ele e muito. Dimitri ouviu a fala da maga e aproximou-se prontamente e olhando de maneira condenatória para o guarda. - Deixe-me a sós com Lucélia! - Sim, alteza, com licença. - O empregado saiu e os dois puderam falar mais à vontade. - O que houve com Marisa, seu ferimento piorou? - Ele perguntou demonstrando preocupação. - Ele não está se curando como deveria alteza, pois a fisiologia dela não é como a nossa e seu processo de cura é peculiar, vossa majestade deve ir até lá e tratá-la com suas próprias mãos. - Eu? - Ele perguntou relutante e constrangido. - Sim. Dimitri não podia se negar a cuidar da jovem que era sua rainha e precisava mantê-la viva para que servisse aos interesses dele em um futuro muito próximo, montou em um cavalo e foi com ela até a cabana onde Marisa estava. Ela ficou feliz em vê-los, mas tentou não demonstrar isso… chegou a pensar que dessa vez poderia ser levada para lá. - Vou deixá-los a sós. - A maga saiu deixando apenas os dois a se olharem de maneira insistente. Marisa Dimitri me olhava de uma forma estranha e eu não sei por que Lucélia nos deixou sozinhos e saiu assim tão de repente, ele estava com um frasco de vidro em uma das mãos. Ele queria dizer algo, mas parece que não estava com muita vontade de fazer isso. - Eu… eu… preciso que você tire suas roupas e fique de pé, um momento! - Tirar o meu vestido? - Perguntei assustada e ele ainda gaguejava. - Sim, preciso que faça isso e não me faça perguntas. - Eu mesma posso me cuidar Dimitri… - Não, não pode Marisa! Ele foi ríspido como sempre, eu não quis desobedecer à ordem dele ou discutir por causa disso. - Então vire-se! - Eu exigi, Dimitri respirou fundo e parecia irritado com meu pedido, mas ainda assim o fez. Virou-se de costas, levantei-me da cama e desabotoei o vestido cuidadosamente… ele foi parar no chão. Fiquei apenas com minhas saias debaixo e coloquei meus longos cabelos na frente dos meus s***s, cobrindo os m*****s. Mas o ferimento foi próximo ao meu coração e os olhos deles iriam de encontro a ele, nunca fiquei assim em trajes menores na frente de ninguém e muito menos de um homem. - Pronto! - Avisei a ele. Ele virou-se para mim lentamente, olhou-me dos pés à cabeça com os lábios entreabertos e eu senti muita vergonha de estar assim na frente de um rapaz e ainda mais dele. O rei aproximou-se de mim, abriu o frasco e passou a mão retirando parte daquela mistura de cor esverdeada e delicadamente passou sobre meu ferimento, próximo ao seio esquerdo. Aquilo doeu no início, mas, ao mesmo tempo, causou arrepios a minha pele e eu fechei os meus olhos assim que senti aquele alívio. Dimitri Tocá-la me causou algo que não descrever com palavras, sua pele branca e macia arrepiou-se ao toque da minha mão. Ver seus olhos verdes se fecharem ao toque suave de meus dedos, transportou meus pensamentos para lugares proibidos e devassos naquele instante. - Isso dói? - Não alteza! Eu senti uma vontade imensa de tocá-la mais e sentir o cheiro que vinha de seu corpo sinuoso e alvo como a neve… Um dos súditos se atreveu a quase entrar no quarto e me obrigar a sair do estado em que me encontrava, coloquei meu corpo na frente de Marisa cobrindo sua nudez parcial. - Como se atreve a adentrar o recinto desse jeito? - Perguntei irritado. - Vossa alteza, precisamos que venha conosco! Eu não sei o que pode estar acontecendo lá fora, mas dentro de mim algo tão forte e urgente está gritando e eu não sei o que é.
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